Paciente 35 anos, hipertireoidismo sem tratamento, com epis...
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Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
Câmara dos Deputados
Prova:
FGV - 2023 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Médico - Área: Medicina de Emergência - Tarde |
Q2317870
Medicina
Paciente 35 anos, hipertireoidismo sem tratamento, com
episódio de fibrilação atrial persistente há 10 dias. Está estável
hemodinamicamente. Foi controlada a frequência cardíaca com
betabloqueador e será iniciado metimazol.
Nesse momento, deve-se fazer
Nesse momento, deve-se fazer
A questão apresentada refere-se ao manejo de um paciente com hipertireoidismo e fibrilação atrial persistente. A fibrilação atrial é uma arritmia cardíaca que aumenta o risco de formação de trombos no interior do átrio, podendo levar a eventos tromboembólicos, como o acidente vascular cerebral (AVC). O tratamento inicial para um paciente com fibrilação atrial de duração maior que 48 horas ou de tempo desconhecido deve incluir anticoagulação antes de qualquer tentativa de cardioversão, devido ao risco elevado de embolia sistêmica após a restauração do ritmo sinusal. Isso se deve à possibilidade de já existirem trombos formados no átrio que podem ser deslocados após a normalização do ritmo cardíaco.
A anticoagulação deve ser mantida por no mínimo 3 semanas antes da cardioversão e, geralmente, continua por pelo menos 4 semanas após a conversão bem-sucedida para o ritmo sinusal. A cardioversão, seja química ou elétrica, pode ser considerada após a anticoagulação adequada e a avaliação de risco e benefício para o paciente. Nesse contexto, a alternativa E ("anticoagulação") é a resposta correta, pois é a primeira etapa necessária antes de qualquer tentativa de restaurar o ritmo cardíaco normal. As outras opções (A, B, C e D) sugerem formas de cardioversão sem mencionar a necessidade imperativa de anticoagulação prévia, o que as torna incorretas considerando a segurança do paciente.