Questões de Concurso Para vunesp

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Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2024 - UNESP - Contador |
Q3255136 Direito Financeiro
Sobre empenho, é correto afirmar:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2024 - UNESP - Contador |
Q3255135 Direito Financeiro
Sobre a programação da despesa, de acordo com a Lei n° 4.320/64, imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento, e com base nos limites nela fixados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamentária fica autorizada a utilizar. Dessa forma, a fixação das cotas atenderá o objetivo de
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2024 - UNESP - Contador |
Q3255134 Direito Constitucional
De acordo com a Constituição Federal, é correto afirmar que a Lei Orçamentária Anual compreenderá o 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2024 - UNESP - Contador |
Q3255133 Direito Constitucional
No que concerne às operações relativas à circulação de mercadorias e às prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior, instituir tais impostos compete somente
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2024 - UNESP - Contador |
Q3255132 Direito Tributário
A definição de tributos e de suas espécies, bem como a disposição sobre o que se refere a impostos discriminados na Constituição Federal, aos respectivos fatos geradores, a bases de cálculo e contribuintes cabem especificamente a:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2024 - UNESP - Contador |
Q3255131 Direito Tributário
A Constituição Federal determina que o Sistema Tributário Nacional deve observar, além do princípio da simplicidade, os princípios da
Alternativas
Q3255126 Direito Constitucional
Suponha que George deseja obter da Secretaria de Recursos Humanos do Município ABC uma certidão que será utilizada para esclarecer uma situação de interesse pessoal e, posteriormente, utilizada como prova para ajuizar uma ação em face do referido município. Januário deseja realizar a retificação de seus dados em um órgão público, mas não por meio de processo sigiloso, judicial ou administrativo.

Com base nas situações hipotéticas apresentadas e no disposto na Constituição Federal, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q3255122 Matemática
O preço de um produto na loja A é metade do preço do mesmo produto na loja B. O lojista da loja A aplica um aumento de 20% no preço desse produto, e, no mesmo dia, o lojista da loja B aplica um desconto de 20% nesse mesmo produto. Na semana seguinte, o lojista da loja A repete o aumento de 20%, e o lojista da loja B, no mesmo dia, repete o desconto de 20%.

Com essas informações, é correto afirmar que, após essas alterações de preços, o maior preço vigente, deste produto, supera o menor preço em
Alternativas
Q3255121 Matemática
Saí de casa com uma quantia no bolso. Gastei 1/5 do dinheiro que tinha comprando laranjas. Em seguida, comprei ovos gastando 1/7 do que havia restado. Já com tomates, gastei  1/6 do que havia sobrado após a compra dos ovos. Para terminar, comprei R$ 30,00 de mangas e ainda me sobraram 2/11 do dinheiro que tinha no início.

Dessa maneira, é correto afirmar que gastei com as laranjas a mais do que gastei com os tomates a quantia de
Alternativas
Q3255120 Português
Leia a crônica para responder à questão.


Minhas janelas


    Em geral as pessoas possuíram automóveis e se recordam de todos eles. Eu possuí janelas e ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. Minha primeira providência em casa nova é instalar meus instrumentos de trabalho ao lado duma janela: mesa, máquina de escrever, dicionários, paciência. Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos que há muitos anos esperam aparecer em mim o homem tranquilo e experiente que fuma cachimbo. A janela também faz parte do equipamento profissional do escritor. Sem janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética, feita de incompreensíveis pedaços de vida, lágrimas e risos loucos.

    Tive muitas janelas, e nenhuma delas mais generosa e plena do que esta de que me despeço na manhã de hoje. Amanhã cedo mudarei de casa, de janela, e até de alma, pois o meu modo de ver e viver já não será o mesmo fatalmente.

    Quando menino, nunca olhei pela janela, mas fazia parte da paisagem de um quintal com os mamoeiros bicados pelos passarinhos, as galinhas neuróticas em assembleia permanente, o canto intermitente do tanque. Criança do meu tempo, do tempo das casas, só chegava à janela em dia de chuva, amassando o nariz contra a vidraça para ver o mistério espetacular das águas desatadas e as poças onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia.

    Portanto, só à medida que ganhamos corpo e tempo, vamos aprendendo a conhecer a importância das janelas. Morei em vários lugares e vi muitas coisas. Vi as luminárias inquietantes dos transatlânticos; as traineiras* indo e vindo; um afogado dando à praia ao amanhecer; operários equilibrando-se em andaimes incríveis; o féretro passando; a moça saindo para as núpcias; a mãe voltando com o filho da maternidade; o bêbado matinal; o mendigo irrompendo pela rua... Vi através de minhas janelas todas as formas inumeráveis da vida, e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão.

    Nos últimos anos, encontrei Ipanema e só tenho trocado de moradia no mesmo bairro. Não quero mais ir, quero ficar; não quero mais procurar, quero conhecer o que já encontrei; para quem sou, as alegrias e tristezas que já tenho estão de bom tamanho.

    Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela, incomparavelmente a melhor peça deste apartamento. Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem aos telhados de limo lá embaixo, às minhas gaivotas, aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno e adeus para este mar cheio de luz.


(Paulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7120/minhas-janelas Crônica publicada em 09.07.1960. Texto adaptado)

*Traineira: pequena embarcação de pesca.
Considere as frases redigidas com base nas ideias do texto.

•  O cronista rende-se __________ triste verdade de que precisa se separar de sua esplêndida janela.
•  Antes de partir da antiga morada, ele se vê obrigado __________ dizer adeus a tudo o que lhe é caro.
•  Em sua despedida, __________ qual atribui um ar solene e respeitoso, ele faz uma derradeira homenagem aos telhados e ao mar noturno e ao cheio de luz.

Atendendo à norma-padrão de emprego do sinal indicativo de crase, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por:
Alternativas
Q3255118 Português
Leia a crônica para responder à questão.


Minhas janelas


    Em geral as pessoas possuíram automóveis e se recordam de todos eles. Eu possuí janelas e ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. Minha primeira providência em casa nova é instalar meus instrumentos de trabalho ao lado duma janela: mesa, máquina de escrever, dicionários, paciência. Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos que há muitos anos esperam aparecer em mim o homem tranquilo e experiente que fuma cachimbo. A janela também faz parte do equipamento profissional do escritor. Sem janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética, feita de incompreensíveis pedaços de vida, lágrimas e risos loucos.

    Tive muitas janelas, e nenhuma delas mais generosa e plena do que esta de que me despeço na manhã de hoje. Amanhã cedo mudarei de casa, de janela, e até de alma, pois o meu modo de ver e viver já não será o mesmo fatalmente.

    Quando menino, nunca olhei pela janela, mas fazia parte da paisagem de um quintal com os mamoeiros bicados pelos passarinhos, as galinhas neuróticas em assembleia permanente, o canto intermitente do tanque. Criança do meu tempo, do tempo das casas, só chegava à janela em dia de chuva, amassando o nariz contra a vidraça para ver o mistério espetacular das águas desatadas e as poças onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia.

    Portanto, só à medida que ganhamos corpo e tempo, vamos aprendendo a conhecer a importância das janelas. Morei em vários lugares e vi muitas coisas. Vi as luminárias inquietantes dos transatlânticos; as traineiras* indo e vindo; um afogado dando à praia ao amanhecer; operários equilibrando-se em andaimes incríveis; o féretro passando; a moça saindo para as núpcias; a mãe voltando com o filho da maternidade; o bêbado matinal; o mendigo irrompendo pela rua... Vi através de minhas janelas todas as formas inumeráveis da vida, e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão.

    Nos últimos anos, encontrei Ipanema e só tenho trocado de moradia no mesmo bairro. Não quero mais ir, quero ficar; não quero mais procurar, quero conhecer o que já encontrei; para quem sou, as alegrias e tristezas que já tenho estão de bom tamanho.

    Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela, incomparavelmente a melhor peça deste apartamento. Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem aos telhados de limo lá embaixo, às minhas gaivotas, aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno e adeus para este mar cheio de luz.


(Paulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7120/minhas-janelas Crônica publicada em 09.07.1960. Texto adaptado)

*Traineira: pequena embarcação de pesca.
Observe as frases.

•  Sem o nosso poder de ver o mundo pelas janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética.
•  Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela; peço, pois, um minuto de silêncio.

Assinale a alternativa em que essas frases estão reescritas de forma a apresentar ideias pertinentes ao texto original.
Alternativas
Q3255117 Português
Leia a crônica para responder à questão.


Minhas janelas


    Em geral as pessoas possuíram automóveis e se recordam de todos eles. Eu possuí janelas e ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. Minha primeira providência em casa nova é instalar meus instrumentos de trabalho ao lado duma janela: mesa, máquina de escrever, dicionários, paciência. Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos que há muitos anos esperam aparecer em mim o homem tranquilo e experiente que fuma cachimbo. A janela também faz parte do equipamento profissional do escritor. Sem janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética, feita de incompreensíveis pedaços de vida, lágrimas e risos loucos.

    Tive muitas janelas, e nenhuma delas mais generosa e plena do que esta de que me despeço na manhã de hoje. Amanhã cedo mudarei de casa, de janela, e até de alma, pois o meu modo de ver e viver já não será o mesmo fatalmente.

    Quando menino, nunca olhei pela janela, mas fazia parte da paisagem de um quintal com os mamoeiros bicados pelos passarinhos, as galinhas neuróticas em assembleia permanente, o canto intermitente do tanque. Criança do meu tempo, do tempo das casas, só chegava à janela em dia de chuva, amassando o nariz contra a vidraça para ver o mistério espetacular das águas desatadas e as poças onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia.

    Portanto, só à medida que ganhamos corpo e tempo, vamos aprendendo a conhecer a importância das janelas. Morei em vários lugares e vi muitas coisas. Vi as luminárias inquietantes dos transatlânticos; as traineiras* indo e vindo; um afogado dando à praia ao amanhecer; operários equilibrando-se em andaimes incríveis; o féretro passando; a moça saindo para as núpcias; a mãe voltando com o filho da maternidade; o bêbado matinal; o mendigo irrompendo pela rua... Vi através de minhas janelas todas as formas inumeráveis da vida, e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão.

    Nos últimos anos, encontrei Ipanema e só tenho trocado de moradia no mesmo bairro. Não quero mais ir, quero ficar; não quero mais procurar, quero conhecer o que já encontrei; para quem sou, as alegrias e tristezas que já tenho estão de bom tamanho.

    Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela, incomparavelmente a melhor peça deste apartamento. Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem aos telhados de limo lá embaixo, às minhas gaivotas, aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno e adeus para este mar cheio de luz.


(Paulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7120/minhas-janelas Crônica publicada em 09.07.1960. Texto adaptado)

*Traineira: pequena embarcação de pesca.
Na passagem – … ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. (1° parágrafo) –, a locução adjetiva em destaque se refere ao termo precedente, qualificando-o.

Essa situação também ocorre no trecho destacado em: 
Alternativas
Q3255116 Português
Leia a crônica para responder à questão.


Minhas janelas


    Em geral as pessoas possuíram automóveis e se recordam de todos eles. Eu possuí janelas e ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. Minha primeira providência em casa nova é instalar meus instrumentos de trabalho ao lado duma janela: mesa, máquina de escrever, dicionários, paciência. Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos que há muitos anos esperam aparecer em mim o homem tranquilo e experiente que fuma cachimbo. A janela também faz parte do equipamento profissional do escritor. Sem janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética, feita de incompreensíveis pedaços de vida, lágrimas e risos loucos.

    Tive muitas janelas, e nenhuma delas mais generosa e plena do que esta de que me despeço na manhã de hoje. Amanhã cedo mudarei de casa, de janela, e até de alma, pois o meu modo de ver e viver já não será o mesmo fatalmente.

    Quando menino, nunca olhei pela janela, mas fazia parte da paisagem de um quintal com os mamoeiros bicados pelos passarinhos, as galinhas neuróticas em assembleia permanente, o canto intermitente do tanque. Criança do meu tempo, do tempo das casas, só chegava à janela em dia de chuva, amassando o nariz contra a vidraça para ver o mistério espetacular das águas desatadas e as poças onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia.

    Portanto, só à medida que ganhamos corpo e tempo, vamos aprendendo a conhecer a importância das janelas. Morei em vários lugares e vi muitas coisas. Vi as luminárias inquietantes dos transatlânticos; as traineiras* indo e vindo; um afogado dando à praia ao amanhecer; operários equilibrando-se em andaimes incríveis; o féretro passando; a moça saindo para as núpcias; a mãe voltando com o filho da maternidade; o bêbado matinal; o mendigo irrompendo pela rua... Vi através de minhas janelas todas as formas inumeráveis da vida, e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão.

    Nos últimos anos, encontrei Ipanema e só tenho trocado de moradia no mesmo bairro. Não quero mais ir, quero ficar; não quero mais procurar, quero conhecer o que já encontrei; para quem sou, as alegrias e tristezas que já tenho estão de bom tamanho.

    Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela, incomparavelmente a melhor peça deste apartamento. Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem aos telhados de limo lá embaixo, às minhas gaivotas, aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno e adeus para este mar cheio de luz.


(Paulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7120/minhas-janelas Crônica publicada em 09.07.1960. Texto adaptado)

*Traineira: pequena embarcação de pesca.
Considere as frases elaboradas a partir do texto.

•  A paciência faz parte da lista de instrumentos de trabalho do escritor, e ele __________ ao longo da carreira.
•  As crianças se sentiam atraídas pelo “mistério espetacular das águas desatadas”, o que espontaneamente ___________ a amassar o nariz contra a vidraça para ver a chuva.
•  Formas inumeráveis de vida já foram presenciadas pelo escritor, que ___________ e transforma em literatura.

De acordo com a norma-padrão de emprego e de colocação de pronomes, as lacunas dessas frases devem ser preenchidas, respectivamente, por: 
Alternativas
Q3255115 Português
Leia a crônica para responder à questão.


Minhas janelas


    Em geral as pessoas possuíram automóveis e se recordam de todos eles. Eu possuí janelas e ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. Minha primeira providência em casa nova é instalar meus instrumentos de trabalho ao lado duma janela: mesa, máquina de escrever, dicionários, paciência. Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos que há muitos anos esperam aparecer em mim o homem tranquilo e experiente que fuma cachimbo. A janela também faz parte do equipamento profissional do escritor. Sem janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética, feita de incompreensíveis pedaços de vida, lágrimas e risos loucos.

    Tive muitas janelas, e nenhuma delas mais generosa e plena do que esta de que me despeço na manhã de hoje. Amanhã cedo mudarei de casa, de janela, e até de alma, pois o meu modo de ver e viver já não será o mesmo fatalmente.

    Quando menino, nunca olhei pela janela, mas fazia parte da paisagem de um quintal com os mamoeiros bicados pelos passarinhos, as galinhas neuróticas em assembleia permanente, o canto intermitente do tanque. Criança do meu tempo, do tempo das casas, só chegava à janela em dia de chuva, amassando o nariz contra a vidraça para ver o mistério espetacular das águas desatadas e as poças onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia.

    Portanto, só à medida que ganhamos corpo e tempo, vamos aprendendo a conhecer a importância das janelas. Morei em vários lugares e vi muitas coisas. Vi as luminárias inquietantes dos transatlânticos; as traineiras* indo e vindo; um afogado dando à praia ao amanhecer; operários equilibrando-se em andaimes incríveis; o féretro passando; a moça saindo para as núpcias; a mãe voltando com o filho da maternidade; o bêbado matinal; o mendigo irrompendo pela rua... Vi através de minhas janelas todas as formas inumeráveis da vida, e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão.

    Nos últimos anos, encontrei Ipanema e só tenho trocado de moradia no mesmo bairro. Não quero mais ir, quero ficar; não quero mais procurar, quero conhecer o que já encontrei; para quem sou, as alegrias e tristezas que já tenho estão de bom tamanho.

    Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela, incomparavelmente a melhor peça deste apartamento. Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem aos telhados de limo lá embaixo, às minhas gaivotas, aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno e adeus para este mar cheio de luz.


(Paulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7120/minhas-janelas Crônica publicada em 09.07.1960. Texto adaptado)

*Traineira: pequena embarcação de pesca.
Observe a pontuação nas seguintes passagens do texto.

•  Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos... (1° parágrafo)
•  Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem [...] aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno... (último parágrafo)

É correto afirmar que os dois-pontos e o ponto e vírgula foram empregados, correta e respectivamente, para 
Alternativas
Q3255114 Português
Leia a crônica para responder à questão.


Minhas janelas


    Em geral as pessoas possuíram automóveis e se recordam de todos eles. Eu possuí janelas e ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. Minha primeira providência em casa nova é instalar meus instrumentos de trabalho ao lado duma janela: mesa, máquina de escrever, dicionários, paciência. Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos que há muitos anos esperam aparecer em mim o homem tranquilo e experiente que fuma cachimbo. A janela também faz parte do equipamento profissional do escritor. Sem janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética, feita de incompreensíveis pedaços de vida, lágrimas e risos loucos.

    Tive muitas janelas, e nenhuma delas mais generosa e plena do que esta de que me despeço na manhã de hoje. Amanhã cedo mudarei de casa, de janela, e até de alma, pois o meu modo de ver e viver já não será o mesmo fatalmente.

    Quando menino, nunca olhei pela janela, mas fazia parte da paisagem de um quintal com os mamoeiros bicados pelos passarinhos, as galinhas neuróticas em assembleia permanente, o canto intermitente do tanque. Criança do meu tempo, do tempo das casas, só chegava à janela em dia de chuva, amassando o nariz contra a vidraça para ver o mistério espetacular das águas desatadas e as poças onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia.

    Portanto, só à medida que ganhamos corpo e tempo, vamos aprendendo a conhecer a importância das janelas. Morei em vários lugares e vi muitas coisas. Vi as luminárias inquietantes dos transatlânticos; as traineiras* indo e vindo; um afogado dando à praia ao amanhecer; operários equilibrando-se em andaimes incríveis; o féretro passando; a moça saindo para as núpcias; a mãe voltando com o filho da maternidade; o bêbado matinal; o mendigo irrompendo pela rua... Vi através de minhas janelas todas as formas inumeráveis da vida, e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão.

    Nos últimos anos, encontrei Ipanema e só tenho trocado de moradia no mesmo bairro. Não quero mais ir, quero ficar; não quero mais procurar, quero conhecer o que já encontrei; para quem sou, as alegrias e tristezas que já tenho estão de bom tamanho.

    Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela, incomparavelmente a melhor peça deste apartamento. Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem aos telhados de limo lá embaixo, às minhas gaivotas, aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno e adeus para este mar cheio de luz.


(Paulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7120/minhas-janelas Crônica publicada em 09.07.1960. Texto adaptado)

*Traineira: pequena embarcação de pesca.
Entre os recursos de linguagem que o cronista utiliza, é correto afirmar que ele humaniza determinados objetos, a exemplo de _____________; e que emprega termos ou expressões que enfatizam atributos positivos dos objetos, a exemplo de ______________.

Assinale a alternativa cujos trechos da crônica completam, correta e respectivamente, o texto apresentado. 
Alternativas
Q3255113 Português
Leia a crônica para responder à questão.


Minhas janelas


    Em geral as pessoas possuíram automóveis e se recordam de todos eles. Eu possuí janelas e ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. Minha primeira providência em casa nova é instalar meus instrumentos de trabalho ao lado duma janela: mesa, máquina de escrever, dicionários, paciência. Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos que há muitos anos esperam aparecer em mim o homem tranquilo e experiente que fuma cachimbo. A janela também faz parte do equipamento profissional do escritor. Sem janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética, feita de incompreensíveis pedaços de vida, lágrimas e risos loucos.

    Tive muitas janelas, e nenhuma delas mais generosa e plena do que esta de que me despeço na manhã de hoje. Amanhã cedo mudarei de casa, de janela, e até de alma, pois o meu modo de ver e viver já não será o mesmo fatalmente.

    Quando menino, nunca olhei pela janela, mas fazia parte da paisagem de um quintal com os mamoeiros bicados pelos passarinhos, as galinhas neuróticas em assembleia permanente, o canto intermitente do tanque. Criança do meu tempo, do tempo das casas, só chegava à janela em dia de chuva, amassando o nariz contra a vidraça para ver o mistério espetacular das águas desatadas e as poças onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia.

    Portanto, só à medida que ganhamos corpo e tempo, vamos aprendendo a conhecer a importância das janelas. Morei em vários lugares e vi muitas coisas. Vi as luminárias inquietantes dos transatlânticos; as traineiras* indo e vindo; um afogado dando à praia ao amanhecer; operários equilibrando-se em andaimes incríveis; o féretro passando; a moça saindo para as núpcias; a mãe voltando com o filho da maternidade; o bêbado matinal; o mendigo irrompendo pela rua... Vi através de minhas janelas todas as formas inumeráveis da vida, e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão.

    Nos últimos anos, encontrei Ipanema e só tenho trocado de moradia no mesmo bairro. Não quero mais ir, quero ficar; não quero mais procurar, quero conhecer o que já encontrei; para quem sou, as alegrias e tristezas que já tenho estão de bom tamanho.

    Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela, incomparavelmente a melhor peça deste apartamento. Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem aos telhados de limo lá embaixo, às minhas gaivotas, aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno e adeus para este mar cheio de luz.


(Paulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7120/minhas-janelas Crônica publicada em 09.07.1960. Texto adaptado)

*Traineira: pequena embarcação de pesca.
Considere as passagens do texto.

•  ... onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia. (3° parágrafo)
•  ... o mendigo irrompendo pela rua... (4° parágrafo)
•  ... e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão. (4° parágrafo)

Analisando o contexto em que se encontram, é correto afirmar que os termos destacados significam, respectivamente:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2024 - TJ-SP - Oficial de Justiça |
Q3253628 Noções de Informática
Um oficial de justiça acessou com sucesso a URL http://www.exemplo.com.br?produto=1234&utm_ source=google e deseja compartilhar com um colega, mas deseja remover características de rastreamento.

Assinale a alternativa com a versão da URL que deve ser compartilhada, de forma a abrir a mesma página que o oficial de justiça havia acessado, mas sem informações de rastreamento, considerando que o banco de dados do site exemplo.com.br não foi alterado e está acessível.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2024 - TJ-SP - Oficial de Justiça |
Q3253627 Noções de Informática
Tem-se a seguinte mensagem de correio eletrônico, enviada e recebida com sucesso, em que todos os usuários utilizam o Microsoft Outlook 365, em sua configuração original.

De: Karina
Para: Paulo, Dante
Cc: Julio
Cco: Roberto
Anexo: Documento.txt

Considerando que Roberto sabe que a mensagem foi enviada para Paulo, Dante e Julio, e que Paulo, Dante e Julio não sabem que Roberto recebeu a mensagem, assinale a alternativa que indica quais usuários receberam o anexo enviado por Karina.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2024 - TJ-SP - Oficial de Justiça |
Q3253626 Noções de Informática
Um oficial de justiça precisa calcular a quantidade de dias úteis entre duas datas, para fins de prazos legais. Para isso, criou a seguinte planilha no Microsoft Excel 365, em sua configuração padrão, onde a célula A1 contém a função =DIA.DA.SEMANA(B1), a célula A2 contém a função =DIA.DA.SEMANA(B2), e assim, sucessivamente, até a linha 7.
Captura_de tela 2025-03-20 134450.png (190×237)

Ao inserir a função =DIATRABALHOTOTAL(B1;B7;B5:B6) na célula A9, o resultado será:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2024 - TJ-SP - Oficial de Justiça |
Q3253625 Noções de Informática
Um oficial de justiça recebeu em seu computador uma notificação dizendo “[Nome da pasta] foi removido do seu OneDrive”, onde [Nome da pasta] contém o nome de uma pasta. Isso significa que uma pasta compartilhada por um funcionário administrativo com o oficial de justiça foi excluída.
Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
5421: A
5422: E
5423: D
5424: B
5425: A
5426: C
5427: E
5428: E
5429: B
5430: A
5431: C
5432: B
5433: E
5434: A
5435: D
5436: B
5437: A
5438: E
5439: D
5440: A