Questões de Concurso

Foram encontradas 2.143.487 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291573 Psicologia
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291572 Psicologia
Solange, mãe de Lara, em processo litigioso contra o ex- -marido, solicita a guarda unilateral da menina. No contexto do litígio, surge a acusação, por parte de Solange, de que o pai da criança teria abusado sexualmente da filha. Segundo Pelisoli e Rovinski (em Hutz et al., 2020), na perícia psicológica voltada para o esclarecimento da denúncia, é recomendável que o psicólogo
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291571 Psicologia
Segundo Falcke, no capítulo 20 da obra Avaliação psicológica no contexto forense (Hutz et al., 2020), a violência doméstica
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291570 Psicologia
Assinale a alternativa que apresenta uma condição legal que pode levar à perda do poder familiar.
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291569 Psicologia
Joana, uma psicóloga forense, foi designada para entrevistar Ana, uma criança de 9 anos, envolvida em um processo de disputa de guarda entre seus pais. No caso, o pai alega que a mãe influencia negativamente a filha contra ele, enquanto a mãe afirma que o pai tem comportamentos agressivos. Durante a entrevista, Joana percebe que Ana demonstra sinais de desconforto ao abordar questões familiares, mas, ao mesmo tempo, apresenta descrições espontâneas de situações vividas com os pais. Joana precisa conduzir a entrevista de forma ética, respeitando os direitos e o bem-estar de Ana, além de minimizar possíveis influências externas sobre as respostas da criança. Na visão de Cattani (mencionada em Hutz e colaboradores, 2020), uma prática ética e técnica adequada à situação seria
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291568 Psicologia
Durante uma prática de Justiça Restaurativa, foi realizado um círculo restaurativo envolvendo um adolescente, que havia cometido vandalismo em uma escola, o diretor da instituição e representantes da comunidade local. Durante o círculo, o adolescente reconheceu sua responsabilidade, explicou os motivos de sua ação e concordou em reparar os danos causados, incluindo ajudar na pintura das áreas danificadas e participar de atividades comunitárias. Com base nos princípios descritos por Howard Zehr na obra Justiça restaurativa (2012), o objetivo principal desse processo é 
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291567 Psicologia
Ao tratar do desenvolvimento da personalidade de uma criança, John Bowlby (2023) considera que
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291566 Psicologia
Maria, uma criança de 4 anos, frequentemente escuta de sua mãe a afirmação de que ela abandonará o lar caso a menina não se comporte de maneira adequada. Maria tende a não explorar o mundo, a permanecer junto à mãe e a chorar intensamente quando percebe que sua mãe vai sair. Com base na teoria do apego, descrita na obra Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego, de John Bowlby, tal atitude materna poderá levar Maria a desenvolver um padrão de apego
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291565 Psicologia
João, de 8 anos, foi acolhido institucionalmente há duas semanas, após ser constatado que vivia em um ambiente de negligência e violência familiar. Durante o acompanhamento no abrigo, foram observadas dificuldades da criança em estabelecer vínculos afetivos com os cuidadores e retraimento em atividades coletivas. De acordo com a obra O acolhimento institucional na perspectiva da criança, de Rossetti, Serrano e Almeida (2011), nesse contexto seria fundamental 
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291564 Psicologia
A legislação sobre práticas do abrigar e dos serviços de acolhimento institucional determina que
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291563 Psicologia
Com base no capítulo “Avaliação de suspeita de violência sexual”, de Pelisoli e Rovinski, incluído na obra Avaliação psicológica no contexto forense (2020, Hutz et al.), assinale a alternativa que reflete a abordagem defendida pelas autoras para lidar com esses casos.
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291562 Psicologia
Lucas tem 11 anos e seus pais se separaram há um ano. Desde então, ele passa uma semana na casa de cada um. Recentemente, Lucas começou a esquecer itens importantes, como materiais escolares ou roupas, quando transita entre as casas. Seus pais frequentemente se culpam mutuamente por esses esquecimentos, o que deixa Lucas ainda mais inseguro.
Com base na obra Quando os pais se separam, de Françoise Dolto (1989), diante dessa situação, é recomendável que os pais
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291561 Psicologia
Com base na obra Quando os pais se separam (1989), de Françoise Dolto, assinale a alternativa que melhor reflete a visão da autora sobre como os pais devem lidar com a separação para minimizar os impactos emocionais negativos na criança.
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291560 Português
A educação para o desenvolvimento sustentável deve levar ao pensamento crítico transformador, e não __________  sensação de culpa __________ . Frases como “faça a sua parte” ou “feche a torneira para não acabar com a água do planeta” __________ criar na criança um sentimento de culpa, que leva __________ uma ação “vazia” e sem muita reflexão, que, por muitas vezes não traz um resultado transformador. Ou seja, a criança faz a parte dela e fecha a torneira, no entanto, continua testemunhando e muitas vezes até mesmo __________ com calamidades ambientais. Isso gera um sentimento de impotência, frustração e medo.
(Medo de adversidades climáticas tem de ser ressignificado em tempos de ecoansiedade. Opinião. https://www.estadao.com.br/opiniao, 02.02.2025. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291559 Português

Leia o texto para responder a questão: 


Medo de adversidades climáticas tem de

ser ressignificado em tempos de ecoansiedade

    

    A ecoansiedade é o medo persistente de um colapso ambiental. Isso tem se tornado uma preocupação crescente, principalmente entre crianças e adolescentes. Mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade estão mais evidentes. A atual juventude tem mais consciência quanto às questões ambientais que assolam o planeta. Entretanto, sentimentos de ansiedade, tristeza e impotência têm acompanhado tal percepção. Nesse cenário, familiares e educadores desempenham um papel fundamental para ajudar crianças e jovens a lidar com esses sentimentos, transformando o medo em ação e esperança.

    Diferentemente de outros transtornos psiquiátricos, a ecoansiedade ainda não recebeu um diagnóstico clínico oficial. Contudo, seus efeitos são reais e significativos. Um estudo global publicado na revista The Lancet, em 2021, revelou que 59% dos jovens entre 16 e 25 anos estão preocupados com as mudanças climáticas. Muitos ainda relataram dificuldades ao imaginar um futuro cuja perspectiva fosse positiva. Tais sintomas são comumente identificados em países vulneráveis aos impactos ambientais. O Brasil é um dos lugares mais afetados por cataclismos ambientais, devido à ocorrência de enchentes, de queimadas e de secas.

    Essa alteração no padrão de comportamento de jovens em todo o mundo exige uma abordagem sensível e prática de familiares e educadores. É um compromisso social validar tais problematizações. Muitas vezes, as queixas dessa população são minimizadas com expressões como “não se preocupe” ou “você é muito jovem para pensar nisso”. Tal reação gera frustração, isolando-os ainda mais. A empatia reforça a audiência desses indivíduos e lhes dá uma resposta que reconhece a seriedade das suas sensações. Frases como “entendo o que você está sentindo” ou “vamos pensar juntos em como podemos contribuir para a construção de um mundo melhor” ajudam a construir diálogos e criar vínculos emocionais mais consistentes.


(Opinião. https://www.estadao.com.br/opiniao, 02.02.2025. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase atende à norma- -padrão, considerando-se os aspectos de concordância, regência, emprego de pronome e colocação pronominal.
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291558 Português

Leia o texto para responder a questão: 


Medo de adversidades climáticas tem de

ser ressignificado em tempos de ecoansiedade

    

    A ecoansiedade é o medo persistente de um colapso ambiental. Isso tem se tornado uma preocupação crescente, principalmente entre crianças e adolescentes. Mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade estão mais evidentes. A atual juventude tem mais consciência quanto às questões ambientais que assolam o planeta. Entretanto, sentimentos de ansiedade, tristeza e impotência têm acompanhado tal percepção. Nesse cenário, familiares e educadores desempenham um papel fundamental para ajudar crianças e jovens a lidar com esses sentimentos, transformando o medo em ação e esperança.

    Diferentemente de outros transtornos psiquiátricos, a ecoansiedade ainda não recebeu um diagnóstico clínico oficial. Contudo, seus efeitos são reais e significativos. Um estudo global publicado na revista The Lancet, em 2021, revelou que 59% dos jovens entre 16 e 25 anos estão preocupados com as mudanças climáticas. Muitos ainda relataram dificuldades ao imaginar um futuro cuja perspectiva fosse positiva. Tais sintomas são comumente identificados em países vulneráveis aos impactos ambientais. O Brasil é um dos lugares mais afetados por cataclismos ambientais, devido à ocorrência de enchentes, de queimadas e de secas.

    Essa alteração no padrão de comportamento de jovens em todo o mundo exige uma abordagem sensível e prática de familiares e educadores. É um compromisso social validar tais problematizações. Muitas vezes, as queixas dessa população são minimizadas com expressões como “não se preocupe” ou “você é muito jovem para pensar nisso”. Tal reação gera frustração, isolando-os ainda mais. A empatia reforça a audiência desses indivíduos e lhes dá uma resposta que reconhece a seriedade das suas sensações. Frases como “entendo o que você está sentindo” ou “vamos pensar juntos em como podemos contribuir para a construção de um mundo melhor” ajudam a construir diálogos e criar vínculos emocionais mais consistentes.


(Opinião. https://www.estadao.com.br/opiniao, 02.02.2025. Adaptado)

A relação em que o primeiro termo é um hiperônimo e o segundo um hipônimo está corretamente estabelecida entre os termos destacados em:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291557 Português

Leia o texto para responder a questão: 


Medo de adversidades climáticas tem de

ser ressignificado em tempos de ecoansiedade

    

    A ecoansiedade é o medo persistente de um colapso ambiental. Isso tem se tornado uma preocupação crescente, principalmente entre crianças e adolescentes. Mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade estão mais evidentes. A atual juventude tem mais consciência quanto às questões ambientais que assolam o planeta. Entretanto, sentimentos de ansiedade, tristeza e impotência têm acompanhado tal percepção. Nesse cenário, familiares e educadores desempenham um papel fundamental para ajudar crianças e jovens a lidar com esses sentimentos, transformando o medo em ação e esperança.

    Diferentemente de outros transtornos psiquiátricos, a ecoansiedade ainda não recebeu um diagnóstico clínico oficial. Contudo, seus efeitos são reais e significativos. Um estudo global publicado na revista The Lancet, em 2021, revelou que 59% dos jovens entre 16 e 25 anos estão preocupados com as mudanças climáticas. Muitos ainda relataram dificuldades ao imaginar um futuro cuja perspectiva fosse positiva. Tais sintomas são comumente identificados em países vulneráveis aos impactos ambientais. O Brasil é um dos lugares mais afetados por cataclismos ambientais, devido à ocorrência de enchentes, de queimadas e de secas.

    Essa alteração no padrão de comportamento de jovens em todo o mundo exige uma abordagem sensível e prática de familiares e educadores. É um compromisso social validar tais problematizações. Muitas vezes, as queixas dessa população são minimizadas com expressões como “não se preocupe” ou “você é muito jovem para pensar nisso”. Tal reação gera frustração, isolando-os ainda mais. A empatia reforça a audiência desses indivíduos e lhes dá uma resposta que reconhece a seriedade das suas sensações. Frases como “entendo o que você está sentindo” ou “vamos pensar juntos em como podemos contribuir para a construção de um mundo melhor” ajudam a construir diálogos e criar vínculos emocionais mais consistentes.


(Opinião. https://www.estadao.com.br/opiniao, 02.02.2025. Adaptado)

Considere as passagens do texto:


•  A atual juventude tem mais consciência quanto às questões ambientais que assolam o planeta. (1º parágrafo)

•  Tais sintomas são comumente identificados em países vulneráveis aos impactos ambientais. (2º parágrafo)

•  Essa alteração no padrão de comportamento de jovens em todo o mundo exige uma abordagem sensível e prática de familiares e educadores. (3º parágrafo)

•  A empatia reforça a audiência desses indivíduos e lhes dá uma resposta que reconhece a seriedade das suas sensações. (3º parágrafo)


Os termos destacados nas passagens significam, correta e respectivamente:

Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291556 Português

Leia o texto para responder a questão: 


Medo de adversidades climáticas tem de

ser ressignificado em tempos de ecoansiedade

    

    A ecoansiedade é o medo persistente de um colapso ambiental. Isso tem se tornado uma preocupação crescente, principalmente entre crianças e adolescentes. Mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade estão mais evidentes. A atual juventude tem mais consciência quanto às questões ambientais que assolam o planeta. Entretanto, sentimentos de ansiedade, tristeza e impotência têm acompanhado tal percepção. Nesse cenário, familiares e educadores desempenham um papel fundamental para ajudar crianças e jovens a lidar com esses sentimentos, transformando o medo em ação e esperança.

    Diferentemente de outros transtornos psiquiátricos, a ecoansiedade ainda não recebeu um diagnóstico clínico oficial. Contudo, seus efeitos são reais e significativos. Um estudo global publicado na revista The Lancet, em 2021, revelou que 59% dos jovens entre 16 e 25 anos estão preocupados com as mudanças climáticas. Muitos ainda relataram dificuldades ao imaginar um futuro cuja perspectiva fosse positiva. Tais sintomas são comumente identificados em países vulneráveis aos impactos ambientais. O Brasil é um dos lugares mais afetados por cataclismos ambientais, devido à ocorrência de enchentes, de queimadas e de secas.

    Essa alteração no padrão de comportamento de jovens em todo o mundo exige uma abordagem sensível e prática de familiares e educadores. É um compromisso social validar tais problematizações. Muitas vezes, as queixas dessa população são minimizadas com expressões como “não se preocupe” ou “você é muito jovem para pensar nisso”. Tal reação gera frustração, isolando-os ainda mais. A empatia reforça a audiência desses indivíduos e lhes dá uma resposta que reconhece a seriedade das suas sensações. Frases como “entendo o que você está sentindo” ou “vamos pensar juntos em como podemos contribuir para a construção de um mundo melhor” ajudam a construir diálogos e criar vínculos emocionais mais consistentes.


(Opinião. https://www.estadao.com.br/opiniao, 02.02.2025. Adaptado)

O texto deixa evidente que as crianças e os jovens
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291555 Português

Leia o texto para responder:


    Prefiro a prosa ao verso, como modo de arte, por duas razões, das quais a primeira, que é minha, é que não tenho escolha, pois sou incapaz de escrever em verso. A segunda, porém, é de todos, e não é — creio bem — uma sombra ou disfarce da primeira. Vale pois a pena que eu a esfie, porque toca no sentido íntimo de toda a valia da arte.

    Considero o verso como uma coisa intermédia, uma passagem da música para a prosa. Como a música, o verso é limitado por leis rítmicas, que, ainda que não sejam as leis rígidas do verso regular, existem todavia como resguardos, coações, dispositivos automáticos de opressão e castigo. Na prosa falamos livres. Podemos incluir ritmos musicais, e contudo pensar. Podemos incluir ritmos poéticos, e contudo estar fora deles. Um ritmo ocasional de verso não estorva a prosa; um ritmo ocasional de prosa faz tropeçar o verso.

    [...]

    Creio bem que, num mundo civilizado perfeito, não haveria outra arte que não a prosa. Deixaríamos os poentes aos mesmos poentes, cuidando apenas, em arte, de os compreender verbalmente, assim os transmitindo em música inteligível de cor. Não faríamos escultura dos corpos, que guardariam próprios, vistos e tocados, o seu relevo móbil e o seu morno suave. Faríamos casas só para morar nelas, que é, enfim, o para que elas são. A poesia ficaria para as crianças se aproximarem da prosa futura; que a poesia é, por certo, qualquer coisa de infantil, de mnemônico, de auxiliar e inicial.

(Fernando Pessoa; Bernardo Soares. Livro do Desassossego. 2013. Adaptado)

Nas passagens – ... e não é – creio bem – uma sombra ou disfarce da primeira. (1º parágrafo) – e – Creio bem que, num mundo civilizado perfeito... (3º parágrafo) –, as expressões destacadas
Alternativas
Ano: 2025 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2025 - TJ-SP - Psicólogo Judiciário |
Q3291554 Português

Leia o texto para responder:


    Prefiro a prosa ao verso, como modo de arte, por duas razões, das quais a primeira, que é minha, é que não tenho escolha, pois sou incapaz de escrever em verso. A segunda, porém, é de todos, e não é — creio bem — uma sombra ou disfarce da primeira. Vale pois a pena que eu a esfie, porque toca no sentido íntimo de toda a valia da arte.

    Considero o verso como uma coisa intermédia, uma passagem da música para a prosa. Como a música, o verso é limitado por leis rítmicas, que, ainda que não sejam as leis rígidas do verso regular, existem todavia como resguardos, coações, dispositivos automáticos de opressão e castigo. Na prosa falamos livres. Podemos incluir ritmos musicais, e contudo pensar. Podemos incluir ritmos poéticos, e contudo estar fora deles. Um ritmo ocasional de verso não estorva a prosa; um ritmo ocasional de prosa faz tropeçar o verso.

    [...]

    Creio bem que, num mundo civilizado perfeito, não haveria outra arte que não a prosa. Deixaríamos os poentes aos mesmos poentes, cuidando apenas, em arte, de os compreender verbalmente, assim os transmitindo em música inteligível de cor. Não faríamos escultura dos corpos, que guardariam próprios, vistos e tocados, o seu relevo móbil e o seu morno suave. Faríamos casas só para morar nelas, que é, enfim, o para que elas são. A poesia ficaria para as crianças se aproximarem da prosa futura; que a poesia é, por certo, qualquer coisa de infantil, de mnemônico, de auxiliar e inicial.

(Fernando Pessoa; Bernardo Soares. Livro do Desassossego. 2013. Adaptado)

Na passagem do 2º parágrafo – Como a música, o verso é limitado por leis rítmicas, que, ainda que não sejam as leis rígidas do verso regular, existem todavia como resguardos, coações, dispositivos automáticos de opressão e castigo. –, as expressões destacadas contribuem para a progressão textual, estabelecendo entre as orações, correta e respectivamente, relações de sentido de:
Alternativas
Respostas
10741: A
10742: E
10743: C
10744: D
10745: C
10746: A
10747: B
10748: E
10749: C
10750: B
10751: D
10752: A
10753: E
10754: A
10755: C
10756: B
10757: D
10758: E
10759: C
10760: E