O texto deixa evidente que as crianças e os jovens
Leia o texto para responder a questão:
Medo de adversidades climáticas tem de
ser ressignificado em tempos de ecoansiedade
A ecoansiedade é o medo persistente de um colapso ambiental. Isso tem se tornado uma preocupação crescente, principalmente entre crianças e adolescentes. Mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade estão mais evidentes. A atual juventude tem mais consciência quanto às questões ambientais que assolam o planeta. Entretanto, sentimentos de ansiedade, tristeza e impotência têm acompanhado tal percepção. Nesse cenário, familiares e educadores desempenham um papel fundamental para ajudar crianças e jovens a lidar com esses sentimentos, transformando o medo em ação e esperança.
Diferentemente de outros transtornos psiquiátricos, a ecoansiedade ainda não recebeu um diagnóstico clínico oficial. Contudo, seus efeitos são reais e significativos. Um estudo global publicado na revista The Lancet, em 2021, revelou que 59% dos jovens entre 16 e 25 anos estão preocupados com as mudanças climáticas. Muitos ainda relataram dificuldades ao imaginar um futuro cuja perspectiva fosse positiva. Tais sintomas são comumente identificados em países vulneráveis aos impactos ambientais. O Brasil é um dos lugares mais afetados por cataclismos ambientais, devido à ocorrência de enchentes, de queimadas e de secas.
Essa alteração no padrão de comportamento de jovens em todo o mundo exige uma abordagem sensível e prática de familiares e educadores. É um compromisso social validar tais problematizações. Muitas vezes, as queixas dessa população são minimizadas com expressões como “não se preocupe” ou “você é muito jovem para pensar nisso”. Tal reação gera frustração, isolando-os ainda mais. A empatia reforça a audiência desses indivíduos e lhes dá uma resposta que reconhece a seriedade das suas sensações. Frases como “entendo o que você está sentindo” ou “vamos pensar juntos em como podemos contribuir para a construção de um mundo melhor” ajudam a construir diálogos e criar vínculos emocionais mais consistentes.
(Opinião. https://www.estadao.com.br/opiniao, 02.02.2025. Adaptado)
Comentários
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Gabarito E. Srs.
- Vulnerabilidade aos problemas climáticos: O autor afirma explicitamente que a "atual juventude tem mais consciência quanto às questões ambientais que assolam o planeta" e que países como o Brasil, afetados por "enchentes, de queimadas e de secas", apresentam sintomas de ecoansiedade. Isso demonstra a vulnerabilidade dos jovens aos impactos das mudanças climáticas.
- Ecoansiedade como consequência: O texto descreve a ecoansiedade como o "medo persistente de um colapso ambiental" e associa esse sentimento à maior consciência ambiental dos jovens e às evidências das mudanças climáticas. A frase "disso decorre um novo transtorno psiquiátrico denominado ecoansiedade" (na alternativa E) reflete essa relação de consequência.
- Necessidade de apoio: O argumento dedica um parágrafo inteiro ao papel de familiares e educadores, enfatizando que "desempenham um papel fundamental para ajudar crianças e jovens a lidar com esses sentimentos". Ele sugere a importância de "construir diálogos e criar vínculos emocionais mais consistentes" através de frases empáticas e da disposição de "pensar juntos em como podemos contribuir para a construção de um mundo melhor". Isso corresponde diretamente à
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