Questões de História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura para Concurso

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Q2345750 História

Prezada Dra. Natalie Zemon Davis,


Fiquei absolutamente encantado ao receber seu artigo sobre as “Razões do Desgoverno”. Eu mesmo estou trabalhando há algum tempo num curto estudo sobre “rough music” (nossa versão do charivari) no século XVIII e início do século XIX na Inglaterra. Portanto, fiquei particularmente entusiasmado ao descobrir trabalho comparativo de sua espécie avançado, embora haja diferenças importantes nos costumes e nas funções. Em certo sentido, suponho que o material do século XVIII na Inglaterra é uma forma atenuada do que você está escrevendo. 


Adaptado de: WALSHAM, Alexandra. Rough music and Charivari: Letters between Natalie Zemon David and Edward Thompson 1970-1972. Past and Present, 2017.


(rough music é uma cacofonia rude, com ou sem ritual mais elaborado, empregada em geral para dirigir zombarias ou hostilidades contra indivíduos que desrespeitam certas normas da comunidade.) 



No texto, percebe-se a convergência entre os temas investigados pelos dois historiadores. Assinale a opção que apresenta corretamente a perspectiva historiográfica que os estudos dos dois historiadores estão inseridos. 

Alternativas
Q2344308 História
“A questão da coerência interna do indivíduo, de seu pertencimento a outros e de sua demarcação com relação aos outros, é formulada de modo distinto em tempos diversos. Atualmente, ela surge com força e intensidade no plano categorial do pensamento histórico, com relação à humanidade, diante da desumanidade experimentada e da humanização almejada.” 
(RÜSEN, Jörn. Teoria da História: uma teoria da História como ciência. Curitiba: UFPR. 2015. p.145)

Com base no texto, o seguinte tema tem acompanhado atualmente o pensamento histórico:

Alternativas
Q2344300 História
“Ora, não há dúvida de que os índios foram atores políticos importantes de sua própria história e de que, nos interstícios da política indigenista, se vislumbra algo do que foi a política indígena. Sabe-se que as potências metropolitanas perceberam desde cedo as potencialidades estratégicas das inimizades entre grupos indígenas: no século XVI, os franceses e os portugueses em guerra aliaram-se respectivamente aos Tamoios e aos Tupiniquins (Fausto in Carneiro da Cunha [org.] 1992); e no século XVII os holandeses pela primeira vez se aliaram a grupos ‘tapuias” contra os portugueses (Dantas, Sampaio, e Carvalho in Carneiro da Cunha [org] 1992). No século XIX, os Munduruku foram usados para ‘desinfestar’ o Madeira de grupos hostis e os Krahô, no Tocantis, para combater outras etnias Jê.” 
(CUNHA, Manuela Carneiro da. Índios no Brasil: História, direitos e cidadania. São Paulo: Claroenigma, 2012. p. 23)

Entre o impacto da política indígena metropolitana e as iniciativas dos povos originários, há ainda amplo campo de estudos sobre o protagonismo indígena em sua relação com o colonizador.
Nesse sentido, a abordagem historiográfica que pode melhor contribuir para esses estudos é a história

Alternativas
Q2344294 História
“A escrita da história implica, portanto, a produção de um discurso no qual um narrador oculto ou explicito, o historiador, recompõe, recria, produz fatos e processos a partir das fontes – documentos definidos e classificados institucionalmente ou não -, de forma a atribuir sentido aos processos objetos de análise, buscando compreendê-los e explicá-los na perspectiva da sociedade ou dos grupos que os vivenciaram. Mas a compreensão e a explicação são aquelas de uma pessoa de seu tempo, com suas referências culturais e também teóricas. O pensamento histórico que realiza análise histórica, é do historiador que é um homem ou mulher de uma comunidade profissional de seu tempo. Nesse contexto, o anacronismo é inevitável?”
(MONTEIRO, Ana Maria. Tempo presente no ensino de História: o anacronismo em questão. In: GONÇALVES. Marcia de Almeida; ROCHA, Helenice; REZNIK, Luis; MONTEIRO, Ana Maria. Qual o valor da História Hoje? Rio de Janeiro: FGV, 2012. p. 194)

A pesquisa e a escrita historiográfica são plenas de questões que desafiam o historiador no exercício de seu ofício. A partir da interpretação do texto, é correto afirmar que

Alternativas
Q2344292 História
“A história, que por muito tempo foi considerada um gênero literário, uma arte, embora devesse ter compromisso com a verdade – nas palavras de Tucídides (em História da Guerra do Peloponeso) ‘devesse ter a preocupação em contar como as coisas se passaram, extraindo delas lições’ –, vai ser designada uma ciência ainda no século XVIII, com os pensadores iluministas. Mas será no início do século XIX que, em grande medida, a prática historiográfica passa a obedecer a regras distintas daquelas as que presidiram a escrita da história desde a Antiguidade Clássica, com o deslizamento e alteração de sentido do topos da historia magistra vitae”.
(Albuquerque Júnior, Durval Muniz de. Forma de escrever e ensinar a história hoje. In: GONÇALVES. Marcia de Almeida; ROCHA, Helenice; REZNIK, Luis; MONTEIRO, Ana Maria. Qual o valor da História Hoje? Rio de Janeiro: FGV, 2012. p. 23).


Considerando as novas regras que presidiram a escrita da história no século XIX, pode-se afirmar que os historiadores propuseram

Alternativas
Respostas
21: D
22: C
23: D
24: B
25: C