Questões do ENEM 2021 para Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021
Foram encontradas 127 questões
Ano: 2021
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021 |
Q1853356
Português
Texto associado
Naquele tempo, Itaguaí, que, como as demais vilas, arraiais e povoações da colônia,
não dispunha de imprensa, tinha dois modos de divulgar uma notícia; ou por meio de
cartazes manuscritos e pregados na porta da Câmara, e da matriz; — ou por meio de
matraca.
Eis em que consistia este segundo uso. Contratava-se um homem, por um ou mais
dias, para andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão. De quando em quando
tocava a matraca, reunia-se gente, e ele anunciava o que lhe incumbiam, — um remédio
para sezões, umas terras lavradias, um soneto, um donativo eclesiástico, a melhor
tesoura da vila, o mais belo discurso do ano, etc. O sistema tinha inconvenientes para a
paz pública; mas era conservado pela grande energia de divulgação que possuía. Por
exemplo, um dos vereadores desfrutava a reputação de perfeito educador de cobras e
macacos, e aliás nunca domesticara um só desses bichos; mas tinha o cuidado de fazer
trabalhar a matraca todos os meses. E dizem as crônicas que algumas pessoas
afirmavam ter visto cascavéis dançando no peito do vereador; afirmação perfeitamente
falsa, mas só devida à absoluta confiança no sistema. Verdade, verdade, nem todas as
instituições do antigo regímen mereciam o desprezo do nosso século.
ASSIS, M. O alienista. Disponível em: www.dominiopubico.gov.br. Acesso em: 2 jun. 2019 (adaptado).
O fragmento faz uma referência irônica a formas de divulgação e circulação de
informações em uma localidade sem imprensa. Ao destacar a confiança da população no
sistema da matraca, o narrador associa esse recurso à disseminação de
Ano: 2021
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021 |
Q1853357
Português
Texto associado
No ano em que o maior clarinetista que o Brasil conheceu, Abel Ferreira, faria 100 anos, o choro dá mostras de vivacidade. É quase um paradoxo que essa riquíssima manifestação da genuína alma brasileira seja forte o suficiente para driblar a falta de incentivos oficiais, a insensibilidade dos meios de comunicação e a amnésia generalizada. “Ele trazia a alma brasileira derramada em sua sonoridade ímpar. Artur da Távola, seguramente seu maior admirador, foi quem melhor o definiu, ‘alma sertaneja, toque mozarteano’”. O acervo do músico autodidata nascido na mineira Coromandel, autor de 50 músicas, entre as quais Chorando baixinho (1942), que o consagrou, amigo e parceiro de Pixinguinha, com quem gravou Ingênuo (1958), permanece com os herdeiros à espera de compilação adequada. O Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro tem a guarda do sax e do clarinete, doados em 1995. Na avaliação de Leonor Bianchi, editora da Revista do Choro, “a música instrumental fica apartada do que é popular porque não vai à sala de concerto. O público em geral tem interesse em samba, pagode e axé”. Ela atribui essa situação à falta de conhecimento e à pouca divulgação do gênero nas escolas.
FERRAZ, A. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 22 abr. 2015 (adaptado).
Considerando-se o contexto, o gênero e o público-alvo, os argumentos trazidos pela
autora do texto buscam
Ano: 2021
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021 |
Q1853361
História
Texto associado
TEXTO I
Portadoras de mensagem espiritual do passado, as obras monumentais de cada
povo perduram no presente como o testemunho vivo de suas tradições seculares. A
humanidade, cada vez mais consciente da unidade dos valores humanos, as considera
um bem comum e, perante as gerações futuras, se reconhece solidariamente responsável
por preservá-las, impondo a si mesma o dever de transmiti-las na plenitude de sua
autenticidade.
Carta de Veneza, 31 de maio de 1964. Disponível em: www.iphan.gov.br. Acesso em: 7 out. 2019.
TEXTO II
Os sistemas tradicionais de proteção se mostram cada vez menos eficientes diante
do processo acelerado de urbanização e transformação de nossa sociedade. A legislação
de proteção peca por considerar o monumento, até certo ponto, desvinculado da
realidade socioeconômica. O tombamento, ao decretar a imutabilidade do monumento,
provoca a redução de seu valor venal e o abandono, o que é uma causa, ainda que lenta,
de destruição inevitável.
TELLES, L. S. Manual do patrimônio histórico. Porto Alegre; Caxias do Sul:
Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, 1977 (adaptado).
Escritos em temporalidade histórica aproximada, os textos se distanciam ao
apresentarem pontos de vista diferentes sobre a(s)
Ano: 2021
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021 |
Q1853364
História
Durante os anos de 1854-55, o governo brasileiro — por meio de sua representação
diplomática em Londres — e os livre-cambistas ingleses — nas colunas do Daily News e
na Câmara dos Comuns — aumentaram a pressão pela revogação da Lei Aberdeen. O
governo britânico, entretanto, ainda receava que, sem um tratado anglo-brasileiro
satisfatório para substituí-la, não haveria nada que impedisse os brasileiros de um dia
voltarem aos seus velhos hábitos.
BETHELL, L. A abolição do comércio brasileiro de escravos. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).
As tensões diplomáticas expressas no texto indicam o interesse britânico em
BETHELL, L. A abolição do comércio brasileiro de escravos. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).
As tensões diplomáticas expressas no texto indicam o interesse britânico em
Ano: 2021
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2021 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia - Digital -Edital 2021 |
Q1853368
História
Mulheres naturalistas raramente figuraram na corrida por conhecer terras exóticas.
No século XIX, mulheres como Lady Charlotte Canning eventualmente coletavam
espécimes botânicos, mas quase sempre no papel de esposas coloniais, viajando para
locais onde seus maridos as levavam e não em busca de seus próprios projetos
científicos.
SOMBRIO, M. M. O. Em busca pelo campo — Mulheres em expedições científicas no Brasil em meados do século XX. Cadernos Pagu, n. 48, 2016.
No contexto do século XIX, a relação das mulheres com o campo científico, descrita no texto, é representativa da
SOMBRIO, M. M. O. Em busca pelo campo — Mulheres em expedições científicas no Brasil em meados do século XX. Cadernos Pagu, n. 48, 2016.
No contexto do século XIX, a relação das mulheres com o campo científico, descrita no texto, é representativa da