Assinale a alternativa que apresenta o significado da palav...
A falta que o sono faz
Yuri Al'Hanati
A mente sem o sono é oca. A informação que chega ao cérebro via buracos do crânio parece ter menos dificuldade de chegar ao seu cerne sem qualquer tipo de processamento. Registra-se apenas: fio desencapado, cheiro de queimado, madeira crepitando, fogo. A reação do sistema a essa cadeia clara de sintomas é uma tarefa exaustiva para a mente sem o sono. Os poréns das críticas, os talvezes das ponderações, os vejabens do discernimento, tudo se afoga em um ruído branco que só ecoa dentro da cabeça de quem não dormiu.
A escritora australiana Anna Funder, em seu elucidativo livrorreportagem Stasilândia, procurou investigar, entre outros fenômenos sociais da Alemanha Oriental, as táticas de tortura da Stasi, a polícia secreta do país. Mais do que a privação de comida ou de água, fisiologicamente mais elementares, a crueldade do sistema se mostrou na técnica da privação do sono por parte de seus prisioneiros. Um oficial de guarda montada na cela do investigado tinha a incumbência de acordá-lo toda vez que ameaçasse fechar os olhos. Mais do que a raiva da fome ou a fraqueza da sede, somava-se a esse expediente o desespero louco da insônia. Sim, porque a falta de sono enlouquece em curtíssimo prazo. Neurônios que fritam diante de uma necessidade de raciocínio um pouco maior do que a de um símio fazem de Jack um bobão. Inoperante e nervoso, o ser mescla suas três instâncias freudianas em um blend perfeito de neuroses, paranoias e, claro, a necessidade perene de conseguir um sono prolongado. Como quando se anda pelo mundo sem ter mais nada a dizer sobre si mesmo além do fato de estar com sono, para parafrasear a escritora romena. Um reino por uma pestana.
Quando finalmente o imperativo fisiológico se faz presente, entretanto, não se recompõe por inteiro. O insone que dorme é um restaurador de cacos. Não pode aspirar à obra completa, pode apenas transformá-la em mosaico aquebrantado, simulacro do que já foi. Uma vida descansada, uma prosaica noite de sono. Dormir… talvez sonhar. Eis onde surge o obstáculo: são cinco e meia e o sono não vem.
Disponível em:<http://www.aescotilha.com.br/cronicas/yuri-al-hanati/a-falta-que-o-sono-faz/>
GABARITO: LETRA B
? ?Uma vida descansada, uma prosaica noite de sono.? (=prosaica é sinônimo de: comum, banal, trivial, corriqueiro, usual, vulgar).
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? FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
GABARITO: B
Sinônimos da palavra prosaica: comum, trivial, corriqueiro, etc.
ERREI! :(
errei porque lembrei de prosa, que é texto corrido, sem versos.
Tem que levar um dicionário no dia da prova, pqp.
GABARITO: LETRA B
→ “Uma vida descansada, uma prosaica noite de sono.” (=prosaica é sinônimo de: comum, banal, trivial, corriqueiro, usual, vulgar).
GABARITO: B
Prosaico é sinônimo de: material, ordinário, trivial, vulgar, rasteiro.
O título do texto já é um bom indicativo para ajudar na resposta, já que a falta de sono pressupõe dormir pouco. Ou seja, um sono medíocre.
Tanta coisa pra cobrar e a banca pede isso!
Desnecessário esse tipo de questão
A banca levou a sério a expressão: vc precisa saber pelo menos o trivial !...kkk
Não saber o real conceito da palavra dificulta de mais a interpretação
simulacro do que já foi. Uma vida descansada, uma prosaica noite de sono. Dormir… talvez sonhar. Eis onde surge o obstáculo: são cinco e meia e o sono não vem.
Você interpreta que o autor começa a descrever o que já foi uma noite bem dormida, e pensa logo em "prosaica" como algo que seja tudo menos trivial.
Essa é realmente difícil.
ai falta marcar a definição de trivial
Ciente do gabarito, geral tem justificativa para tudo. Quero vez no dia da prova se há essa maestria toda kkk