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Muitas vezes, os próprios educadores, por incrível que pareça, também vítimas de uma formação alienante, não sabem o porquê daquilo que dão, não sabem o significado daquilo que ensinam e quando interrogados dão respostas evasivas: “é pré-requisito para as séries seguintes”, “cai no vestibular”, “hoje você não entende, mas daqui a dez anos vai entender”. Muitos alunos acabam acreditando que aquilo que se aprende na escola não é para entender mesmo, que só entenderão quando forem adultos, ou seja, acabam se conformando com o ensino desprovido de sentido.
VASCONCELLOS, C. S. Construção do conhecimento em sala de aula. 13ª ed. São Paulo: Libertad, 2002,
p. 27-8.
De acordo com Vasconcellos, para que o ensino seja significativo, com sentido e transformador
A Escola Estadual Carolina Maria de Jesus vem modificando a forma de organização e funcionamento da escola, por meio de sua gestão. Ampliou o diálogo com a comunidade em seu entorno e fortaleceu o conselho escolar, que tem acompanhado os estudantes. Quando surgem problemas, os membros do conselho, formado por professores, estudantes, pais, mães, funcionários e representantes da comunidade debatem os problemas a partir da realidade de forma respeitosa e solidária. Além disso, o conselho participa das decisões pedagógicas e administrativas, inclusive no que tange ao uso dos recursos financeiros da escola, seja para obras de manutenção, para passeios educativos ou para a compra de materiais didáticos. De acordo com a regulamentação municipal, haverá novas eleições para o conselho escolar no próximo ano.
A escola apresentada nesse texto está atuando
Em Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire explicita a investigação dos temas geradores e sua metodologia. “Neste sentido é que a investigação do ‘tema gerador’, que se encontra contido no ‘universo temático mínimo’ (os temas geradores em interação) se realizada por meio de uma metodologia conscientizadora, além de nos possibilitar sua apreensão, insere ou começa a inserir os homens numa forma crítica de pensarem seu mundo.”
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987 p.55.
Assinale a alternativa que apresenta a definição de “tema gerador” em “Pedagogia do Oprimido”.
Em seu artigo “Sociedade, cotidiano escolar e cultura(s): uma aproximação”, Candau (2002) assume como uma didática intercultural aquela que
I. privilegia a abordagem da educação intercultural, que parte de um conceito dinâmico e histórico da(s) cultura(s), como processo em contínua construção, desconstrução e reconstrução, no jogo das relações sociais presentes nas sociedades.
II. incorpora o interculturalismo, que supõe a inter-relação entre diferentes grupos culturais. Situa-se em confronto com todas as visões que favorecem processos radicais de afirmação de identidades culturais específicas.
III. enfatiza os mecanismos de exclusão que permeiam as relações culturais. Não vincula as questões da diferença e da desigualdade presentes na nossa realidade, o que difere o plano nacional do internacional.
IV. rompe com uma visão essencialista das culturas e das identidades culturais. Parte da afirmação de que nas sociedades em que vivemos os processos de hibridização cultural são intensos e mobilizadores da construção de identidades abertas.
Assinale a alternativa que apresenta apenas asserções corretas.
No documento de “Diretrizes Curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana” há uma descrição de políticas de reparações, de reconhecimento e valorização de ações afirmativas. “Reconhecer exige a valorização e respeito às pessoas negras, a sua descendência africana, sua cultura e história. Significa buscar, compreender seus valores e lutas, ser sensível ao sofrimento causado por tantas formas de desqualificação: apelidos depreciativos, brincadeiras, piadas de mau gosto sugerindo incapacidade, ridicularizando seus traços físicos, a textura de seus cabelos, fazendo pouco das religiões de raiz africana”.
BRASIL. Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afrobrasileira e africana. Brasília, 2005 p. 13.
Considerando o documento citado acima, assinale a alternativa que melhor completa a seguinte informação: reconhecer a importância de ações afirmativas exige
O artigo 64 da Lei nº 9.394/1996 diz que “a formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.”
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/1996 Brasília, DF: Presidente da República, 1996
Assinale a alternativa que corresponde à consequência desse artigo para os Cursos de Pedagogia.
Sobre a finalidade da educação superior, de acordo com a Lei nº 9.394/1996, analise as asserções abaixo.
I. Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo.
II. Preparar o educando para o trabalho de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade às novas condições de ocupação, de acordo com as exigências e inovações do mercado.
III. Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, desenvolvendo o entendimento do homem e do meio em que vive.
IV. Compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina, para aplicar na sociedade.
Assinale a alternativa que apresenta apenas asserções corretas.
Hoffmann fez uma pesquisa com 30 professores estaduais, em Porto Alegre, em março de 1992, fazendo a seguinte pergunta: por que um aluno não aprende? A totalidade dos respondentes justificou a não aprendizagem pela falta de interesse dos alunos pelo conteúdo da escola. A autora também apresenta as ações de um grupo de professoras para a compreensão da avaliação como dimensão importante da aprendizagem.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Educação e realidade, 1993.
Analise as asserções abaixo sobre a finalidade de se modificar a avaliação praticada.
I. Transformar os registros de avaliação em anotações significativas sobre o acompanhamento dos alunos em seu processo de construção do conhecimento.
II. Abolir a prática de realização de provas pelas crianças com dias marcados, para realizar, ao invés disso, várias tarefas menores e sucessivas para serem analisadas pelo professor sem a preocupação de atribuir notas ou conceitos a essas tarefas, pois o foco é o desenvolvimento dos alunos ao longo do processo.
III. Analisar as situações de aprovação e reprovação nas séries com maior preocupação em relação ao benefício que tal decisão possa representar para a própria criança, ao invés de tomar decisões com base em parâmetros rígidos e pré-definidos.
IV. Criar uma plataforma de inclusão das notas de forma pública, para organização, sistematização e atribuição de valor das provas realizadas pelos alunos ao longo de um bimestre.
Assinale a alternativa que apresenta apenas asserções corretas.
As tendências de cunho progressista interessadas em propostas pedagógicas voltadas para os interesses da maioria da população foram adquirindo maior solidez e sistematização por volta dos anos 1980. São também denominadas teorias críticas da educação.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 p.68.
No campo das pedagogias progressistas, podemos afirmar que a Pedagogia Crítico-social dos conteúdos assume
Severino (2002), ao tratar dos processos lógicos de estudo diz que, “o trabalho científico implica ainda outros processos lógicos para realização de suas várias etapas. Assim, para abordar determinado tema, objeto de suas pesquisas, reflexão e conhecimento, o autor pode utilizar-se de processos analíticos e sintéticos.”
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002 p. 193.
Sobre os processos lógicos de estudo, segundo Severino, é correto afirmar que a análise e a síntese
No projeto interdisciplinar não se ensina, nem se aprende: vive-se, exerce-se. A responsabilidade individual é a marca do projeto interdisciplinar, mas essa responsabilidade está imbuída do envolvimento - envolvimento esse que diz respeito ao projeto em si, as pessoas e as instituições a ele pertencentes.
FAZENDA, Ivani. Práticas interdisciplinares na escola. São Paulo: Cortez, 1999 p. 17.
De acordo com Fazenda, um projeto interdisciplinar
Pedro Demo (2023), ao defender a pesquisa como a base da educação escolar, anuncia o questionamento reconstrutivo, com qualidade formal e política, como o cerne do processo de pesquisa.
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 2003.
Demo compreende “questionamento reconstrutivo” como um processo de
Entendemos que é preciso superar tanto a adesão deslumbrada (que o considera como uma espécie de panaceia), quanto a pura e simples rejeição (que o considera como empulhação), em direção à compreensão do planejamento como prática humana contraditória, tendo lucidez de seus limites (constrangimentos naturais, sociais ou inconscientes, concepções equivocadas, etc.), mas também de suas potencialidades (tomada de consciência, elemento articulador da ação, etc.).
VASCONCELLOS, Celso Santos. Planejamento: plano de ensino-aprendizagem e projeto educativo. São Paulo: Libertad, 1995 p.63.
Ao compreender o planejamento da forma apresentada no texto acima, o autor defende esse processo como ato político por
Há uma ideia de senso comum, inclusive de muitos pedagogos, de que Pedagogia é o modo como se ensina, o modo de ensinar a matéria, o uso de técnicas de ensino. O pedagógico aí diz respeito ao metodológico, aos procedimentos. Trata se de uma ideia simplista e reducionista.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos: para quê? São Paulo: Cortez, 2002.
Para se contrapor a essa visão reducionista, o autor defende a Pedagogia como
Por mediação pedagógica entendemos a atitude, o comportamento do professor que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que se apresenta com a disposição de ser uma ponte entre o aprendiz e sua aprendizagem - não uma ponte estática, mas uma ponte ‘rolante’, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos.
MASETTO, Marcos T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. In MORAN, José Manuel. MASETTO, Marcos T. BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000 p. 144-145.
Analise as asserções abaixo sobre características de um professor que se propõe a ser um mediador.
I. O professor, com o aluno, constitui-se como célula básica do desenvolvimento da aprendizagem por meio de uma ação conjunta ou de ações conjuntas em direção à aprendizagem.
II. O professor tem relações de empatia com o aluno para se colocar no lugar do outro, seja nos momentos de incertezas, dúvidas, erros, ou nos momentos de avanço e de sucesso.
III. O professor e o aluno constituem-se como partes separadas do processo. Um ensina e outro aprende. Cada um com sua função, em direção à internet como o caminho para a aprendizagem.
IV. O professor domina profundamente sua área de conhecimento, demonstrando que sua competência está atualizada sobre as informações e sobre os assuntos afeitos a essa área.
Assinale a alternativa que apresenta apenas asserções corretas.
Caracterizar um paradigma emergente não parece tarefa de fácil resposta nesse momento histórico, mas o que se pode garantir, além da multiplicidade de denominações, é que o paradigma inovador engloba diferentes pressupostos de novas teorias.
BEHRENS, Marilda Aparecida. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In MORAN, José Manuel. MASETTO, Marcos T. BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000 p. 85.
Para alicerçar uma prática pedagógica compatível com um paradigma educacional emergente, acredita-se na necessidade de desencadear uma aliança de abordagens pedagógicas. Assinale uma das características a que se refere Behrens (2000) sobre as abordagens pedagógicas mais coerentes com esse contexto.
Ensinar utilizando a internet exige uma forte dose de atenção do professor. A navegação precisa de bom senso, gosto estético e intuição.
MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e telemáticas. In MORAN, José Manuel. MASETTO, Marcos T. BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.p. 52.
Para esse autor, o uso da internet evoca algumas questões relativas ao trabalho do professor em sala de aula que precisa de bom senso
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987 p. 23.
Sobre os momentos distintos da Pedagogia do Oprimido, assinale a alternativa correta.