Questões de Português - Regência para Concurso

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Q2665324 Português
Qual das alternativas indicadas segue os preceitos de norma culta quanto à regência, ao uso de crase e dos pronomes relativos?
Alternativas
Q2657364 Português

Leia a tira abaixo e analise as assertivas:



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Disponível em: https://www.instagram.com/p/CChIdErAMw9/. Acesso em: 12 jun. 2024.





I- Atira não faz nenhuma crítica à sociedade brasileira.

II- A crítica à sociedade brasileira está no último quadrinho, que alerta sobre os malefícios à saúde causados pelo uso de agrotóxicos.

III- No primeiro quadrinho, o termo entre vírgulas se classifica sintaticamente como um aposto e se presta a oferecer uma explicação.

IV- No primeiro quadrinho, o verbo oferecer é bitransitivo.

V- No segundo quadrinho, a oração introduzida pelo conectivo e é uma oração coordenada sindética adversativa.


É CORRETO o que se afirma apenas em:


Alternativas
Q2611849 Português
Texto para responder à questão. 

Filhos podem manipular os afetos 

    No capítulo “O menino é o pai do homem”, de “Memórias póstumas de Brás Cubas”, o protagonista credita grande parte de seu caráter à educação que teve em casa – uma mãe pouco participativa na formação moral do filho e um pai benevolente. Pais inconsistentes, que geraram uma criança inconsistente. “Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de ‘menino diabo’; e verdadeiramente não era outra cousa; fui dos mais malignos do meu tempo, arguto, indiscreto, traquinas e voluntarioso. (Meu pai) às vezes me repreendia, à vista de gente, fazia-o por simples formalidade: em particular dava-me beijos. (…) mas entre a manhã e a noite fazia uma grande maldade, e meu pai, passado o alvoroço, dava-me pancadinhas na cara, e exclamava a rir: Ah! brejeiro! ah! brejeiro!” 
    Havia na família de Brás quem reprovasse a educação inadequada e de moral frouxa dada ao menino, no entanto as recomendações do tio ao pai não tinham efeito. “Meu tio cônego fazia às vezes alguns reparos ao irmão; dizia-lhe que ele me dava mais liberdade do que ensino e mais afeição do que emenda; mas meu pai respondia que aplicava na minha educação um sistema inteiramente superior ao sistema usado; e por este modo, sem confundir o irmão, iludia-se a si próprio.”
    Machado relativizava com sabedoria a educação cheia de amor, de carinho e de poucas regras. Percebia claramente que essa formação moral, responsabilidade fundamental da família, destina o filho ao fracasso social e moral, por ser frouxa e inconsistente e também por tornar o filho imune às frustrações da vida, como se evitar decepções fosse possível e bom.
    O Bruxo do Cosme Velho sabia que os jovens são bons observadores e intérpretes dos adultos que os cercam. Percebem com tranquilidade a incongruência do que está sendo professado com o que se pratica na vida cotidiana. Observava que, muitas vezes, não havia na educação, dada em casa, aconselhamentos para adoção de comportamento que produzissem algum valor moral razoável. Reforçava-se sempre o mimo. Educava-se um mimado e um príncipe, nunca um jovem responsável e sujeito a frustrações e responsabilidades. 
   Evidentemente que educa mal um pai ou mãe que, com o filho dentro do carro, ultrapassa o semáforo vermelho ou fala ao celular enquanto dirige, ou estaciona em lugar proibido ou para em fila dupla. Se a mãe abraça o filho depois de uma repreensão paterna ou o pai abraça depois de uma reprimenda materna, eles estão ensinando-o a manipular os afetos.
   Os filhos aprendem em casa com os valores que veem e presenciam em sua vida diária. Se percebem frouxidão moral ou inconsistência de autoridade, herdarão exatamente o que presenciam. Se os filhos observam que pais preferem negociar valores morais para não deixar de ser amados, rapidamente entenderão a regra do jogo e farão uso dela. Se observam que os pais desejam ser os seus melhores amigos, percebem que a assimetria dançou e manobrarão os afetos de acordo com a relação posta.
    A escola também não passou impune sob a pena do mestre: “Demos um salto por cima da escola, a enfadonha escola, onde aprendi a ler, escrever, contar, dar cacholetas, apanhá-las, e ir fazer diabruras, ora nos morros, ora nas praias, onde quer que fosse propício a ociosos”. Ou como aponta em O Conto de escola: “Raimundo e Curvelo, que me deram o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da delação”.
    Uma escola que ensina fórmulas, a memorizar nomes de países, dados da natureza, regras gramaticais, fatos históricos não contribui para a formação de um jovem. Uma escola que não problematiza questões do mundo e da vida reforçará a tal da moral frouxa. Não é incomum um aluno obter nota excelente em uma redação sobre valores éticos, mas ser preconceituoso com tranquilidade, furar filas e defender na vida prática o contrário do que entrega no texto escolar.
    Se os pais, associados à escola, impõem como castigo a uma criança o estudo, a leitura de um livro ou algo com valor cultural e pedagógico, não haverá dúvida de que ela entenderá que aprender ou apropriar-se de um bem cultural é uma chatice, um incômodo ou uma punição. Frases do tipo “Leia, será bom para você um dia” vêm carregadas do subtexto “agora é ruim, eu também concordo, mas não tem jeito, somos obrigados a fazer isso”.
    No consórcio família e escola, Machado via, muitas vezes, o fracasso da formação de uma criança e de uma juventude transformadora, porque via nos dois processos formações repletas de vicissitudes e de formação de verniz oco, sem nenhum valor moral ou transformador razoável. Colocava em xeque o papel da escola e da família na manutenção e nos questionamentos dos valores morais e sociais: “Minha mãe doutrinava-me a seu modo, fazia-me decorar alguns preceitos e orações; mas eu sentia que, mais do que as orações, me governavam os nervos e o sangue, e a boa regra perdia o espírito, que a faz viver, para se tomar uma vã fórmula”. “Não digo que a universidade me não tivesse ensinado alguma; mas eu decorei-lhe só as fórmulas, o vocabulário, o esqueleto. Tratei-a como tratei o latim; embolsei três versos de Virgílio, dois de Horácio, uma dúzia de locuções morais e políticas, para as despesas da conversação. Tratei-os como tratei a história e a jurisprudência. Colhi de todas as coisas a fraseologia, a casca, a ornamentação…” E, com isso, via o fracasso monumental da educação nas duas principais instâncias de formação de um indivíduo: em casa e na escola. Uma lustrando o verniz da ornamentação da outra.

(Disponível em: https://revistaeducacao.com.br. Acesso em: 12/02/2024.)

Analise a regência do verbo “impor” em: “Se os pais, associados à escola, impõem como castigo a uma criança o estudo, a leitura de um livro ou algo com valor cultural e pedagógico, não haverá dúvida de que ela entenderá que aprender ou apropriar-se de um bem cultural é uma chatice, [...] (9º§). A regência, nesse contexto, está de acordo com a norma culta da língua portuguesa. Assinale a afirmativa cuja regência dos verbos sublinhados está INCORRETA. 
Alternativas
Q2611692 Português
Assinalar a alternativa em que a regência verbal está CORRETA.
Alternativas
Q2607447 Português
As mulheres são vítimas de violência porque são mulheres
Wânia Pasinato


        Nos últimos anos, a violência contra as mulheres no Brasil vem se tornando assunto público e reconhecido como problema ao qual qualquer mulher, independentemente de raça, cor, etnia, idade ou classe social pode estar sujeita. Trata-se de reconhecer que a violência não é um infortúnio pessoal, mas tem origem na constituição desigual dos lugares de homens e mulheres nas sociedades – a desigualdade de gênero -, que tem implicações não apenas nos papéis sociais do masculino e feminino e nos comportamentos sexuais, mas também em uma relação de poder. Em outras palavras, significa dizer que a desigualdade é estrutural. Ou seja, social, histórica e culturalmente a sociedade designa às mulheres um lugar de submissão e menor poder em relação aos homens. Qualquer outro fator – o desemprego, o alcoolismo, o ciúme, o comportamento da mulher, seu jeito de vestir ou exercer sua sexualidade – não são causas, mas justificativas socialmente aceitas para que as mulheres continuem a sofrer violência.


            (...) Em anos recentes, esse reconhecimento foi acompanhado por mudanças na forma como devemos responder a essa violência, atacando não as justificativas, mas as causas. O país tornou-se referência internacional com a Lei 11.340/2006 – a Lei Maria da Penha, cujo diferencial é a forma de abordar o problema, propondo a criminalização e a aplicação de penas para os agressores, mas também medidas que são dirigidas às mulheres para a proteção de sua integridade física e de seus direitos, além de medidas de prevenção destinadas a modificar as relações entre homens e mulheres na sociedade, campo no qual a educação desempenha papel estratégico. Apesar de tudo, o Brasil segue sendo um país violento para as mulheres. Anualmente são registradas centenas de ocorrências de violência doméstica, de violência sexual, além das elevadas taxas de homicídios de mulheres que, quando motivadas pelas razões de gênero, são tipificadas como feminicídios. Esses números expressam uma parte do problema e comumente dizemos que a subnotificação é uma característica dessas situações.

        O medo, a dúvida, a vergonha são algumas explicações para esse silêncio, mas novamente nos contentamos em olhar para as justificativas e não para as causas. (...)

        De modo geral, mudamos as leis, mas não a forma como as instituições funcionam. O Sistema de Justiça segue atuando de forma seletiva e distribuindo de forma desigual o acesso à Justiça. Existem poucos serviços especializados para atender as mulheres em situação de violência. Faltam protocolos que orientem o atendimento. Falta capacitação para os profissionais cuja atuação é muitas vezes balizada por convicções pessoais e julgamentos de valor que nada têm a ver com os direitos humanos. (...)

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/notícia/2018/02/ violencia-contra-mulher-wania-pasinato.html
O pronome relativo em destaque no fragmento “O país tornou-se referência internacional com a Lei 11.340/2006 – a Lei Maria da Penha, cujo diferencial é a forma de abordar o problema, (...)” (2º parágrafo) está usado corretamente. Assinale a alternativa em que tal pronome também está empregado de forma correta, levando-se em consideração o fenômeno da regência:
Alternativas
Respostas
16: D
17: B
18: C
19: B
20: D