Questões de Concurso Para prefeitura de vassouras - rj

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Ano: 2007 Banca: FEC Órgão: Prefeitura de Vassouras - RJ
Q1201400 Inglês
The man........seeing the objects before and....... us a weird story about the way he'd seen them.
Alternativas
Ano: 2007 Banca: FEC Órgão: Prefeitura de Vassouras - RJ
Q1201239 Inglês
He said:.......of my fellows, I'd like to thank everyone for all you have done to improve our situation.
Alternativas
Ano: 2007 Banca: FEC Órgão: Prefeitura de Vassouras - RJ
Q1200933 Português
MEU PÉ DE LIMÃO-GALEGO 
Moro numa chácara, quase no centro da cidade. É um real privilégio. Mas há mais de seis anos, por motivo de trabalho, não cuido de meu terreno. E, assim, os capins e ervas daninhas tomaram conta dele. 
Creio que antigamente eu seria chamado de desleixado. Agora posso dizer que estou contribuindo para o seqüestro do carbono da atmosfera. Crescem, por aqui, todos os tipos de capins exóticos danosos, trazidos da África, da Austrália, lugares remotos e de arbustos espinhentos. O capim-­navalha, particularmente, incomoda muito, já que toma conta do mundo, sem as zebras e gazelas para controlá-lo. E minhas árvores frutíferas estão tomadas por ervas-de-­passarinho. Tinha três pés de limão-galego, que secaram. 
Tais pensamentos acorrem quando, naquela que talvez seja a minha última visita profissional, ao subir uma ladeira empinada, paro um pouco para respirar e vejo os magníficos pés de limão, carregadinhos. Admiro as jovens árvores cheias de pujança e lembro do meu terreno. A agente comunitária que me acompanha comenta que aquele morro tem muito limão e tangerina. 
Logo chegamos à modesta casa de seu Jaime. Vítima de um derrame, ele não consegue se locomover muito bem e depende dos cuidados da filha. 
Entramos e encontramos o seu Jaime sentado. Estava me esperando, aguardando o sol esquentar para tomar banho, com o auxílio da filha. Faço uma consulta rápida, examino-o, verifico se está precisando de alguma coisa. No prontuário uma curiosa anotação quase taquigráfica, de cerca de dois meses atrás, informa que a filha solicitou uma declaração de lucidez, para fazer uma procuração para recebimento de aposentadoria. O registro informa que ele não está lúcido, com a conclusão: "não forneci a declaração". Quem não forneceu fui eu mesmo. Preocupado, pergunto como ela resolveu a situação. 
- Ah! O doutor Tedi me deu a declaração. Papai estava melhor naquele dia e respondeu tudo certinho. Pergunto as clássicas questões. Que dia é hoje? Que lugar é esse? Quem é essa moça?
- Essa moça? É Mariazinha?
- Não, papai, sou a Helena! - e dirigindo-se a mim - ele sempre gostou mais da Mariazinha! 
Despeço-me e saio. Trinta de maio, dia frio, limoeiros carregados, minha última visita, meu contrato de trabalho vence amanhã e não vou renová-lo. De volta à velha vida. 
Na descida colho um limão. Está agora na minha mesa. Um amarelo gema-de-ôvo de limão-galego verdadeiro. Vou fazer umas mudas com os caroços e plantar; terei de volta o meu pé de limão-galego. 
(LEVIN, Jacques. ln Recanto das Letras, 31/05/2007. Transcrito de www. recantodasletras. uol .com. br.) 
Na oração "e dirigindo-se a mim" (9° parágrafo), o verbo pronominal "dirigir-se" rege a preposição "a". Esse mesmo verbo, em outros empregos, tem regência variada. Das frases abaixo, todas com o verbo "dirigir'', está INCORRETA, do ponto de vista da regência, a seguinte:
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Ano: 2007 Banca: FEC Órgão: Prefeitura de Vassouras - RJ
Q1200548 Medicina
Paciente com diarréia e febre de 39 °C, cefaléia pulsatil, retornou há 15 dias de Angola onde permaneceu em área de mata, banhando-se e bebendo agua de ro. O exame laboratorial mais importante para o caso exposto é
Alternativas
Ano: 2007 Banca: FEC Órgão: Prefeitura de Vassouras - RJ
Q1194907 Português
O MOTORISTA DO 8-100

Tem o Correio da Manhã um repórter que faz, todo domingo, uma página inteira de tristezas. Vive montado em um velho carro a que chama de "Gerico". A palavra, hoje, parece que se escreve com "J". De qualquer jeito (que sempre achei mais jeitoso quando se escrevia com "9") é um carro paciente e rústico, duro e invencível como um velho jumento. E tinha de sê-lo, pois sua missão é ir ver ruas esburacadas e outras misérias assim.

Pois esse colega foi convidado, outro dia, a ver uma coisa bela. Que estivesse pela manhã bem cedo junto ao edifício Brasília (o último da Avenida Rio Branco, perto do Obelisco) para assistir à coleta de lixo. Foi. Viu chegar o caminhão 8-100 da Limpeza Urbana, e saltarem os ajudantes, que se puseram a carregar e despejar as latas de lixo. Enquanto isso, que fazia o motorista? O mesmo de toda manhã. Pegava um espanador e um pedaço de flanela, e fazia o seu carro ficar rebrilhando de limpeza. Esse motorista é “um senhor já, estatura mediana, cheio de corpo, claudicando da perna direita; não ficamos sabendo seu nome".
Não poupa o bom repórter elogios a esse humilde servidor municipal. E sua nota feita com certa emoção e muita justeza mostra que ele não apenas sabe reportar as coisas da rua como também as coisas da alma.
Cada um de nós tem, na memória da vida que vai sobrando, seu caminhão de lixo que só um dia despejaremos na escuridão da morte. Grande parte do que vamos coletando pelas ruas tão desiguais da existência é apenas lixo; dentro dele é que levamos a jóia de uma palavra preciosa, o diamante de um gesto puro.

É boa a lição que nos dá o velho motorista manco, e há, nessa lição, um alto e silencioso protesto. Não conheço este homem, nem sei que infância teve, que sonhos lhe encheram a cabeça de rapaz. Talvez na adolescência ele sucumbisse a uma tristeza sem remédio se uma cigana cruel lhe mostrasse um retrato de sua velhice: gordo, manco, a parar de porta em porta um caminhão de lixo. Talvez ele estremecesse da mais alegre esperança se uma cigana generosa e imprecisa lhe contasse: "Vejo-o guiando um grande carro na Avenida Rio Branco; para diante de um edifício de luxo; o carro é novo, muito polido, reluzente...".

É costume dizer que a esperança é a última que morre. Nisto está uma das crueldades da vida: a esperança sobrevive à custa de mutilações. Vai minguando e secando devagar, se despedindo dos pedaços de si mesma, se apequenando e empobrecendo, e no fim é tão mesquinha e despojada que se reduz ao mais elementar instinto de sobrevivência. O homem se revolta jogando sua esperança para além da barreira escura da morte, no reino luminoso que uma crença lhe promete, ou enfrenta, calado e só, a ruína de si mesmo, até o minuto em que deixa de esperar mais um instante de vida e espera como o bem supremo o sossego da morte. Depois de certas agonias a feição do morto parece dizer: "enfim veio; enfim, desta vez não me enganaram".

Esse motorista, que limpa seu caminhão, não é um conformado, é o herói silencioso que lança um protesto superior. A vida o obrigou a catar lixo e imundície; ele aceita a sua missão, mas a supera com esse protesto de beleza e de dignidade. Muitos recebem com a mão suja os bens mais excitantes e tentadores da vida, e as flores que vão colhendo no jardim de uma existência fácil logo têm, presas em seus dedos frios, uma sutil tristeza e corrupção, que as desmerece e avilta. O motorista do caminhão 8-100 parece dizer aos homens da cidade: "O lixo é vosso: meus são estes metais que brilham, meus são estes vidros que esplendem, minha é esta consciência limpa".

(Rubem Braga. O homem rouco. Rio de Janeiro: Ed. do Autor, 1963. p. 143-146.)
No período “É costume dizer QUE a esperança é a última QUE morre" (6o parágrafo), as palavras em caixa alta classificam-se, respectivamente, como:
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Respostas
26: E
27: D
28: E
29: B
30: D