O conceito "desenvolvimento sustentável" —
disseminado a partir da publicação do "Relatório
Brundtland" (1987) —, definido como aquele que atende
às necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas
próprias necessidades, deve ser compreendido no
contexto das discussões relativas às contradições entre
crescimento econômico e conservação da natureza.
Adotado por vários governos, políticos, empresários e
ONGs, o conceito implica a continuidade do processo de
homogeneização cultural e ecológica, que hoje é, mais
do que nunca, comandado pelo capital transnacional.
Agora, o modelo de produção e consumo
ocidental-capitalista, baseado no crescimento econômico
infinito, é posto em xeque do ponto de vista de sua
perdurabilidade material. Há limites para o crescimento:
o planeta não é infinito e seus recursos não são
infindáveis. O esgotamento dos recursos e a entropia
gerada pelo modo industrial de apropriação da natureza
se traduzem em poluição e deterioração da qualidade
ambiental.
(Adapt. CALDART, Roseli Salete et al (Org.). Dicionário da educação
do campo. Rio de Janeiro/São Paulo: Escola Politécnica de Saúde
Joaquim Venâncio/Expressão Popular, 2012. pp. 206-210.)
Considerando o conceito de "desenvolvimento
sustentável", assinale a afirmativa que corretamente
expressa uma reflexão crítica sobre suas limitações e
contradições na prática contemporânea.