Questões do ENEM 2021 para Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021
Foram encontradas 127 questões
Ano: 2021
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021 |
Q1853335
Português
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O solo A morte do cisne, criado em 1905 pelo russo Mikhail Fokine a partir da música
do compositor francês Camille Saint-Saens, retrata o último voo de um cisne antes de
morrer. Na versão original, uma bailarina com figurino impecavelmente branco e na ponta
dos pés interpreta toda a agonia da ave se debatendo até desfalecer.
Em 2012, John Lennon da Silva, de 20 anos, morador do bairro de São Mateus, na
Zona Leste de São Paulo, elaborou um novo jeito de dançar a coreografia imortalizada
pela bailarina Anna Pavlova. No lugar de um colã e das sapatilhas, vestiu calça jeans,
camiseta e tênis. Em vez de balé, trouxe o estilo popping da street dance. Sua
apresentação inovadora de A morte do cisne, que foi ao ar no programa Se ela dança, eu
danço, virou hit no YouTube.
Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado).
A forma original de John Lennon da Silva reinterpretar a coreografia de A morte do cisne
demonstra que
Ano: 2021
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021 |
Q1853336
Português
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Seus primeiros anos de detento foram difíceis; aos poucos entendeu como o sistema
funciona. Apanhou dezenas de vezes, teve o crânio esmagado, o maxilar deslocado,
braços e pernas quebrados; por fim, um dia ficou lesionado da perna quando foi jogado
da laje de um pavilhão. Nem todas as vezes ele soube por que apanhou, muito menos da
última, quando foi deixado para morrer, mas sobreviveu. Seu corpo, moído no inferno,
aguarda o fim dos seus dias. Já não questiona mais. Obedece. Cumpre as ordens. Baixa
a cabeça e se retira. Apanha, às vezes com motivo, às vezes sem. Por onde passou,
derramaram seu sangue. Seu rastro pode ser seguido. Intriga ter sobrevivido durante
tantos anos. Pouquíssimos chegaram à terceira idade encarcerados.
MAIA, A. P. Assim na terra como embaixo da terra. Rio de Janeiro: Record, 2017.
A narrativa concentra sua força expressiva no manejo de recursos formais e numa
representação ficcional que
Ano: 2021
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021 |
Q1853337
Português
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– O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o
que quer? Nunca ouviu falar num troço chamado autoridades constituídas? Não sabe que
tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada Exército
Brasileiro, que o senhor tem de respeitar? Que negócio é esse? [...] Eu ensino o senhor a
cumprir a lei, ali no duro: “dura lex”! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu
souber que andaram incomodando o General, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar
gringos feito o senhor. [...] Foi então que a mulher do vizinho do General interveio: – Era
tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido? O delegado apenas olhou-a, espantado
com o atrevimento. – Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o
senhor. Meu marido não é gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso
importunaram o General, ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos
importunando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um Major do Exército,
sobrinha de um Coronel, e filha de um General! Morou? Estarrecido, o delegado só teve
força para engolir em seco e balbuciar humildemente: – Da ativa, minha senhora?.
SABINO, F. A mulher do vizinho. In: Os melhores contos. Rio de Janeiro: Record, 1986.
A representação do discurso intimidador engendrada no fragmento é responsável por
Ano: 2021
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021 |
Q1853338
Português
Texto associado
Os velhos papéis, quando não são consumidos pelo fogo, às vezes acordam de seu
sono para contar notícias do passado.
É assim que se descobre algo novo de um nome antigo, sobre o qual já se julgava
saber tudo, como Machado de Assis.
Por exemplo, você provavelmente não sabe que o autor carioca, morto em 1908,
escreveu uma letra do hino nacional em 1867 — e não poderia saber mesmo, porque os
versos seguiam inéditos. Até hoje.
Essa letra acaba de ser descoberta, em um jornal antigo de Florianópolis, pelo
pesquisador independente Felipe Rissato.
“Das florestas em que habito/ Solto um canto varonil:/ Em honra e glória de Pedro/ O
gigante do Brasil”, diz o começo do hino, composto de sete estrofes em redondilhas
maiores, ou seja, versos de sete sílabas poéticas. O trecho também é o refrão da música.
O Pedro mencionado é o imperador Dom Pedro II. O bruxo do Cosme Velho compôs
a letra para o aniversário de 42 anos do monarca, em 2 de dezembro daquele ano — o
hino seria apresentado naquele dia no teatro da cidade de Desterro, antigo nome de
Florianópolis.
Disponível em: www.revistaprosaversoearte.com. Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).
Considerando-se as operações de retomada de informações na estruturação do texto, há
interdependência entre as expressões
Ano: 2021
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021 |
Q1853339
Português
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RODRIGUES, S. Acervo pessoal.
A revolução estética brasiliense empurrou os designers de móveis dos anos 1950 e
início dos 1960 para o novo. Induzidos a abandonar o gosto rebuscado pelo colonial, a
trocar Ouro Preto por Brasília, eles criaram um mobiliário contemporâneo que ainda hoje
vemos nas lojas e nas salas de espera de consultórios e escritórios. Colada no uso de
madeiras nobres, como o jacarandá e a peroba, e em materiais de revestimento como o
couro e a palhinha, desenvolveu-se uma tendência feita de linhas retas e curvas suaves,
nos moldes da capital no Cerrado.
CHAVES, D.Disponível em: www.veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jul. 2010.
Na reportagem sobre os 50 anos de Brasília, de Débora Chaves, com a reprodução
fotográfica de cadeiras e poltronas de Sérgio Rodrigues, verifica-se que os elementos da
estética brasiliense