Questões de Concurso Público Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE 2024 para Professor Anos Finais do Ensino Fundamental - Língua Portuguesa
Foram encontradas 24 questões
Ano: 2024
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2024 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Professor Anos Finais do Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
Q2403249
Português
Texto associado
Texto I
O Poeta da Roça
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô
Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá
Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito
Patativa do Assaré
Disponível em https://mst.org.br/2021/03/05/parabens-patativa-7-poemasde-assare-neste-especial-de-aniversario/
As variações linguísticas são as diferenças que uma língua
apresenta mediante fatores como a região e as condições
culturais ou sociais, onde ela é usada. Por exemplo, no Texto I,
do Patativa do Assaré, predomina a variação linguística
Ano: 2024
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2024 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Professor Anos Finais do Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
Q2403250
Português
Texto associado
Texto I
O Poeta da Roça
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô
Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá
Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito
Patativa do Assaré
Disponível em https://mst.org.br/2021/03/05/parabens-patativa-7-poemasde-assare-neste-especial-de-aniversario/
“Sou poeta das brenha, não faço o papé”. Pelo contexto do
poema, os termos grifados no verso em comento referem-se,
respectivamente, à (ao)
Ano: 2024
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2024 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Professor Anos Finais do Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
Q2403251
Português
Texto associado
Texto II
UNE: O que é um erro de português?
Bagno: Na concepção do senso comum, o “erro de português” é qualquer uso linguístico que não esteja previsto nos instrumentos normativos tradicionais, a gramática e o dicionário. No entanto, não existe uma concepção única e homogênea do que seja o português “correto” nesses instrumentos normativos, porque os gramáticos e dicionaristas têm posturas diferentes diante dos usos da língua: alguns gramáticos admitem certas formas inovadoras, enquanto outros ainda as rejeitam, por exemplo. Além disso, a noção de “erro” está muito vinculada à posição que uma pessoa ocupa na pirâmide social. Os usos já bem fixados entre as classes sociais privilegiadas, mesmo quando contradizem as prescrições tradicionais, passam despercebidos e não provocam reações extremadas: ao contrário, a atitude mais geral é do tipo “pode até estar errado, mas todo mundo fala assim”. Por outro lado, se o uso vem das camadas inferiores, nenhuma relativização é possível: é erro e ponto final. Como tudo em sociedade, o que é certo e errado depende de quem utiliza esses rótulos contra o quê e contra quem.
Confira a entrevista especial com o professor Marcos Bagno para a 9ª
Bienal da UNE.
Disponível em https://www.une.org.br/2014/11/marcos-bagno-a-linguacomo-instrumento-de-poder/
De acordo com o trecho da entrevista concedida à UNE pelo
professor-pesquisador Marcos Bagno, reproduzido no Texto II, a
caracterização de um erro de português, normalmente, apresenta
um viés
Ano: 2024
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2024 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Professor Anos Finais do Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
Q2403252
Português
Texto associado
Texto II
UNE: O que é um erro de português?
Bagno: Na concepção do senso comum, o “erro de português” é qualquer uso linguístico que não esteja previsto nos instrumentos normativos tradicionais, a gramática e o dicionário. No entanto, não existe uma concepção única e homogênea do que seja o português “correto” nesses instrumentos normativos, porque os gramáticos e dicionaristas têm posturas diferentes diante dos usos da língua: alguns gramáticos admitem certas formas inovadoras, enquanto outros ainda as rejeitam, por exemplo. Além disso, a noção de “erro” está muito vinculada à posição que uma pessoa ocupa na pirâmide social. Os usos já bem fixados entre as classes sociais privilegiadas, mesmo quando contradizem as prescrições tradicionais, passam despercebidos e não provocam reações extremadas: ao contrário, a atitude mais geral é do tipo “pode até estar errado, mas todo mundo fala assim”. Por outro lado, se o uso vem das camadas inferiores, nenhuma relativização é possível: é erro e ponto final. Como tudo em sociedade, o que é certo e errado depende de quem utiliza esses rótulos contra o quê e contra quem.
Confira a entrevista especial com o professor Marcos Bagno para a 9ª
Bienal da UNE.
Disponível em https://www.une.org.br/2014/11/marcos-bagno-a-linguacomo-instrumento-de-poder/
No que diz respeito às relações coesivas em destaque no Texto
II, analise os itens a seguir:
I. A locução conjuntiva “No entanto” demonstra a concordância de Bagno com a afirmação que havia mencionado anteriormente.
II. As expressões “Além disso” e “prescrições” funcionam como mecanismos de coesão sequencial, estabelecendo relação entre partes do texto e permitindo a progressão textual.
III. A expressão “Por outro lado” indica a apresentação de um ponto de vista diferente daquele apresentado anteriormente.
IV. O termo “mesmo” foi empregado no texto expressando uma ideia de concessão.
Mediante a análise dos itens acima, assinale a alternativa correta.
I. A locução conjuntiva “No entanto” demonstra a concordância de Bagno com a afirmação que havia mencionado anteriormente.
II. As expressões “Além disso” e “prescrições” funcionam como mecanismos de coesão sequencial, estabelecendo relação entre partes do texto e permitindo a progressão textual.
III. A expressão “Por outro lado” indica a apresentação de um ponto de vista diferente daquele apresentado anteriormente.
IV. O termo “mesmo” foi empregado no texto expressando uma ideia de concessão.
Mediante a análise dos itens acima, assinale a alternativa correta.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Darwin
Órgão:
Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE
Prova:
Instituto Darwin - 2024 - Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe - PE - Professor Anos Finais do Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
Q2403255
Português
Texto associado
Texto III
O reconhecimento da cultura afro-brasileira e africana: a
obrigatoriedade da temática na Educação Básica
O reconhecimento das contribuições dos africanos na
formação do Brasil é recente. Para que os grupos étnicos africanos
ganhassem visibilidade na sociedade brasileira foram necessários
diversos movimentos e manifestações em prol desse
reconhecimento.
Entre as medidas legais que vêm sendo adotadas está a
obrigatoriedade de tratar da cultura afro-brasileira e a história da
África na Educação Básica; várias políticas de reparação,
reconhecimento e valorização da população afro-brasileira vêm
sendo concretizadas na sociedade contemporânea. Uma dessas
ações, como já sinalizado, é a Lei n° 10.639/03, que tornou
obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira
no currículo da Educação Básica no país; essa lei é importante na
medida em que a sociedade brasileira se apropria e reconhece o valor da história e da cultura africana, trazida pelos escravizados para
o Brasil e mantida pelos seus descendentes ao longo dos tempos.
A Lei nº 10.639/03 altera a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e inclui os artigos 26-A e 79-B,
que tratam da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar. No Brasil, a Lei n° 10.639/03, tem com
um dos principais objetivos educar a população para as relações
étnico-raciais. Essas relações dizem respeito à reeducação dos
diferentes grupos étnicos e dependem de ações que priorizem
trabalhos conjuntos, articulações entre processos educativos
escolares, políticas públicas e movimentos sociais.
Compreender como se estruturam as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, bem como os
princípios que a norteiam, é fundamental para a inserção da temática
em sala de aula, uma vez que esta vem se tornando um dos
elementos essenciais para que seja refeito o caminho pelo qual se
construiu uma imagem negativa dos povos africanos. A partir daí,
desconstruir ideologias e mentalidades discriminatórias e
preconceituosas que permeiam a sociedade contemporânea.
No entanto, a inserção dessa lei no contexto brasileiro não
é algo espontâneo. Pelo contrário, ela é resultante da atuação de
políticos e, principalmente, da pressão exercida por grupos de defesa
dos direitos dos negros. Ou seja, a Lei n° 10.639/03 é um produto da
união de forças vindas da sociedade brasileira como o Movimento
Negro, por exemplo, que ao longo da história do país apresentou
inúmeras reivindicações dos direitos dos negros no Brasil. (...)
Disponível em https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/18/22/histria-dafrica-e-cultura-afro-brasileira-desafios-e-possibilidades-no-contexto-escolar.
“...é a Lei n° 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de
História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo da
Educação Básica no país...”. Alguns adjetivos, que são
acompanhados de verbos de ligação, realizam determinados
tipos de concordância levando em consideração os termos
subsequentes, como pode ser visto no período destacado em
relação ao uso do termo “obrigatório”. Sabendo-se disso, assinale
a alternativa que apresenta a concordância correta para o adjetivo
“necessário” nas sentenças a seguir.