Questões de Português - Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas... para Concurso

Foram encontradas 1.209 questões

Q2432008 Português

O Texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 15.

Texto 1:

Crise nos programas de licenciatura

Uma medida paliativa vem ocorrendo com frequência cada vez maior em escolas públicas e privadas de todo o país. Muitos estudantes estão finalizando o ano letivo de 2023 sem ter tido aulas de física ou sociologia com professores habilitados para ministrar essas disciplinas. Diante da ausência de candidatos para ocupar as docências, as escolas improvisam e colocam profissionais formados em outras áreas para suprir lacunas no ensino fundamental II e no ensino médio. A medida tem se repetido em diferentes estados e municípios brasileiros, como mostram dados de estudo inédito realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep): em Pernambuco, por exemplo, apenas 32,4% das docências em física no ensino médio são ministradas por licenciados na disciplina, enquanto no Tocantins o valor equivalente para a área de sociologia é de 5,4%. Indicativo da falta de interesse dos jovens em seguir carreira no magistério, o número de concluintes de licenciaturas em áreas específicas passou de 123 mil em 2010 para 111 mil em 2021. Esse conjunto de dados indica que o país vivencia um quadro de apagão de professores. Para reverter esse cenário, pesquisadores fazem apelo e defendem a urgência da criação de políticas de valorização da carreira docente e a adoção de reformulações curriculares.

“O apagão das licenciaturas é uma realidade que nos preocupa”, afirma Marcia Serra Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretora de Formação de Professores da Educação Básica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). As licenciaturas em áreas específicas são cursos superiores que habilitam os concluintes a dar aulas nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio na área do conhecimento em que se formaram.

Dados do último Censo da Educação Superior do Inep, autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), divulgados no ano passado, mostram que desde 2014 a quantidade de ingressantes em licenciaturas presenciais está caindo, assim como ocorre em cursos a distância desde 2021. “As áreas mais preocupantes são as de ciências sociais, música, filosofia e artes, que apresentaram as menores quantidades de matrículas em 2021, e as de física, matemática e química, que registraram as maiores taxas de desistência acumulada na última década”, assinala Ferreira. Dados do Inep disponíveis no Painel de Monitoramento do Plano Nacional de Educação (PNE) indicam que, em 2022, cerca de 59,9% das docências do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e de 67,6% daquelas oferecidas no ensino médio eram ministradas por professores qualificados na área do conhecimento. Ao analisar os números, o pedagogo e professor de educação física Marcos Neira, pró-reitor adjunto de Graduação da Universidade de São Paulo (USP), comenta que a situação é diferente em cada área do conhecimento. “Por um lado, a média nacional mostra que 85% dos docentes de educação física são licenciados na disciplina, enquanto os percentuais equivalentes para sociologia e línguas estrangeiras são de 40% e 46%, respectivamente. Ou seja, os problemas podem ser maiores ou menores, conforme a área do conhecimento e também são diferentes em cada estado”, destaca Neira, que atualmente desenvolve pesquisa com financiamento da FAPESP sobre reorientações curriculares na disciplina de educação física.

A falta de formação adequada do professor pode causar impactos no processo de aprendizagem dos alunos, conforme identificou Matheus Monteiro Nascimento, físico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em pesquisa realizada em 2018. De acordo com o pesquisador, na ausência de docentes licenciados em física, quem acaba oferecendo a disciplina nas escolas, geralmente, são profissionais da área de matemática. “Com isso, observamos que a abordagem da disciplina tende a privilegiar o formalismo matemático”, comenta. Ou seja, no lugar de tratar de conhecimentos de mecânica, eletricidade e magnetismo por meio de abordagens fenomenológicas, conceituais e experimentais, os professores acabam trabalhando os assuntos em sala de aula apenas por meio de operações matemáticas e equações sem relação direta com a realidade do aluno. “O formalismo matemático é, justamente, o elemento da disciplina de física que mais prejudica o interesse de estudantes por essa área do conhecimento”, considera Nascimento.

Preocupados em mensurar se as defasagens poderiam ser sanadas com a contratação de profissionais graduados em licenciaturas no Brasil nos últimos anos, pesquisadores do Inep realizaram, em setembro, estudo no qual olharam para as carências de escolas públicas e privadas nos anos finais do ensino fundamental e médio. “Se todos os licenciados de 2010 a 2021 ministrassem aulas na disciplina em que se formaram nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio em 2022, ainda assim o país teria dificuldades para suprir a demanda por docentes de artes em 15 estados, física em cinco, sociologia em três, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira e geografia em um”, contabiliza Alvana Bof, uma das autoras da pesquisa. Além disso, o estudo avaliou se a quantidade de licenciados de 2019 a 2021 seria suficiente para suprir todas as docências que, em 2022, estavam sendo oferecidas por professores sem formação adequada. Foi constatado que faltariam docentes de artes em 18 estados, física em 16 estados, língua estrangeira em 15, filosofia e sociologia em 11, matemática em 10, biologia, ciências e geografia em 8, língua portuguesa em 5, história e química em 2 e educação física em um estado. “Os resultados indicam que já vivemos um apagão de professores em diferentes estados e disciplinas”, reitera Bof, licenciada em letras e com doutorado em educação.

Outro autor do trabalho, o sociólogo do Inep Luiz Carlos Zalaf Caseiro, esclarece que o cenário de falta de professores não está relacionado com falta de vagas em cursos de licenciaturas. “Em 2021, o país teve 2,8 milhões de vagas disponíveis, das quais somente 300 mil foram preenchidas. Isso significa que 2,5 milhões de vagas ficaram ociosas, sendo grande parte no setor privado e na modalidade de ensino a distância”, relata. Licenciaturas 2 oferecidas no ensino público, na modalidade presencial, também tiveram quantidade significativa de vagas ociosas. “De 2014 a 2019, a taxa de ociosidade de licenciaturas em instituições públicas foi de cerca de 20%, enquanto em 2021 esse percentual subiu para 33%”, informa. Cursos como o de matemática apresentaram situação ainda mais inquietante. “Licenciaturas de matemática em instituições públicas no formato presencial registraram 38% de vagas ociosas em 2021”, destaca Caseiro, comentando que muitas vagas, mesmo quando preenchidas, logo são abandonadas. Além disso, segundo o sociólogo, somente um terço dos estudantes que finalizam as licenciaturas vai atuar na docência; o restante opta por outros caminhos profissionais. O estudo foi desenvolvido a partir do cruzamento de dados relativos a docentes presentes no Censo da Educação Básica e referentes a ingressantes e concluintes em licenciaturas captados pelo Censo da Educação Superior. Ambas as pesquisas são realizadas anualmente pelo Inep para analisar a situação de instituições, alunos e docentes da educação básica e do ensino superior.

Retirado e adaptado de: QUEIRÓS, Christina. Crise nos programas de licenciatura. Revista Pesquisa FAPESP. Disponível em: https://revista-pesquisa.fapesp.br/crise-nos-programas-de-licenciatura/ Acesso em: 02 nov., 2023.

Texto 02

(o primeiro índice é sempre o de maior percentual e o segundo, de menor):

Fonte: BOF, A. M et al. Cadernos de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais. 2023, no prelo. Disponível em: https://revistapesquisa.fa-

pesp.br/crise-nos-programas-de-licenciatura/ Acesso em: 02.nov., 2023.

Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, que relaciona trechos do Texto 1 aos seus respectivos efeitos de sentido − atente para as palavras em destaque:

Primeira coluna: efeito de sentido

(1)Finalidade

(2)Explicação

(3)Adição

(4)Consonância

(5)Condição

Segunda coluna: trechos do Texto 1

(__)Segundo o sociólogo, somente um terço dos estudantes que finalizam as licenciaturas vai atuar na docência; o restante opta por outros caminhos profissionais.

(__)Além disso, o estudo avaliou se a quantidade de licenciados de 2019 a 2021 seria suficiente para suprir todas as docências que, em 2022, estavam sendo oferecidas por professores sem formação adequada.

(__)Para reverter esse cenário, pesquisadores fazem apelo e defendem a urgência da criação de políticas de valorização da carreira docente e a adoção de reformulações curriculares.

(__)Se todos os licenciados de 2010 a 2021 ministrassem aulas na disciplina em que se formaram nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio em 2022, ainda assim o país teria dificuldades para suprir a demanda por docentes.

(__)Ou seja, os problemas podem ser maiores ou menores, conforme a área do conhecimento e também são diferentes em cada estado.

Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre as colunas:

Alternativas
Q2431503 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 10.


Paraense de 18 anos cria tijolo de caroço de açaí


Aproximadamente 90% de todo o açaí consumido no mundo é produzido no Pará. No entanto, apenas 4% do fruto é aproveitado; o resto — principalmente o caroço — permanece sem uma utilidade definida. Isso acaba provocando a contaminação do meio ambiente regional, visto que não há uma estratégia eficiente de descarte.

Foi a partir dessa perspectiva que Francielly Rodrigues Barbosa, de 18 anos, resolveu desenvolver um projeto para amenizar o problema ambiental e ainda ajudar os moradores de sua cidade, Moju, a cerca de 120 km de Belém. "O caroço possui uma substância chamada lignina, que impede o ataque de fungos, demorando a decomposição", ela explica. "Isso causa mau cheiro, chorume e a liberação de gás metano."

Aluna da Escola Estadual Ernestina Pereira Maia, Barbosa começou o projeto no primeiro ano do Ensino Médio. A inspiração para a pesquisa veio de uma professora, que comentou com ela sobre os problemas de odor ruim e rachaduras nas casas de um bairro de Moju.

A jovem descobriu que muitas residências foram construídas em terrenos frequentemente usados como local de descarte de lixo. Como as construções foram levantadas sem regularização, a decomposição acabou afetando as estruturas —- e a vida da população. "Comecei a pensar qual material de baixo custo e que não agride o meio ambiente eu poderia aproveitar para fazer a fundação de forma segura”, conta Barbosa. "Não tinha como desenvolver algo que custasse muito dinheiro.”

Para criar o tijolo de açaí, ela convidou jovens de Moju para ajudá-la. Eles colocaram os caroços para secar, depois carbonizaram e os trituraram em um pilão. A massa resultante foi misturada com argila e carvão para chegar ao produto final. "Foi um trabalho muito divertido”, conta. "Brincar também é ciência. Foi legal para mostrar que a ciência inclui todo mundo, basta querer.”

Enquanto cursa já o último ano do Ensino Médio, Barbosa continua sua pesquisa em paralelo. A jovem conseguiu parceria com um laboratório da Universidade de São Paulo (USP), onde estão sendo testadas diferentes fórmulas da mistura com o caroço. A ideia é descobrir em quais porcentagens é possível criar outras aplicações para alvenaria, como telhas, cimento e argamassa. "É para testar a resistência do material. Agora temos um ano para fazer os testes e abranger um pedido de patente”, ela informa.

Barbosa começou a se interessar por ciência aos oito anos de idade, quando participou pela primeira vez de uma feira científica em sua escola e do Clube de Ciências de Moju. "Vi tantas coisas interessantes que me apaixonei e decidi que queria fazer aquilo", comenta.

Ela pretende cursar engenharia, mas ainda não sabe em qual das áreas irá se especializar. "Mas com certeza será em uma área de STEM [ciência, tecnologia, engenharia e matemática]", conta. Barbosa ainda afirma que a participação dela em palestras, congressos e viagens ampliaram seu campo de visão para o ensino superior. "Penso que posso entrar na USP ou estudar no exterior. É tão maravilhoso. Se é possível para mim, é possível para qualquer jovem.”

Para ela, ser cientista significa poder ajudar as pessoas — mas também considera essencial que os jovens cientistas tenham suporte de familiares, amigos e professores. "Peço que as pessoas orientem os alunos a não deixar os sonhos deles morrerem", ela diz. "Eu tive sorte, pois a minha família sempre me apoiou. Se não fosse isso, eu nunca teria ido para fora do país e conhecido vários cantos do Brasil."


Retirado e adaptado de: FABRO, Nathalia. Paraense de 18 anos tem mais de 15 prêmios por criar tijolo de caroço de açaí. Galileu. Disponível em: -annos-teem--mmas-dde-1 15-pemmio-poo-ciarrtoooooddecarocoodeeacaihhmm 18-anos-tem-mais-de-15-premios-por-criar-tijolo-de-caroco-de-acai.html Acesso em: 16 jul., 2028.

Analise a sintaxe do seguinte período criado a partir de "Paraense de 18 anos cria tijolo de caroço de açaí":

A estudante refletiu sobre formas de ajudar a população local, no entanto, não dispunha de muitos recursos financeiros.


A respeito da correta classificação do período, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Q2429740 Português

TEXTO 3


Muitos de nós já ouvimos falar do antissemitismo, em nome de que o regime nazista legitimou e justificou o genocídio de cerca de 7 milhões de judeus e 300 mil ciganos durante a Segunda Guerra Mundial. Muitos sabem da história de Nelson Mandela, que passou 27 anos de sua vida ativa na prisão, por ter desafiado o apartheid, regime de segregação racial implantado na África do Sul a partir de 1948. Muitos já escutaram histórias sobre a discriminação racial nos Estados Unidos, particularmente no sul desse país, onde também existiu um regime de segregação racial comparável ao da África do Sul.

Sem dúvida, essas manifestações do racismo são as mais conhecidas, pois são mais noticiadas e popularizadas em nosso país e em nossa educação. Mas a maioria de nós, brasileiras e brasileiros, temos ainda bastante dificuldade para entender e decodificar as manifestações do nosso racismo à brasileira, por causa de suas peculiaridades que o diferenciam das outras formas de manifestações de racismo acima referidas. Além disso, ecoa dentro de muitos brasileiros uma voz muito forte que grita: “não somos racistas, os racistas são os outros”.

Essa voz forte e poderosa é o que costumamos chamar de “mito da democracia racial brasileira”, que funciona como uma crença, uma verdadeira realidade, uma ordem. Assim fica muito difícil arrancar do brasileiro a confissão de que ele é racista. Até as manifestações esportivas mais populares nos campos de futebol não ficaram isentas de preconceitos dos próprios jogadores e do público torcedor, que xingam outros de macacos, porque são negros. Essas manifestações não acontecem apenas nos campos de futebol europeus, mas também aqui na terra brasileira, dita sem preconceito racial.

Há alguns anos, surgiu também no Brasil um movimento de jovens de origem operária denominado skin heads, ligado ao movimento neonazista. Esse movimento, cujo vento soprou a partir do Ocidente, proclama seu ódio contra judeus, negros, homossexuais e nordestinos. Quem nunca escutou piadas racistas contra negros, japoneses, judeus, até contra portugueses? Onde estão os ameríndios e qual é a imagem que temos deles?

Fatos corriqueiros colocam em dúvida a declarada existência das relações harmoniosas entre negros e brancos, índios e brancos e outros portadores de diferenças no Brasil da “democracia racial”. Cada um poderia direta e interiormente se perguntar por que essas coisas acontecem no nosso mundo, contrariando os princípios da solidariedade humana, ou seja, da humanitude. Se tivéssemos respostas fáceis, creio que teríamos também facilidade para encontrar soluções.

O fenômeno chamado racismo tem uma grande complexidade, além de ser muito dinâmico no tempo e no espaço. Se ele é único em sua essência, em sua história, características e manifestações, ele é múltiplo e diversificado, daí a dificuldade para denotá-lo, ora através de uma única definição, ora através de uma única receita de combate. […]


Kabengele Munanga. Excertos do texto Teoria social e relações raciais no Brasil contemporâneo. Disponível em: https://www.mprj.mp.br/documents/20184/172682/teoria_social_relacoes_sociais_brasil_conte mporaneo.pdf. Acesso em 12 set. 23. Adaptado.

No final do segundo parágrafo, lemos o seguinte enunciado: “Além disso, ecoa dentro de muitos brasileiros uma voz muito forte que grita: ‘não somos racistas, os racistas são os outros’.”. Sobre o conectivo destacado, é correto afirmar que ele

Alternativas
Q2429415 Português

O ambiente, que evoca uma Buenos Aires mais antiga, não era realmente o de um escritório, todavia uma ampla e ornamentada sala, de pé-direito alto, na biblioteca recém-renovada.


Christ, R. Os escritores: as históricas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. (adaptado)


Do ponto de vista semântico, é correto afirmar que o item destacado no trecho acima estabelece uma relação de

Alternativas
Q2429240 Português

Leia o texto a seguir e responda às questões de 4 a 8.

URBANISMO

7 CIDADES QUE SÃO EXEMPLOS DE PLANEJAMENTO URBANO NO MUNDO

O planejamento urbano é essencial para o bom funcionamento da cidade. Infelizmente, nós sabemos que o Brasil não é um grande exemplo a ser seguido nesse quesito. Claro que há cidades onde a situação é melhor que outras, mas nem mesmo as planejadas deram muito certo por aqui. Porém, como a esperança é a última que morre, espera-se que os futuros planejadores, com a colaboração de todos, possam resolver os grandes problemas das cidades brasileiras. Como inspiração, separamos uma lista com algumas cidades que são exemplos de planejamento urbano no mundo.

COPENHAGUE (DINAMARCA)

A cidade é a capital da Dinamarca e possui aproximadamente 1,3 milhão de habitantes. A sustentabilidade e a mobilidade urbana são um grande destaque por lá. São mais de 400km de ciclovia e até mesmo os membros do Parlamento vão para o trabalho pedalando. Além disso, há investimentos em áreas verdes e em recursos hídricos. O investimento em tratamento de esgoto, por exemplo, resultou em melhor qualidade da água. Há uma arquitetura sustentável que inclui a construção de sistemas sustentáveis de drenagem, reciclagem de água de chuva, telhados verdes e gerenciamento eficiente de resíduos sólidos. Por meio de implementação de energia eólica, biomassa e outros fatores, a cidade planeja ser neutra em emissões de carbono até 2025.

SINGAPURA (SINGAPURA)

Desde quando era uma colônia britânica, Singapura já era planejada. O segredo que a cidade mostra para o sucesso do planejamento urbano é ter uma visão de futuro. Singapura foi construída em um solo que era dado como inútil. Atualmente, ela é famosa por sua arquitetura inovadora, pela tecnologia e pela forma única com a qual gerencia resíduos sólidos e esgoto. Há uma política de fazer as regiões da cidade parcialmente autossustentáveis, de modo que nem todos dependam da região central.

AMSTERDÃ (PAÍSES BAIXOS)

Os canais de Amsterdã não são apenas enfeite: são resultado de muito planejamento. Eles serviam como uma forma de defesa, gerenciamento de água e transporte. Ainda, os meios de transporte públicos são incentivados e a bicicleta é muito comum por lá. É isso que as estatísticas provam: 48% do transporte é feito por meio de bicicleta, contra 22% feito em carro.

ZURIQUE (SUÍÇA)

Zurique é conhecida como a cidade com o melhor trânsito do mundo. Além de baratos, os ônibus, trens, balsas e outros meios de transporte coletivo sempre chegam no horário e em número suficiente. Assim, a quantidade de veículos particulares nas ruas é bem menor e implica menos poluição, menos acidentes, menor área de estacionamento e outras vantagens. A cidade financia estudos em energia renovável e busca menor emissão de gás carbônico e maior sustentabilidade.

SEUL (COREIA DO SUL)

Por volta de 1300, quando a cidade foi projetada, os políticos garantiram um bom planejamento. E, ao longo da história, o planejamento sempre teve um lugar especial. Atualmente, o foco é no plano de 2030, no qual os cidadãos são peça fundamental e estiveram envolvidos na elaboração.

CHANDIGARH (ÍNDIA)

A cidade é famosa por sua arquitetura e design urbano. Ela foi projetada por ninguém menos que o renomado arquiteto Le Corbusier. Além disso, foi uma das primeiras cidades planejadas da Índia pós-colonial. Chandigarh já levou o título de cidade mais próspera, limpa e verde da Índia. O curioso é que o planejamento seguiu a ideia de um corpo humano. A capital é a cabeça, o coração é o centro da cidade, os pulmões são a área verde e aberta, o sistema circulatório são as vias e estradas.

MACHU PICCHU (PERU)

Quando o assunto é planejamento urbano, Machu Picchu não pode ficar de fora da lista. Embora não seja mais habitada, a cidade foi cuidadosamente planejada em um lugar impressionante. Há todo um sistema de gerenciamento da água, canais de drenagem e moradias resistentes.

(Adaptado de: BLOG DA ARQUITETURA. Disponível em: https://blogdaarquitetura.com/7-cidades-que-sao-exemplos-de-planejamento-urbano-no-mundo/. Acesso em: 03/01/2023.)

Sobre as relações lógico-discursivas presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. No trecho “Desde quando era uma colônia britânica, Singapura já era planejada”, a expressão “desde quando” indica noção temporal.

II. No fragmento “Ainda, os meios de transporte públicos são incentivados”, o termo “ainda” equivale, semanticamente, à expressão “além disso”, indicando adição de ideias.

III. Em “Assim, a quantidade de veículos particulares nas ruas é bem menor”, a palavra “assim” pode ser substituída pela expressão “desse modo”, sem alterar seu sentido conclusivo.

IV. No fragmento “Embora não seja mais habitada, a cidade foi cuidadosamente planejada”, a conjunção “embora” enfatiza a noção condicional impressa ao enunciado.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Respostas
26: D
27: E
28: D
29: B
30: D