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Sobre português nível médio
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Pesquisadores do Centro de Componentes Semicondutores e Nanotecnologia (CCS Nano) da Unicamp, em Campinas (SP), criaram uma forma de conter deslizamentos de terra e melhorar a qualidade do solo com lignina, um subproduto da indústria de papel geralmente descartado.
A lignina é um material que ajuda na união das fibras de celulose de uma planta e é eliminada na produção de papel. A principal produtora de papel no Brasil produz cerca de 1 milhão de toneladas por ano.
Segundo os pesquisadores, o produto desenvolvido tem sustentabilidade ambiental por ser feito a partir de um material que é biocompatível, ou seja, que é totalmente absorvido na natureza sem deixar resíduos.
Para entender como foi descoberto e funciona o composto, o g1 conversou com os pesquisadores do CCS Nano, o físico Stanislav Mochkalev, coordenador das pesquisas e a química Silvia Vaz Guerra Nista. Confira os detalhes abaixo.
Contenção de deslizamento
Mochkalev trabalha no processamento de nanomateriais há dez anos e utiliza micro-ondas na fabricação de sensores, baterias de lítio e supercapacitores. Recentemente, passou a testar a lignina para responder a uma demanda da indústria de papel que quer dar um destino ao resíduo.
“Um rejeito da indústria, de fato, um lixo que não custa praticamente nada [...] a maior parte de uso acontece em caldeiras com o pó de lignina quando ela seca, aí ela consegue produzir calor em caldeiras. Mas esse uso é muito poluente”, diz.
Durante os testes, que envolvem outros aditivos além da lignina e o aquecimento do composto com micro-ondas, ele conta que se formaram estruturas em três dimensões no formato de cápsulas de 1 a 2 cm³ que não estavam previstas.
"A gente conseguiu fazer cápsulas. Essa descoberta foi, de fato fenomenal", conta. Pois foi a partir deste formato, que revelou ter boa estrutura mecânica e alta porosidade, que o grupo conseguiu ampliar as aplicações do produto. Essas cápsulas são capazes de absorver até cinco vezes o seu peso em água, então surgiu a ideia dos "poços de absorção" para áreas de encosta.
Ele explica que a ideia é colocar as cápsulas em pequenos poços cilíndricos em uma profundidade de 3 a 5 m no topo de uma área de encosta. No momento que cair a chuva, essa água é absorvida de forma muito rápida, evitando o acúmulo na superfície, e que depois libera gradualmente.
"A gente tem experimentos no laboratório que mostram que as cápsulas seguram semanas a água, diminuindo o risco de deslizamentos", explica.
A pesquisadora Nista inclusive falou de uma possibilidade que ainda não foi testada, mas o produto tem potencial para ser utilizado em áreas de risco de enchente absorvendo o excesso de água como uma "esponja".
Solo biocompatível
Outra aplicação para o composto que a equipe observou é a capacidade de emular as propriedades da ‘terra preta’ que é um solo fértil e rico em matéria orgânica encontrado na Amazônia. Dentre os elementos mais comuns, há o grafite e óxido de grafite oriundo das fogueiras e outras coisas da floresta.
"A terra preta é muito produtiva, quatro a cinco vezes mais produtiva se comparada com a terra comum que é usada na agricultura", explica o físico.
Segundo os pesquisadores, o objetivo inicial era fazer um pó de lignina, mas ao passar pelo processo de micro-ondas e com a criação das estruturas em forma de cápsulas, perceberam a propriedade de imitar as características físicas de porosidade e absorção de água do solo amazônico.
Assim, explica que o produto de lignina tem a capacidade de aumentar a produtividade agrícola e reduzir a dependência de fertilizantes químicos. Com o tempo, o solo com o composto deve favorecer a formação de um bioma como um fertilizante natural.
Além disso, os pesquisadores também ressaltam que é um produto que será absorvido totalmente na natureza sem deixar resíduos.
(“Pesquisa da Unicamp testa o uso de ‘lixo’ da indústria de papel para evitar deslizamentos de terra e melhorar solo para agricultura”. Marcelo Gaudio, 16/03/2025. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/03/16/pesquisa-da-unicamp-testa-uso-de-lixo da-industria-de-papel-para-evitar-deslizamentos-de-terra-e-melhorar-solo-para-agricultura.ghtml. Adaptado)
Pesquisadores do Centro de Componentes Semicondutores e Nanotecnologia (CCS Nano) da Unicamp, em Campinas (SP), criaram uma forma de conter deslizamentos de terra e melhorar a qualidade do solo com lignina, um subproduto da indústria de papel geralmente descartado.
A lignina é um material que ajuda na união das fibras de celulose de uma planta e é eliminada na produção de papel. A principal produtora de papel no Brasil produz cerca de 1 milhão de toneladas por ano.
Segundo os pesquisadores, o produto desenvolvido tem sustentabilidade ambiental por ser feito a partir de um material que é biocompatível, ou seja, que é totalmente absorvido na natureza sem deixar resíduos.
Para entender como foi descoberto e funciona o composto, o g1 conversou com os pesquisadores do CCS Nano, o físico Stanislav Mochkalev, coordenador das pesquisas e a química Silvia Vaz Guerra Nista. Confira os detalhes abaixo.
Contenção de deslizamento
Mochkalev trabalha no processamento de nanomateriais há dez anos e utiliza micro-ondas na fabricação de sensores, baterias de lítio e supercapacitores. Recentemente, passou a testar a lignina para responder a uma demanda da indústria de papel que quer dar um destino ao resíduo.
“Um rejeito da indústria, de fato, um lixo que não custa praticamente nada [...] a maior parte de uso acontece em caldeiras com o pó de lignina quando ela seca, aí ela consegue produzir calor em caldeiras. Mas esse uso é muito poluente”, diz.
Durante os testes, que envolvem outros aditivos além da lignina e o aquecimento do composto com micro-ondas, ele conta que se formaram estruturas em três dimensões no formato de cápsulas de 1 a 2 cm³ que não estavam previstas.
"A gente conseguiu fazer cápsulas. Essa descoberta foi, de fato fenomenal", conta. Pois foi a partir deste formato, que revelou ter boa estrutura mecânica e alta porosidade, que o grupo conseguiu ampliar as aplicações do produto. Essas cápsulas são capazes de absorver até cinco vezes o seu peso em água, então surgiu a ideia dos "poços de absorção" para áreas de encosta.
Ele explica que a ideia é colocar as cápsulas em pequenos poços cilíndricos em uma profundidade de 3 a 5 m no topo de uma área de encosta. No momento que cair a chuva, essa água é absorvida de forma muito rápida, evitando o acúmulo na superfície, e que depois libera gradualmente.
"A gente tem experimentos no laboratório que mostram que as cápsulas seguram semanas a água, diminuindo o risco de deslizamentos", explica.
A pesquisadora Nista inclusive falou de uma possibilidade que ainda não foi testada, mas o produto tem potencial para ser utilizado em áreas de risco de enchente absorvendo o excesso de água como uma "esponja".
Solo biocompatível
Outra aplicação para o composto que a equipe observou é a capacidade de emular as propriedades da ‘terra preta’ que é um solo fértil e rico em matéria orgânica encontrado na Amazônia. Dentre os elementos mais comuns, há o grafite e óxido de grafite oriundo das fogueiras e outras coisas da floresta.
"A terra preta é muito produtiva, quatro a cinco vezes mais produtiva se comparada com a terra comum que é usada na agricultura", explica o físico.
Segundo os pesquisadores, o objetivo inicial era fazer um pó de lignina, mas ao passar pelo processo de micro-ondas e com a criação das estruturas em forma de cápsulas, perceberam a propriedade de imitar as características físicas de porosidade e absorção de água do solo amazônico.
Assim, explica que o produto de lignina tem a capacidade de aumentar a produtividade agrícola e reduzir a dependência de fertilizantes químicos. Com o tempo, o solo com o composto deve favorecer a formação de um bioma como um fertilizante natural.
Além disso, os pesquisadores também ressaltam que é um produto que será absorvido totalmente na natureza sem deixar resíduos.
(“Pesquisa da Unicamp testa o uso de ‘lixo’ da indústria de papel para evitar deslizamentos de terra e melhorar solo para agricultura”. Marcelo Gaudio, 16/03/2025. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/03/16/pesquisa-da-unicamp-testa-uso-de-lixo da-industria-de-papel-para-evitar-deslizamentos-de-terra-e-melhorar-solo-para-agricultura.ghtml. Adaptado)
Pesquisadores do Centro de Componentes Semicondutores e Nanotecnologia (CCS Nano) da Unicamp, em Campinas (SP), criaram uma forma de conter deslizamentos de terra e melhorar a qualidade do solo com lignina, um subproduto da indústria de papel geralmente descartado.
A lignina é um material que ajuda na união das fibras de celulose de uma planta e é eliminada na produção de papel. A principal produtora de papel no Brasil produz cerca de 1 milhão de toneladas por ano.
Segundo os pesquisadores, o produto desenvolvido tem sustentabilidade ambiental por ser feito a partir de um material que é biocompatível, ou seja, que é totalmente absorvido na natureza sem deixar resíduos.
Para entender como foi descoberto e funciona o composto, o g1 conversou com os pesquisadores do CCS Nano, o físico Stanislav Mochkalev, coordenador das pesquisas e a química Silvia Vaz Guerra Nista. Confira os detalhes abaixo.
Contenção de deslizamento
Mochkalev trabalha no processamento de nanomateriais há dez anos e utiliza micro-ondas na fabricação de sensores, baterias de lítio e supercapacitores. Recentemente, passou a testar a lignina para responder a uma demanda da indústria de papel que quer dar um destino ao resíduo.
“Um rejeito da indústria, de fato, um lixo que não custa praticamente nada [...] a maior parte de uso acontece em caldeiras com o pó de lignina quando ela seca, aí ela consegue produzir calor em caldeiras. Mas esse uso é muito poluente”, diz.
Durante os testes, que envolvem outros aditivos além da lignina e o aquecimento do composto com micro-ondas, ele conta que se formaram estruturas em três dimensões no formato de cápsulas de 1 a 2 cm³ que não estavam previstas.
"A gente conseguiu fazer cápsulas. Essa descoberta foi, de fato fenomenal", conta. Pois foi a partir deste formato, que revelou ter boa estrutura mecânica e alta porosidade, que o grupo conseguiu ampliar as aplicações do produto. Essas cápsulas são capazes de absorver até cinco vezes o seu peso em água, então surgiu a ideia dos "poços de absorção" para áreas de encosta.
Ele explica que a ideia é colocar as cápsulas em pequenos poços cilíndricos em uma profundidade de 3 a 5 m no topo de uma área de encosta. No momento que cair a chuva, essa água é absorvida de forma muito rápida, evitando o acúmulo na superfície, e que depois libera gradualmente.
"A gente tem experimentos no laboratório que mostram que as cápsulas seguram semanas a água, diminuindo o risco de deslizamentos", explica.
A pesquisadora Nista inclusive falou de uma possibilidade que ainda não foi testada, mas o produto tem potencial para ser utilizado em áreas de risco de enchente absorvendo o excesso de água como uma "esponja".
Solo biocompatível
Outra aplicação para o composto que a equipe observou é a capacidade de emular as propriedades da ‘terra preta’ que é um solo fértil e rico em matéria orgânica encontrado na Amazônia. Dentre os elementos mais comuns, há o grafite e óxido de grafite oriundo das fogueiras e outras coisas da floresta.
"A terra preta é muito produtiva, quatro a cinco vezes mais produtiva se comparada com a terra comum que é usada na agricultura", explica o físico.
Segundo os pesquisadores, o objetivo inicial era fazer um pó de lignina, mas ao passar pelo processo de micro-ondas e com a criação das estruturas em forma de cápsulas, perceberam a propriedade de imitar as características físicas de porosidade e absorção de água do solo amazônico.
Assim, explica que o produto de lignina tem a capacidade de aumentar a produtividade agrícola e reduzir a dependência de fertilizantes químicos. Com o tempo, o solo com o composto deve favorecer a formação de um bioma como um fertilizante natural.
Além disso, os pesquisadores também ressaltam que é um produto que será absorvido totalmente na natureza sem deixar resíduos.
(“Pesquisa da Unicamp testa o uso de ‘lixo’ da indústria de papel para evitar deslizamentos de terra e melhorar solo para agricultura”. Marcelo Gaudio, 16/03/2025. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/03/16/pesquisa-da-unicamp-testa-uso-de-lixo da-industria-de-papel-para-evitar-deslizamentos-de-terra-e-melhorar-solo-para-agricultura.ghtml. Adaptado)
Pesquisadores do Centro de Componentes Semicondutores e Nanotecnologia (CCS Nano) da Unicamp, em Campinas (SP), criaram uma forma de conter deslizamentos de terra e melhorar a qualidade do solo com lignina, um subproduto da indústria de papel geralmente descartado.
A lignina é um material que ajuda na união das fibras de celulose de uma planta e é eliminada na produção de papel. A principal produtora de papel no Brasil produz cerca de 1 milhão de toneladas por ano.
Segundo os pesquisadores, o produto desenvolvido tem sustentabilidade ambiental por ser feito a partir de um material que é biocompatível, ou seja, que é totalmente absorvido na natureza sem deixar resíduos.
Para entender como foi descoberto e funciona o composto, o g1 conversou com os pesquisadores do CCS Nano, o físico Stanislav Mochkalev, coordenador das pesquisas e a química Silvia Vaz Guerra Nista. Confira os detalhes abaixo.
Contenção de deslizamento
Mochkalev trabalha no processamento de nanomateriais há dez anos e utiliza micro-ondas na fabricação de sensores, baterias de lítio e supercapacitores. Recentemente, passou a testar a lignina para responder a uma demanda da indústria de papel que quer dar um destino ao resíduo.
“Um rejeito da indústria, de fato, um lixo que não custa praticamente nada [...] a maior parte de uso acontece em caldeiras com o pó de lignina quando ela seca, aí ela consegue produzir calor em caldeiras. Mas esse uso é muito poluente”, diz.
Durante os testes, que envolvem outros aditivos além da lignina e o aquecimento do composto com micro-ondas, ele conta que se formaram estruturas em três dimensões no formato de cápsulas de 1 a 2 cm³ que não estavam previstas.
"A gente conseguiu fazer cápsulas. Essa descoberta foi, de fato fenomenal", conta. Pois foi a partir deste formato, que revelou ter boa estrutura mecânica e alta porosidade, que o grupo conseguiu ampliar as aplicações do produto. Essas cápsulas são capazes de absorver até cinco vezes o seu peso em água, então surgiu a ideia dos "poços de absorção" para áreas de encosta.
Ele explica que a ideia é colocar as cápsulas em pequenos poços cilíndricos em uma profundidade de 3 a 5 m no topo de uma área de encosta. No momento que cair a chuva, essa água é absorvida de forma muito rápida, evitando o acúmulo na superfície, e que depois libera gradualmente.
"A gente tem experimentos no laboratório que mostram que as cápsulas seguram semanas a água, diminuindo o risco de deslizamentos", explica.
A pesquisadora Nista inclusive falou de uma possibilidade que ainda não foi testada, mas o produto tem potencial para ser utilizado em áreas de risco de enchente absorvendo o excesso de água como uma "esponja".
Solo biocompatível
Outra aplicação para o composto que a equipe observou é a capacidade de emular as propriedades da ‘terra preta’ que é um solo fértil e rico em matéria orgânica encontrado na Amazônia. Dentre os elementos mais comuns, há o grafite e óxido de grafite oriundo das fogueiras e outras coisas da floresta.
"A terra preta é muito produtiva, quatro a cinco vezes mais produtiva se comparada com a terra comum que é usada na agricultura", explica o físico.
Segundo os pesquisadores, o objetivo inicial era fazer um pó de lignina, mas ao passar pelo processo de micro-ondas e com a criação das estruturas em forma de cápsulas, perceberam a propriedade de imitar as características físicas de porosidade e absorção de água do solo amazônico.
Assim, explica que o produto de lignina tem a capacidade de aumentar a produtividade agrícola e reduzir a dependência de fertilizantes químicos. Com o tempo, o solo com o composto deve favorecer a formação de um bioma como um fertilizante natural.
Além disso, os pesquisadores também ressaltam que é um produto que será absorvido totalmente na natureza sem deixar resíduos.
(“Pesquisa da Unicamp testa o uso de ‘lixo’ da indústria de papel para evitar deslizamentos de terra e melhorar solo para agricultura”. Marcelo Gaudio, 16/03/2025. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/03/16/pesquisa-da-unicamp-testa-uso-de-lixo da-industria-de-papel-para-evitar-deslizamentos-de-terra-e-melhorar-solo-para-agricultura.ghtml. Adaptado)
Pesquisadores do Centro de Componentes Semicondutores e Nanotecnologia (CCS Nano) da Unicamp, em Campinas (SP), criaram uma forma de conter deslizamentos de terra e melhorar a qualidade do solo com lignina, um subproduto da indústria de papel geralmente descartado.
A lignina é um material que ajuda na união das fibras de celulose de uma planta e é eliminada na produção de papel. A principal produtora de papel no Brasil produz cerca de 1 milhão de toneladas por ano.
Segundo os pesquisadores, o produto desenvolvido tem sustentabilidade ambiental por ser feito a partir de um material que é biocompatível, ou seja, que é totalmente absorvido na natureza sem deixar resíduos.
Para entender como foi descoberto e funciona o composto, o g1 conversou com os pesquisadores do CCS Nano, o físico Stanislav Mochkalev, coordenador das pesquisas e a química Silvia Vaz Guerra Nista. Confira os detalhes abaixo.
Contenção de deslizamento
Mochkalev trabalha no processamento de nanomateriais há dez anos e utiliza micro-ondas na fabricação de sensores, baterias de lítio e supercapacitores. Recentemente, passou a testar a lignina para responder a uma demanda da indústria de papel que quer dar um destino ao resíduo.
“Um rejeito da indústria, de fato, um lixo que não custa praticamente nada [...] a maior parte de uso acontece em caldeiras com o pó de lignina quando ela seca, aí ela consegue produzir calor em caldeiras. Mas esse uso é muito poluente”, diz.
Durante os testes, que envolvem outros aditivos além da lignina e o aquecimento do composto com micro-ondas, ele conta que se formaram estruturas em três dimensões no formato de cápsulas de 1 a 2 cm³ que não estavam previstas.
"A gente conseguiu fazer cápsulas. Essa descoberta foi, de fato fenomenal", conta. Pois foi a partir deste formato, que revelou ter boa estrutura mecânica e alta porosidade, que o grupo conseguiu ampliar as aplicações do produto. Essas cápsulas são capazes de absorver até cinco vezes o seu peso em água, então surgiu a ideia dos "poços de absorção" para áreas de encosta.
Ele explica que a ideia é colocar as cápsulas em pequenos poços cilíndricos em uma profundidade de 3 a 5 m no topo de uma área de encosta. No momento que cair a chuva, essa água é absorvida de forma muito rápida, evitando o acúmulo na superfície, e que depois libera gradualmente.
"A gente tem experimentos no laboratório que mostram que as cápsulas seguram semanas a água, diminuindo o risco de deslizamentos", explica.
A pesquisadora Nista inclusive falou de uma possibilidade que ainda não foi testada, mas o produto tem potencial para ser utilizado em áreas de risco de enchente absorvendo o excesso de água como uma "esponja".
Solo biocompatível
Outra aplicação para o composto que a equipe observou é a capacidade de emular as propriedades da ‘terra preta’ que é um solo fértil e rico em matéria orgânica encontrado na Amazônia. Dentre os elementos mais comuns, há o grafite e óxido de grafite oriundo das fogueiras e outras coisas da floresta.
"A terra preta é muito produtiva, quatro a cinco vezes mais produtiva se comparada com a terra comum que é usada na agricultura", explica o físico.
Segundo os pesquisadores, o objetivo inicial era fazer um pó de lignina, mas ao passar pelo processo de micro-ondas e com a criação das estruturas em forma de cápsulas, perceberam a propriedade de imitar as características físicas de porosidade e absorção de água do solo amazônico.
Assim, explica que o produto de lignina tem a capacidade de aumentar a produtividade agrícola e reduzir a dependência de fertilizantes químicos. Com o tempo, o solo com o composto deve favorecer a formação de um bioma como um fertilizante natural.
Além disso, os pesquisadores também ressaltam que é um produto que será absorvido totalmente na natureza sem deixar resíduos.
(“Pesquisa da Unicamp testa o uso de ‘lixo’ da indústria de papel para evitar deslizamentos de terra e melhorar solo para agricultura”. Marcelo Gaudio, 16/03/2025. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/03/16/pesquisa-da-unicamp-testa-uso-de-lixo da-industria-de-papel-para-evitar-deslizamentos-de-terra-e-melhorar-solo-para-agricultura.ghtml. Adaptado)
Assim como no Brasil, água potável fluoretada é algo perfeitamente normal nos Estados Unidos. E não apenas isso: como o número de casos de cáries dentárias caiu rapidamente com o início da fluoretação da água em 1945, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) chamam a medida de "uma das dez maiores intervenções de saúde pública do século 20".
Fluoretos são sais do ácido fluorídrico. Eles atendem à chamada remineralização do esmalte dentário, o que, por sua vez, reduz o risco de cáries.
A despeito disso, Utah se tornou recentemente o primeiro estado americano a banir o uso de flúor na água. A notícia deve ter agradado o atual Secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy.
Antes da posse do presidente Donald Trump, Kennedy já havia manifestado em uma publicação no X seu desejo de parar de fluoretar a água potável. Entre os argumentos para a interrupção estariam o efeito neurotóxico do flúor e o impacto no Ql, sobretudo entre as crianças cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento.
O debate sobre se o flúor pode ou não reduzir a inteligência das crianças é, de fato, um assunto recorrente na pesquisa científica. Alguns estudos encontraram uma correlação entre a concentração de flúor na urina de gestantes e as habilidades cognitivas de seus filhos. Em concentrações excessivas, o flúor pode interromper o metabolismo do cálcio nas células do corpo a tal ponto que as células cerebrais são danificadas.
Uma meta-análise publicada em janeiro deste ano reacendeu o debate sobre a ligação entre ingestão de flúor e inteligência.
Para Jan Hengstler, doutor em farmacologia e toxicologia na TU Dortmund com especialização no assunto, a questão de saber se o flúor pode ou não danificar o cérebro em desenvolvimento de uma criança é certamente justificada. "É um tema complexo que não deve ser menosprezado", avalia.
Uma avaliação de 2020 da qual Hengstler participou concluiu que o flúor não é neurotóxico para o desenvolvimento humano nos níveis de exposição atuais observados na Europa. Ou seja: é uma questão de dose.
Quando o flúor se torna prejudicial?
“A água potável nunca deve conter mais de 1,5 mg de flúor por litro", diz Hengstler. De acordo com o CDC, um litro de água potável nos EUA contém 0,7 mg por litro (a mesma quantidade que no Brasil). Isso corresponde à dose diária recomendada pelo Instituto Americano de Saúde (NIH) para uma criança de um a três anos.
Homens adultos não devem consumir mais de 4 mg de flúor por dia. Para mulheres adultas, 3 mg são suficientes. A Sociedade Alemã de Nutrição (DGE) e o toxicologista Hengstler preferem adotar o cálculo de 0,05 mg por quilo de peso corporal por dia.
"Mais de 4 mg por litro de água potável pode levar à fluorose dentária", diz Hengstler. A fluorose dentária é caracterizada por manchas marrons nos dentes e é um sinal claro de ingestão excessiva de flúor. "A partir de 10 mg de flúor por litro de água potável, pode ocorrer fluorose esquelética", afirma o toxicologista. Isso faz com que os ossos se tornem quebradiços e ocorram alterações dolorosas nas articulações.
O problema com o flúor é que, em muitos países, não só a água potável é fluoretada, mas também a pasta de dente e o sal. Além disso, certos alimentos contêm flúor naturalmente, como peixes e chá preto. O flúor também ocorre naturalmente na água usada para tratamento de água potável — em concentrações maiores ou menores, dependendo da região. (...)
Assistência médica precária distorce os estudos
Tal vigilância por parte das autoridades, porém, não funciona em todas as regiões do mundo. "Em certas regiões predominantemente rurais, por exemplo na Mongólia ou no interior da China, há áreas onde a exposição ao flúor é muito alta ou muito baixa e os cuidados gerais com a saúde precisam melhorar."
Além disso, a assistência médica precária frequentemente anda de mãos dadas com um menor acesso à educação e baixa prosperidade econômica.
Isso resulta em outro problema: os estudos sobre flúor são frequentemente falsificados por muitos fatores, os chamados "fatores de confusão" ou "confundidores". Esse é particularmente o caso quando se trata de estudos transversais em que a amostra da população é analisada apenas uma vez.
Portanto, é difícil dizer se a inteligência mais baixa está de fato relacionada ao consumo de flúor ou se tem uma ou mais causas diferentes.
"Mas há também estudos de longo prazo e estudos que eliminam os fatores de confusão", ressalta Hengstler. Nesses estudos, também chamados de estudos longitudinais, os participantes são examinados repetidamente por um longo período de tempo.
Na Europa e no Canadá, a conclusão é clara: aqueles que não excedem a quantidade diária recomendada de flúor não precisam temer por sua inteligência.
Assim como no Brasil, água potável fluoretada é algo perfeitamente normal nos Estados Unidos. E não apenas isso: como o número de casos de cáries dentárias caiu rapidamente com o início da fluoretação da água em 1945, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) chamam a medida de "uma das dez maiores intervenções de saúde pública do século 20".
Fluoretos são sais do ácido fluorídrico. Eles atendem à chamada remineralização do esmalte dentário, o que, por sua vez, reduz o risco de cáries.
A despeito disso, Utah se tornou recentemente o primeiro estado americano a banir o uso de flúor na água. A notícia deve ter agradado o atual Secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy.
Antes da posse do presidente Donald Trump, Kennedy já havia manifestado em uma publicação no X seu desejo de parar de fluoretar a água potável. Entre os argumentos para a interrupção estariam o efeito neurotóxico do flúor e o impacto no Ql, sobretudo entre as crianças cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento.
O debate sobre se o flúor pode ou não reduzir a inteligência das crianças é, de fato, um assunto recorrente na pesquisa científica. Alguns estudos encontraram uma correlação entre a concentração de flúor na urina de gestantes e as habilidades cognitivas de seus filhos. Em concentrações excessivas, o flúor pode interromper o metabolismo do cálcio nas células do corpo a tal ponto que as células cerebrais são danificadas.
Uma meta-análise publicada em janeiro deste ano reacendeu o debate sobre a ligação entre ingestão de flúor e inteligência.
Para Jan Hengstler, doutor em farmacologia e toxicologia na TU Dortmund com especialização no assunto, a questão de saber se o flúor pode ou não danificar o cérebro em desenvolvimento de uma criança é certamente justificada. "É um tema complexo que não deve ser menosprezado", avalia.
Uma avaliação de 2020 da qual Hengstler participou concluiu que o flúor não é neurotóxico para o desenvolvimento humano nos níveis de exposição atuais observados na Europa. Ou seja: é uma questão de dose.
Quando o flúor se torna prejudicial?
“A água potável nunca deve conter mais de 1,5 mg de flúor por litro", diz Hengstler. De acordo com o CDC, um litro de água potável nos EUA contém 0,7 mg por litro (a mesma quantidade que no Brasil). Isso corresponde à dose diária recomendada pelo Instituto Americano de Saúde (NIH) para uma criança de um a três anos.
Homens adultos não devem consumir mais de 4 mg de flúor por dia. Para mulheres adultas, 3 mg são suficientes. A Sociedade Alemã de Nutrição (DGE) e o toxicologista Hengstler preferem adotar o cálculo de 0,05 mg por quilo de peso corporal por dia.
"Mais de 4 mg por litro de água potável pode levar à fluorose dentária", diz Hengstler. A fluorose dentária é caracterizada por manchas marrons nos dentes e é um sinal claro de ingestão excessiva de flúor. "A partir de 10 mg de flúor por litro de água potável, pode ocorrer fluorose esquelética", afirma o toxicologista. Isso faz com que os ossos se tornem quebradiços e ocorram alterações dolorosas nas articulações.
O problema com o flúor é que, em muitos países, não só a água potável é fluoretada, mas também a pasta de dente e o sal. Além disso, certos alimentos contêm flúor naturalmente, como peixes e chá preto. O flúor também ocorre naturalmente na água usada para tratamento de água potável — em concentrações maiores ou menores, dependendo da região. (...)
Assistência médica precária distorce os estudos
Tal vigilância por parte das autoridades, porém, não funciona em todas as regiões do mundo. "Em certas regiões predominantemente rurais, por exemplo na Mongólia ou no interior da China, há áreas onde a exposição ao flúor é muito alta ou muito baixa e os cuidados gerais com a saúde precisam melhorar."
Além disso, a assistência médica precária frequentemente anda de mãos dadas com um menor acesso à educação e baixa prosperidade econômica.
Isso resulta em outro problema: os estudos sobre flúor são frequentemente falsificados por muitos fatores, os chamados "fatores de confusão" ou "confundidores". Esse é particularmente o caso quando se trata de estudos transversais em que a amostra da população é analisada apenas uma vez.
Portanto, é difícil dizer se a inteligência mais baixa está de fato relacionada ao consumo de flúor ou se tem uma ou mais causas diferentes.
"Mas há também estudos de longo prazo e estudos que eliminam os fatores de confusão", ressalta Hengstler. Nesses estudos, também chamados de estudos longitudinais, os participantes são examinados repetidamente por um longo período de tempo.
Na Europa e no Canadá, a conclusão é clara: aqueles que não excedem a quantidade diária recomendada de flúor não precisam temer por sua inteligência.
Assim como no Brasil, água potável fluoretada é algo perfeitamente normal nos Estados Unidos. E não apenas isso: como o número de casos de cáries dentárias caiu rapidamente com o início da fluoretação da água em 1945, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) chamam a medida de "uma das dez maiores intervenções de saúde pública do século 20".
Fluoretos são sais do ácido fluorídrico. Eles atendem à chamada remineralização do esmalte dentário, o que, por sua vez, reduz o risco de cáries.
A despeito disso, Utah se tornou recentemente o primeiro estado americano a banir o uso de flúor na água. A notícia deve ter agradado o atual Secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy.
Antes da posse do presidente Donald Trump, Kennedy já havia manifestado em uma publicação no X seu desejo de parar de fluoretar a água potável. Entre os argumentos para a interrupção estariam o efeito neurotóxico do flúor e o impacto no Ql, sobretudo entre as crianças cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento.
O debate sobre se o flúor pode ou não reduzir a inteligência das crianças é, de fato, um assunto recorrente na pesquisa científica. Alguns estudos encontraram uma correlação entre a concentração de flúor na urina de gestantes e as habilidades cognitivas de seus filhos. Em concentrações excessivas, o flúor pode interromper o metabolismo do cálcio nas células do corpo a tal ponto que as células cerebrais são danificadas.
Uma meta-análise publicada em janeiro deste ano reacendeu o debate sobre a ligação entre ingestão de flúor e inteligência.
Para Jan Hengstler, doutor em farmacologia e toxicologia na TU Dortmund com especialização no assunto, a questão de saber se o flúor pode ou não danificar o cérebro em desenvolvimento de uma criança é certamente justificada. "É um tema complexo que não deve ser menosprezado", avalia.
Uma avaliação de 2020 da qual Hengstler participou concluiu que o flúor não é neurotóxico para o desenvolvimento humano nos níveis de exposição atuais observados na Europa. Ou seja: é uma questão de dose.
Quando o flúor se torna prejudicial?
“A água potável nunca deve conter mais de 1,5 mg de flúor por litro", diz Hengstler. De acordo com o CDC, um litro de água potável nos EUA contém 0,7 mg por litro (a mesma quantidade que no Brasil). Isso corresponde à dose diária recomendada pelo Instituto Americano de Saúde (NIH) para uma criança de um a três anos.
Homens adultos não devem consumir mais de 4 mg de flúor por dia. Para mulheres adultas, 3 mg são suficientes. A Sociedade Alemã de Nutrição (DGE) e o toxicologista Hengstler preferem adotar o cálculo de 0,05 mg por quilo de peso corporal por dia.
"Mais de 4 mg por litro de água potável pode levar à fluorose dentária", diz Hengstler. A fluorose dentária é caracterizada por manchas marrons nos dentes e é um sinal claro de ingestão excessiva de flúor. "A partir de 10 mg de flúor por litro de água potável, pode ocorrer fluorose esquelética", afirma o toxicologista. Isso faz com que os ossos se tornem quebradiços e ocorram alterações dolorosas nas articulações.
O problema com o flúor é que, em muitos países, não só a água potável é fluoretada, mas também a pasta de dente e o sal. Além disso, certos alimentos contêm flúor naturalmente, como peixes e chá preto. O flúor também ocorre naturalmente na água usada para tratamento de água potável — em concentrações maiores ou menores, dependendo da região. (...)
Assistência médica precária distorce os estudos
Tal vigilância por parte das autoridades, porém, não funciona em todas as regiões do mundo. "Em certas regiões predominantemente rurais, por exemplo na Mongólia ou no interior da China, há áreas onde a exposição ao flúor é muito alta ou muito baixa e os cuidados gerais com a saúde precisam melhorar."
Além disso, a assistência médica precária frequentemente anda de mãos dadas com um menor acesso à educação e baixa prosperidade econômica.
Isso resulta em outro problema: os estudos sobre flúor são frequentemente falsificados por muitos fatores, os chamados "fatores de confusão" ou "confundidores". Esse é particularmente o caso quando se trata de estudos transversais em que a amostra da população é analisada apenas uma vez.
Portanto, é difícil dizer se a inteligência mais baixa está de fato relacionada ao consumo de flúor ou se tem uma ou mais causas diferentes.
"Mas há também estudos de longo prazo e estudos que eliminam os fatores de confusão", ressalta Hengstler. Nesses estudos, também chamados de estudos longitudinais, os participantes são examinados repetidamente por um longo período de tempo.
Na Europa e no Canadá, a conclusão é clara: aqueles que não excedem a quantidade diária recomendada de flúor não precisam temer por sua inteligência.
Assim como no Brasil, água potável fluoretada é algo perfeitamente normal nos Estados Unidos. E não apenas isso: como o número de casos de cáries dentárias caiu rapidamente com o início da fluoretação da água em 1945, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) chamam a medida de "uma das dez maiores intervenções de saúde pública do século 20".
Fluoretos são sais do ácido fluorídrico. Eles atendem à chamada remineralização do esmalte dentário, o que, por sua vez, reduz o risco de cáries.
A despeito disso, Utah se tornou recentemente o primeiro estado americano a banir o uso de flúor na água. A notícia deve ter agradado o atual Secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy.
Antes da posse do presidente Donald Trump, Kennedy já havia manifestado em uma publicação no X seu desejo de parar de fluoretar a água potável. Entre os argumentos para a interrupção estariam o efeito neurotóxico do flúor e o impacto no Ql, sobretudo entre as crianças cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento.
O debate sobre se o flúor pode ou não reduzir a inteligência das crianças é, de fato, um assunto recorrente na pesquisa científica. Alguns estudos encontraram uma correlação entre a concentração de flúor na urina de gestantes e as habilidades cognitivas de seus filhos. Em concentrações excessivas, o flúor pode interromper o metabolismo do cálcio nas células do corpo a tal ponto que as células cerebrais são danificadas.
Uma meta-análise publicada em janeiro deste ano reacendeu o debate sobre a ligação entre ingestão de flúor e inteligência.
Para Jan Hengstler, doutor em farmacologia e toxicologia na TU Dortmund com especialização no assunto, a questão de saber se o flúor pode ou não danificar o cérebro em desenvolvimento de uma criança é certamente justificada. "É um tema complexo que não deve ser menosprezado", avalia.
Uma avaliação de 2020 da qual Hengstler participou concluiu que o flúor não é neurotóxico para o desenvolvimento humano nos níveis de exposição atuais observados na Europa. Ou seja: é uma questão de dose.
Quando o flúor se torna prejudicial?
“A água potável nunca deve conter mais de 1,5 mg de flúor por litro", diz Hengstler. De acordo com o CDC, um litro de água potável nos EUA contém 0,7 mg por litro (a mesma quantidade que no Brasil). Isso corresponde à dose diária recomendada pelo Instituto Americano de Saúde (NIH) para uma criança de um a três anos.
Homens adultos não devem consumir mais de 4 mg de flúor por dia. Para mulheres adultas, 3 mg são suficientes. A Sociedade Alemã de Nutrição (DGE) e o toxicologista Hengstler preferem adotar o cálculo de 0,05 mg por quilo de peso corporal por dia.
"Mais de 4 mg por litro de água potável pode levar à fluorose dentária", diz Hengstler. A fluorose dentária é caracterizada por manchas marrons nos dentes e é um sinal claro de ingestão excessiva de flúor. "A partir de 10 mg de flúor por litro de água potável, pode ocorrer fluorose esquelética", afirma o toxicologista. Isso faz com que os ossos se tornem quebradiços e ocorram alterações dolorosas nas articulações.
O problema com o flúor é que, em muitos países, não só a água potável é fluoretada, mas também a pasta de dente e o sal. Além disso, certos alimentos contêm flúor naturalmente, como peixes e chá preto. O flúor também ocorre naturalmente na água usada para tratamento de água potável — em concentrações maiores ou menores, dependendo da região. (...)
Assistência médica precária distorce os estudos
Tal vigilância por parte das autoridades, porém, não funciona em todas as regiões do mundo. "Em certas regiões predominantemente rurais, por exemplo na Mongólia ou no interior da China, há áreas onde a exposição ao flúor é muito alta ou muito baixa e os cuidados gerais com a saúde precisam melhorar."
Além disso, a assistência médica precária frequentemente anda de mãos dadas com um menor acesso à educação e baixa prosperidade econômica.
Isso resulta em outro problema: os estudos sobre flúor são frequentemente falsificados por muitos fatores, os chamados "fatores de confusão" ou "confundidores". Esse é particularmente o caso quando se trata de estudos transversais em que a amostra da população é analisada apenas uma vez.
Portanto, é difícil dizer se a inteligência mais baixa está de fato relacionada ao consumo de flúor ou se tem uma ou mais causas diferentes.
"Mas há também estudos de longo prazo e estudos que eliminam os fatores de confusão", ressalta Hengstler. Nesses estudos, também chamados de estudos longitudinais, os participantes são examinados repetidamente por um longo período de tempo.
Na Europa e no Canadá, a conclusão é clara: aqueles que não excedem a quantidade diária recomendada de flúor não precisam temer por sua inteligência.
Assim como no Brasil, água potável fluoretada é algo perfeitamente normal nos Estados Unidos. E não apenas isso: como o número de casos de cáries dentárias caiu rapidamente com o início da fluoretação da água em 1945, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) chamam a medida de "uma das dez maiores intervenções de saúde pública do século 20".
Fluoretos são sais do ácido fluorídrico. Eles atendem à chamada remineralização do esmalte dentário, o que, por sua vez, reduz o risco de cáries.
A despeito disso, Utah se tornou recentemente o primeiro estado americano a banir o uso de flúor na água. A notícia deve ter agradado o atual Secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy.
Antes da posse do presidente Donald Trump, Kennedy já havia manifestado em uma publicação no X seu desejo de parar de fluoretar a água potável. Entre os argumentos para a interrupção estariam o efeito neurotóxico do flúor e o impacto no Ql, sobretudo entre as crianças cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento.
O debate sobre se o flúor pode ou não reduzir a inteligência das crianças é, de fato, um assunto recorrente na pesquisa científica. Alguns estudos encontraram uma correlação entre a concentração de flúor na urina de gestantes e as habilidades cognitivas de seus filhos. Em concentrações excessivas, o flúor pode interromper o metabolismo do cálcio nas células do corpo a tal ponto que as células cerebrais são danificadas.
Uma meta-análise publicada em janeiro deste ano reacendeu o debate sobre a ligação entre ingestão de flúor e inteligência.
Para Jan Hengstler, doutor em farmacologia e toxicologia na TU Dortmund com especialização no assunto, a questão de saber se o flúor pode ou não danificar o cérebro em desenvolvimento de uma criança é certamente justificada. "É um tema complexo que não deve ser menosprezado", avalia.
Uma avaliação de 2020 da qual Hengstler participou concluiu que o flúor não é neurotóxico para o desenvolvimento humano nos níveis de exposição atuais observados na Europa. Ou seja: é uma questão de dose.
Quando o flúor se torna prejudicial?
“A água potável nunca deve conter mais de 1,5 mg de flúor por litro", diz Hengstler. De acordo com o CDC, um litro de água potável nos EUA contém 0,7 mg por litro (a mesma quantidade que no Brasil). Isso corresponde à dose diária recomendada pelo Instituto Americano de Saúde (NIH) para uma criança de um a três anos.
Homens adultos não devem consumir mais de 4 mg de flúor por dia. Para mulheres adultas, 3 mg são suficientes. A Sociedade Alemã de Nutrição (DGE) e o toxicologista Hengstler preferem adotar o cálculo de 0,05 mg por quilo de peso corporal por dia.
"Mais de 4 mg por litro de água potável pode levar à fluorose dentária", diz Hengstler. A fluorose dentária é caracterizada por manchas marrons nos dentes e é um sinal claro de ingestão excessiva de flúor. "A partir de 10 mg de flúor por litro de água potável, pode ocorrer fluorose esquelética", afirma o toxicologista. Isso faz com que os ossos se tornem quebradiços e ocorram alterações dolorosas nas articulações.
O problema com o flúor é que, em muitos países, não só a água potável é fluoretada, mas também a pasta de dente e o sal. Além disso, certos alimentos contêm flúor naturalmente, como peixes e chá preto. O flúor também ocorre naturalmente na água usada para tratamento de água potável — em concentrações maiores ou menores, dependendo da região. (...)
Assistência médica precária distorce os estudos
Tal vigilância por parte das autoridades, porém, não funciona em todas as regiões do mundo. "Em certas regiões predominantemente rurais, por exemplo na Mongólia ou no interior da China, há áreas onde a exposição ao flúor é muito alta ou muito baixa e os cuidados gerais com a saúde precisam melhorar."
Além disso, a assistência médica precária frequentemente anda de mãos dadas com um menor acesso à educação e baixa prosperidade econômica.
Isso resulta em outro problema: os estudos sobre flúor são frequentemente falsificados por muitos fatores, os chamados "fatores de confusão" ou "confundidores". Esse é particularmente o caso quando se trata de estudos transversais em que a amostra da população é analisada apenas uma vez.
Portanto, é difícil dizer se a inteligência mais baixa está de fato relacionada ao consumo de flúor ou se tem uma ou mais causas diferentes.
"Mas há também estudos de longo prazo e estudos que eliminam os fatores de confusão", ressalta Hengstler. Nesses estudos, também chamados de estudos longitudinais, os participantes são examinados repetidamente por um longo período de tempo.
Na Europa e no Canadá, a conclusão é clara: aqueles que não excedem a quantidade diária recomendada de flúor não precisam temer por sua inteligência.
Assim como no Brasil, água potável fluoretada é algo perfeitamente normal nos Estados Unidos. E não apenas isso: como o número de casos de cáries dentárias caiu rapidamente com o início da fluoretação da água em 1945, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) chamam a medida de "uma das dez maiores intervenções de saúde pública do século 20".
Fluoretos são sais do ácido fluorídrico. Eles atendem à chamada remineralização do esmalte dentário, o que, por sua vez, reduz o risco de cáries.
A despeito disso, Utah se tornou recentemente o primeiro estado americano a banir o uso de flúor na água. A notícia deve ter agradado o atual Secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy.
Antes da posse do presidente Donald Trump, Kennedy já havia manifestado em uma publicação no X seu desejo de parar de fluoretar a água potável. Entre os argumentos para a interrupção estariam o efeito neurotóxico do flúor e o impacto no Ql, sobretudo entre as crianças cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento.
O debate sobre se o flúor pode ou não reduzir a inteligência das crianças é, de fato, um assunto recorrente na pesquisa científica. Alguns estudos encontraram uma correlação entre a concentração de flúor na urina de gestantes e as habilidades cognitivas de seus filhos. Em concentrações excessivas, o flúor pode interromper o metabolismo do cálcio nas células do corpo a tal ponto que as células cerebrais são danificadas.
Uma meta-análise publicada em janeiro deste ano reacendeu o debate sobre a ligação entre ingestão de flúor e inteligência.
Para Jan Hengstler, doutor em farmacologia e toxicologia na TU Dortmund com especialização no assunto, a questão de saber se o flúor pode ou não danificar o cérebro em desenvolvimento de uma criança é certamente justificada. "É um tema complexo que não deve ser menosprezado", avalia.
Uma avaliação de 2020 da qual Hengstler participou concluiu que o flúor não é neurotóxico para o desenvolvimento humano nos níveis de exposição atuais observados na Europa. Ou seja: é uma questão de dose.
Quando o flúor se torna prejudicial?
“A água potável nunca deve conter mais de 1,5 mg de flúor por litro", diz Hengstler. De acordo com o CDC, um litro de água potável nos EUA contém 0,7 mg por litro (a mesma quantidade que no Brasil). Isso corresponde à dose diária recomendada pelo Instituto Americano de Saúde (NIH) para uma criança de um a três anos.
Homens adultos não devem consumir mais de 4 mg de flúor por dia. Para mulheres adultas, 3 mg são suficientes. A Sociedade Alemã de Nutrição (DGE) e o toxicologista Hengstler preferem adotar o cálculo de 0,05 mg por quilo de peso corporal por dia.
"Mais de 4 mg por litro de água potável pode levar à fluorose dentária", diz Hengstler. A fluorose dentária é caracterizada por manchas marrons nos dentes e é um sinal claro de ingestão excessiva de flúor. "A partir de 10 mg de flúor por litro de água potável, pode ocorrer fluorose esquelética", afirma o toxicologista. Isso faz com que os ossos se tornem quebradiços e ocorram alterações dolorosas nas articulações.
O problema com o flúor é que, em muitos países, não só a água potável é fluoretada, mas também a pasta de dente e o sal. Além disso, certos alimentos contêm flúor naturalmente, como peixes e chá preto. O flúor também ocorre naturalmente na água usada para tratamento de água potável — em concentrações maiores ou menores, dependendo da região. (...)
Assistência médica precária distorce os estudos
Tal vigilância por parte das autoridades, porém, não funciona em todas as regiões do mundo. "Em certas regiões predominantemente rurais, por exemplo na Mongólia ou no interior da China, há áreas onde a exposição ao flúor é muito alta ou muito baixa e os cuidados gerais com a saúde precisam melhorar."
Além disso, a assistência médica precária frequentemente anda de mãos dadas com um menor acesso à educação e baixa prosperidade econômica.
Isso resulta em outro problema: os estudos sobre flúor são frequentemente falsificados por muitos fatores, os chamados "fatores de confusão" ou "confundidores". Esse é particularmente o caso quando se trata de estudos transversais em que a amostra da população é analisada apenas uma vez.
Portanto, é difícil dizer se a inteligência mais baixa está de fato relacionada ao consumo de flúor ou se tem uma ou mais causas diferentes.
"Mas há também estudos de longo prazo e estudos que eliminam os fatores de confusão", ressalta Hengstler. Nesses estudos, também chamados de estudos longitudinais, os participantes são examinados repetidamente por um longo período de tempo.
Na Europa e no Canadá, a conclusão é clara: aqueles que não excedem a quantidade diária recomendada de flúor não precisam temer por sua inteligência.

Disponível em: <http://www.arionaurocartuns.com.br/2019/08/ charge-desmatamento-plante-arvore.html>.Acesso em: 28 fev. 2025.
No contexto das discussões sobre meio ambiente, desmatamento e ação antrópica, analise as alternativas a seguir identificando a correta em relação a mensagem contida na charge:
TEXTO:
Brasil perdeu 7 milhões de leitores em 4 anos: como mudar esse jogo?
Disponível em: <https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/tonymarlon/2025/03/12/brasil-perdeu-7-milhoes-de-leitores-em-4-anoscomo-mudar-esse-jogo>. Acesso em: 7 mar. 2025. Adaptado.
TEXTO:
Brasil perdeu 7 milhões de leitores em 4 anos: como mudar esse jogo?
Disponível em: <https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/tonymarlon/2025/03/12/brasil-perdeu-7-milhoes-de-leitores-em-4-anoscomo-mudar-esse-jogo>. Acesso em: 7 mar. 2025. Adaptado.
Considerando o contexto em que a expressão "depósito de livros" está inserida, infere-se que ela sugere um
TEXTO:
Brasil perdeu 7 milhões de leitores em 4 anos: como mudar esse jogo?
Disponível em: <https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/tonymarlon/2025/03/12/brasil-perdeu-7-milhoes-de-leitores-em-4-anoscomo-mudar-esse-jogo>. Acesso em: 7 mar. 2025. Adaptado.
Deseja-se substituir as expressões em destaque por outras, de modo que: “desvalorizados” seja substituído por uma forma sinônima (sem alterar o sentido de “falta de reconhecimento” ou “falta de mérito”) e “felizes” seja substituído por uma forma antônima (mantendo o oposto de “contentes” e “satisfeitos”).
A alternativa que realiza essas substituições de forma coerente com o contexto original é:
TEXTO:
Brasil perdeu 7 milhões de leitores em 4 anos: como mudar esse jogo?
Disponível em: <https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/tonymarlon/2025/03/12/brasil-perdeu-7-milhoes-de-leitores-em-4-anoscomo-mudar-esse-jogo>. Acesso em: 7 mar. 2025. Adaptado.