Questões de Concurso Sobre orações subordinadas substantivas: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas... em português

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Q582515 Português
TEXTO 1:

                                          Será que sou bobo?

                                                                                Walcyr Carrasco

      Ando perdido em uma selva de palavras. Existem termos destinados a dar a impressão de que algo não é exatamente o que é. Ou para botar verniz sobre uma atividade banal. Já estão, sim, incorporados no vocabulário. Servem para dar uma impressão enganosa. E também para ajudar as pessoas a parecer inteligentes e chiques porque parecem difíceis. Resolvi desvendar algumas dessas armadilhas verbais.

      Seminovo — Já não se fala em carro usado, mas em seminovo. Vendedores adorarn. O termo sugere que o carro não é tão velho assim, mesmo que se trate de uma Brasília sem motor. Ou que o câmbio saia na mão do comprador logo depois da primeira curva. E pura técnica de vendas. Vou guardá- lo para elogiar uma amiga que fez plástica. Talvez ela adore ouvir que está “seminova". Mas talvez...

      Sale — É a boa e velha liquidação. As lojas dos shoppings devem achar liquidação muito chula. Anunciam em inglês. Sale quer dizer que o estoque encalhou. A grife está liquidando, sim! Não se envergonhe de pedir mais descontos. Pode ser que não seja chique, mas aproveite.

      Loft — Quando o loft surgiu, nos Estados Unidos, era uma moradia instalada em antigos galpões industriais. Sempre enorme e sem paredes divisórias. Vejo anúncios de lofts a torto e a direito. A maioria corresponde a um antigo conjugado. Só não tem paredes, para lembrar seu similar americano. É preciso ser compreensivo. Qualquer um prefere dizer que está morando em um loft a dizer em uma quitinete de luxo.

      Cult — Não aguento mais ouvir falar que alguma porcaria é cult. O cult é o brega que ganhou status. O negócio é o seguinte: um bando de intelectuais adora assistir a filmes de terceira, programas de televisão populares e afins. Mas um intelectual não pode revelar que gosta de algo considerado brega. Então diz que é cult. Assim, se pode divertir com bobagens, como qualquer ser humano normal, sem deixar de parecer inteligente. Como conceito, próximo do cult está o trash. E o lixo elogiado. Trash é muito usado para filmes de terror. Um candidato a intelectual jamais confessa que não perde um episódio da série Sexta-Feira 13, por exemplo. Ergue o nariz e diz que é trash. Depois, agarra um saquinho de pipoca, senta na primeira fila e grita a cada vez que o Jason ergue o machado.

      Workshop — E uma espécie de curso intensivo. Existem os bons. Mas o termo se presta a muita empulhação. Pois, ao contrário dos cursos, no workshop ninguém tem a obrigação de aprender alguma coisa específica. Basta participar. Muitas vezes botam um sujeito famoso para dar palestras durante dois dias seguidos. Há alunos que chegam a roncar na sala. Depois fazem bonito dizendo que participaram de um workshop com fulano ou beltrano. A palavra é imponente, não é?

      Releitura — Ninguém, no meio artístico ou gastronômico, consegue sobreviver sem usar essa palavra. Está em moda. Fala-se em releitura de tudo: de músicas, de receitas, de livros. Em culinária, releitura serve para falar de alguém que achou uma receita antiga e lhe deu um toque pessoal. Críticos culinários e donos de restaurantes badalados adoram falar em cardápios com releitura disso e daquilo. Ora, um cozinheiro não bota seu tempero até na feijoada? Isso é releitura? Então minha avó fazia releitura e não sabia, coitada. O caso fica mais complicado em outras áreas. Fazer uma releitura de uma história não é disfarçar falta de ideia? Claro que existem casos e casos. Mas que releitura serve para disfarçar cópia e plágio, serve. Seria mais honesto dizer “adaptado de..." ou “inspirado em...", como faziam antes.

      Daria para escrever um livro inteiro a respeito. Fico arrepiado quando alguém vem com uma conversa abarrotada de termos como esses. Parece que vão me passar a perna. Ou a culpa é minha, e não sou capaz de entender a profundidade da conversa. Nessas horas, fico pensando: será que sou bobo? Ou tem gente esperta demais?

(CARRASCO, Walcyr. In: SILVA, Carmem Lucia da & SILVA, Nilson Joaquim da. (orgs.) Lições de Gramática para quem gosta de Literatura. São Paulo: Panda Books, 2007. p. 77-79.)
“Em culinária, releitura serve para falar de alguém que achou uma receita antiga e lhe deu um toque pessoal.". Marque A correta classificação da oração grifada é:
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Q582023 Português
Fiz-lhe sinal que se calasse. A oração destacada classifica-se como:
Alternativas
Q577170 Português

Para responder à questão, leia a letra de canção a seguir

                              Balada do Louco (Mutantes) 

Dizem que sou louco

por pensar assim

Se eu sou muito louco

por eu ser feliz

Mas louco é quem me diz

que não é feliz, não é feliz

Se eles são bonitos, sou Alain Delon

Se eles são famosos, sou Napoleão

Mas louco é quem me diz

que não é feliz, não é feliz

Eu juro que é melhor

Não ser o normal

Se eu posso pensar que Deus sou eu e Brrrrr... 

Se eles têm três carros, eu posso voar

Se eles rezam muito, eu já estou no céu

Mas louco é quem me diz

Que não é feliz, não é feliz

Eu juro que é melhor

Não ser o normal

Se eu posso pensar que Deus sou eu e Brrrrr...

Sim, sou muito louco, não vou me curar

Já não sou o único que encontrou a paz

Mas louco é quem me diz

E não é feliz

Eu sou feliz 

                                                                                (http://www.vagalume.com.br/)

A oração "que encontrou a paz", em destaque na última estrofe, pode ser classificada como:
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Q562535 Português

       No mundo inteiro, busca-se melhorar a segurança no trânsito com ações de engenharia, de fiscalização e de educação. Todas as experiências em educação de crianças e de adolescentes objetivam _________ como pedestres e ciclistas, bem como contribuir para a formação de cidadãos que respeitem a legislação e que não se envolvam em acidentes de trânsito. Espera-se que as lições aprendidas na escola perdurem até que esses jovens cresçam e tornem-se motoristas.

       Exceto por pouquíssimos programas educativos que adotam a cidadania como referência para desenvolver a consciência crítica sobre direitos e deveres no trânsito, quase todas as práticas educativas existentes no Brasil e no Exterior abordam o tema sob o ponto de vista informativo. Partem da premissa de que os alunos precisam conhecer comportamentos seguros para atravessar as vias (treinamento de habilidades psicomotoras).

       Essa prática reflete a visão de que o homem precisa adaptar-se ao automóvel, e os acidentes não são entendidos como consequência de um modo de vida que cultua o individualismo e a competição. A grande maioria das ações educativas atuais, portanto, colabora para a dominação da máquina sobre o homem. Se aos alunos não for permitido refletir criticamente sobre o trânsito, sobre as consequências da liberdade do automóvel no sistema viário, e se eles não puderem vivenciar os valores éticos, as ações educativas não estarão contribuindo para a formação de cidadãos nem de motoristas que respeitem as regras por ____________ como condição fundamental para a vida em sociedade.

       (…)

                                                                                                   http://www.sinaldetransito.com.br - adaptado

Assinalar a alternativa em que a palavra “se” NÃO inicia uma oração substantiva:
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Q516362 Português
                                                    Começo de Conversa

1º Só quem é ou foi automóvel pode imaginar o meu desespero, depois daquela batida frontal e do ajuntamento de povo ao meu redor.
2º – Todo mundo foi pro beleléu!
3º – Não escapou ninguém! – disse outra voz.
4º – Morreu muita gente? – perguntou uma voz feminina.
5º – Havia só duas pessoas no carro.
6º Gente corria, gente gritava, carros paravam, guardas apitavam.
7º – Será que a mocinha escapou? – indagou uma voz comovida.
8º – Está se mexendo. Acho que foi só o choque.
9º – Sei lá. Está desacordada. Se escapou, foi milagre.
10º Alguém chegou e reconheceu o motorista.
11º – É o Genésio, aquele doido!
12º Que era doido eu sabia. Nunca respeitava os sinais, guiava sempre em alta velocidade, parecia estar sempre numa pista de corrida, como ............. desse a menor importância ___ vida alheia. Que ele desafiasse a morte ___ todo momento, o problema era dele. Todo mundo pode ser burro ___ vontade. É direito de quem nasceu não para viver em garagem, mas em estrebaria. Mas ninguém tem o direito de jogar com a vida alheia, cortando fininhos, apavorando os pedestres, tendo gosto em ver o pavor da gente ___ fugir. E muito menos de ...................... um carro como ele fazia. Genésio nunca se preocupou comigo. Era incapaz de supor que eu também era gente. Não lhe passava pela cabeça que havia dois ou três meses que eu vivia de coração aos saltos (Fusca tem coração, tem alma, sentimento...).
13º O mais triste, porém, daquele montão de ferros retorcidos em que eu fora transformado pela estupidez do meu senhor, é que toda gente só pensava nas vítimas humanas: em Genésio e Cidinha.
14º – Será que eles escapam?
15º Em mim ninguém pensava. Não ouvi uma palavra de simpatia. Ninguém parecia ter pena de mim. Nem mesmo os outros carros. Eu olhava agoniado para os colegas. Passou um Fusca novinho que, nem por ser parente, mostrou a menor curiosidade. Passavam carros e mais carros buzinando para abrir caminho. Nem ................. me olhavam. Todo mundo parecia achar natural que eu me esborrachasse daquele modo contra um poste estúpido, que aliás não tinha culpa nenhuma no desastre – e que aguentou como um herói o duro choque.
16º Aliás, se não fosse aquele poste, se ele não tivesse resistido como um bravo ao nosso impacto (íamos a mais de 120!), teríamos apanhado três crianças que brincavam na calçada. E imaginem só o remorso do papai, com aquele peso na consciência... Morrer é duro. Acabar no ferro velho é o mais triste fim de um automóvel, seja Impala, Opala ou Fusca. Eu tenho conversado com muito carro, nesta minha vida atribulada. Fui amigo (e sou) de muito carro de classe, de muito VW, de muito ônibus, até de muito caminhão. Eu sei o que eles pensam, o terror que sentem quando veem povo pela frente, criança ou grandalhão, facilitando. Sei de muita conversa em escuro de garagem, lembrando as agonias do trânsito. E sei como alguns sofrem, recordando o mal que involuntariamente praticaram, às vezes por imprudência dos pedestres, muitas vezes pela inconsciência dos motoristas.
17º Enquanto nós dependermos do homem (ou da mulher) para cumprir a nossa missão no trânsito, não haverá carro feliz neste mundo.

                  LESSA, Orígenes. Memórias de um Fusca. 6 ed. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1972, p. 13-16.

Assinale a alternativa em que a oração destacada é subordinada substantiva objetiva direta:
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Q508652 Português
                                    Ruivos, uni-vos

            Vítimas de bullying, “cabeças de cenoura” dão a volta por cima.

                                                                                                                        por Marcela Donini

            Duas senhoras morenas flanavam nas imediações da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, numa tarde ensolarada de sábado, quando se depararam com a cena inusitada: um grupo de ruivos sob a sombra de uma árvore. Se já não é usual encontrar um único ruivo pelas ruas da cidade, mais de vinte deles juntos é uma raridade. Intrigadas, perguntaram com ironia se aquilo era alguma manifestação de classe. Obtiveram como resposta que, sim, estava em curso naquele lugar o 2º Encontro de Ruivos da capital gaúcha. [...]
            O encontro de Porto Alegre podia chamar a atenção dos incautos, mas não era exatamente uma novidade. Desde 2005, a cidade de Breda, na Holanda, reúne milhares de ruivos todos os anos, no primeiro fim de semana de setembro, batizado de Roodharigendag (Dia dos Ruivos). [...]
            Os ruivos de Porto Alegre não estavam, pois, sozinhos. Faziam parte de uma pequena legião, cada vez mais organizada. Alguns se divertiam com o livro Redheads, do fotógrafo Uwe Dietz, uma coletânea de retratos repletos de peles branquinhas, olhos claros, rostos sardentos e cabeleiras que variam entre alaranjadas e avermelhadas. [...]
            Num mundo dominado por opressivas cabeleiras pretas, castanhas e loiras, em quase todo lugar não há infância tranquila para quem nasce com o cabelo cor de fogo. Tocha humana, água de salsicha, cabeça de fósforo, crush, lagosta, ferrugem, fofão, foguinho - eis alguns apelidos de que costumam ser vítimas quando crianças. “Na época isso nem se chamava bullying, mas era exatamente o que faziam conosco, os cavalos de fogo, os cabeças de cenoura”, relembrou uma enfermeira que compareceu ao encontro ao lado da irmã gêmea. Um dos rapazes presentes jurou ter catalogado mais de sessenta alcunhas recebidas na infância - mas tratou de esquecê-las após a puberdade.
            Na Idade Média, crianças ruivas eram vistas como fruto do sexo proibido e tinham parte com o diabo. A Inquisição perseguiu as mulheres ruivas, condenando-as, quando pôde, à fogueira. A julgar pelo prefácio do livro de Uwe Dietz que os gaúchos consumiam, seria tudo culpa de Judas Iscariotes, frequentemente retratado como ruivo. Contraexemplos não faltam: Cristóvão Colombo, Galileu Galilei, Van Gogh e muitos outros.

                                                            (http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-65/esquina/ruivos-uni-vos, texto adaptado)
                                                             Obs: O texto apresenta um título e um subtítulo: “Ruivos, uni-vos” e “Vítimas de bullying,
                                                                                                                                     “cabeças de cenoura” dão a volta por cima.


A oração “não é usual encontrar um único ruivo pelas ruas da cidade” é
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Q477246 Português
        Muitos países vivem da venda de matérias-primas, petróleo, minério, recursos não renováveis que, com o tempo, diminuirão e, eventualmente, desaparecerão. E, depois, o que esses países farão? Para ter outra fonte de receita, essas nações devem tentar desenvolver novos setores da economia e fabricar produtos tecnológicos que consigam vender – podem até ser produtos agrícolas, mas que exijam uso da tecnologia. Os países que fizerem isso encontrarão formas de dar um bom padrão de vida a todas as pessoas. Acredito que o empreendedorismo tecnológico é o caminho para manter a paz no mundo, porque as pessoas que trabalham duro paraganhar mais não querem desperdiçar isso numa guerra. Os países que não fizerem isso não prosperarão. Eles correm o risco de ver a qualidade de vida cair. Muitos desses países, em algum momento, começarão a desmoronar, e milhões de pessoas começarão a emigrar para as nações mais ricas. Comolidar com essa visão melancólica do futuro? Podemos resolver isso ao incentivar e ensinar o empreendedorismo tecnológico . Para que os cidadãos numa nação dediquem sua capacidade intelectual a projetar, fabricar e vender produtos inovadores, é necessário que o país crie condições certas. Entre elas, encorajara formação de engenheiros e cientistas, e encorajá-los a empreender.

                                                                                  Dan Shechtman. Revista Época, 23 jul. 2012, p. 77

Com relação as orações em destaque nas transcrições abaixo,

I. “[...] recursos não renováveis que, com o tempo, diminuirão[...]"
II. “[...] e fabricar produtos tecnológicos que consigam vender[...]"
III. “Os países que fizerem isso encontrarão formas [...]"
IV. “Acredito que o empreendedorismo tecnológico é o caminho[...]"
V. “[...] porque as pessoas que trabalham duro para ganhar mais[...]

é correto dizer:
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Q463395 Português
BILHÕES EMBAIXO D’ÁGUA NO FUNDO DO LAGO DE TUCURUÍ

[...] Construído a toque de caixa pelo regime militar, o lago da usina de Tucuruí, no Pará, inundou uma área de 2000 km2 sem que dela se retirasse a floresta. A decomposição orgânica elevou os níveis de emissão de gases a ponto de fazer da represa, nos anos 90, a maior emissora de poluentes do Brasil. Estima-se em mais de 2 bilhões de reais o valor da madeira de lei ainda submersa em Tucuruí. Como não tem contato com o ar, a parte submersa dessas árvores não apodrece. [...]

A primeira oração deste período: ”Como não tem contato com o ar, a parte submersa dessas árvores não apodrece. [...]” exprime
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Q444565 Português
Cair do cavalo

Todo mundo um dia cai do cavalo, alguns literalmente inclusive. Cair do cavalo é perder o equilíbrio e o movimento ao mesmo tempo. É bater com toda a força no chão e em seguida ficar prostrado, incapaz de planejar o próximo movimento. Cair do cavalo dói não apenas pelo impacto em si, mas porque nos arranca do conforto da rotina. Paranoicos, hipocondríacos, precavidos, todo mundo cai do cavalo do mesmo jeito, ou seja, sem aviso prévio. E ninguém consegue evitar a perplexidade e a indignação ao verificar, na própria pele, um dos fatos mais banais da existência: coisas dão errado.

De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. Alguns naufragam na autopiedade, outros veem suas forças exauridas pelo próprio esforço de enfrentar a tormenta. Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: sofri, mas aprendi. (Foi o caso, por exemplo, de Reynaldo Gianecchini, que em todas as entrevistas depois do fim do tratamento do câncer fez questão de falar sobre o lado transcendente da doença.) Há aqueles, porém, em que o sofrimento apenas acentua traços de personalidade que já existiam: o egoísta torna-se intratável, o tímido recolhe-se ainda mais, o extrovertido abusa da grandiloquência. (Lula, na primeira grande entrevista depois do fim do tratamento, falou da doença com a mesma ênfase barroca que usa para florear todos os assuntos, da economia internacional às derrotas do Corinthians: “Se eu perdesse a voz, estaria morto” ou “Estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim”.)

O ensaísta francês Michel de Montaigne (1533-1592) também caiu do cavalo - concreta e metaforicamente - e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois. A tese é apresentada na deliciosa biografia do filósofo lançada há pouco no Brasil: Como Viver - Uma biografia em uma pergunta e vinte tentativas de respostas, da escritora inglesa Sarah Bakewell. O acidente quase fatal, sustenta a autora, ajudou Montaigne a desencanar das preocupações com o futuro e prestar mais atenção no presente e nele mesmo. Seus magníficos Ensaios, escritos nos 20 anos seguintes ao acidente, nada mais são do que a tentativa de ficar alerta às próprias sensações e experiências e buscar a paz de espírito - o “como viver” do título.

Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos, e nossa atenção tem que estar o tempo todo sendo reorientada para onde ela deveria estar: aqui e agora. Cair do cavalo pode ser inevitável, mas prestar atenção na paisagem é o que faz o passeio valer a pena.

LAITANO, Claudia. In: Zero Hora, Porto Alegre, 7 de abril de 2012, p. 2

Considere as afirmativas abaixo.

I) No período De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. há uma oração que está na função de complemento nominal.

II) No segmento Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos há uma oração que está na função de adjunto adverbial de tempo.

III) No segmento e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois a última oração tem como termo antecedente um pronome demonstrativo.

IV) No segmento Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: há três orações reduzidas, e duas delas exemplificam uma situação de paralelismo sintático.
Alternativas
Q424049 Português
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a separação entre as orações subordinadas e a principal do trecho A empresa afirma que mais de 80 milhões de aplicativos que foram baixados carregam uma forma de anúncios invasivos (l. 12-14).
Alternativas
Q423797 Português
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a separação entre as orações subordinadas e a principal do trecho Seus antagonistas dizem que ele se promoveu em cima dos crimes que cometeu (l.37-38).
Alternativas
Q366947 Português
Dentre os períodos extraídos do Texto 1, observa-se a presença de uma oração subordinada substantiva completiva nominal em:
Alternativas
Q356270 Português
Leia o texto abaixo:

“Todos os participantes já estavam cientes de que a aventura pela mata seria longa e cansativa, mesmo assim o guia insistiu em que, antes da partida, eles se alimentassem bem. No início da caminhada, ele relembrou a todos de que o retorno seria à noite, ressaltando de que a união era fundamental para a segurança do grupo."

Assinale a alternativa CORRETA a respeito da palavra em negrito no texto:
Alternativas
Ano: 2012 Banca: IFC Órgão: IFC-SC Prova: IFC - 2012 - IFC - Assistente Administrativo |
Q352663 Português
Assinale a opção onde a frase em destaque está classificada de forma correta:
Os pais gostam de que os ajudemos na manutenção dos jardins
Alternativas
Q333455 Português

Texto II
            Até que o beneficiário do plano complete 18 anos, os pais, como responsáveis pelos aportes, têm liberdade para interromper as contribuições e realizar saques. Mas essas medidas vão distanciá-los do objetivo inicial.
           “É importante que o compromisso seja mantido. Certa vez um cliente nos disse que resgatar o valor investido seria o mesmo que assaltar o cofrinho do filho”, lembra João Batista Mendes  Angelo, da Brasilprev.
                                                                                            (Veja, 9 de maio 2012. Com adaptações)

O período “É importante que o compromisso seja mantido.” é composto por
Alternativas
Q316745 Português
Texto para as questões 1 a 10

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Mas, como é altamente improvável que a mudança resulte na correspondente redução dos preços nas gôndolas, os supermercados acabam se dando bem porque, numa canetada, eliminam um custo e ganham uma nova fonte de receita, posando ainda de campeões da ecologia. (L.14-19)

Com base na estrutura sintática do período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. O período apresenta uma oração reduzida.

II. Há somente uma oração subordinada adverbial causai.

III. Há uma oração subordinada substantiva subjetiva.

Assinale

Alternativas
Q283790 Português
“sequer pediu que lhe fosse mostrada e explicada a planta dos apartamentos”. Nesse trecho, a palavra “que” é conjunção integrante, pois inicia uma oração substantiva. A mesma classificação ocorre em:
Alternativas
Q279372 Português

                             

Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o  item  subsecutivo.

A oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” (L.10-11) exerce a função de complemento direto da forma verbal “esperava” (L.10).

Alternativas
Q273592 Português
Imagem 004.jpg

No fragmento acima, as orações de identificar e se existe uma tendência são, respectivamente,

Alternativas
Q270823 Português
Chaplin e Camões na chuva

Eduardo Escorel

1.° Meia hora de chuva moderada foi suficiente para alagar a rua Luís de Camões, no centro do Rio. Para ir a pé até lá, saindo da Rua da Assembleia, foi preciso atravessar a Avenida Rio Branco, seguir pela rua da Carioca, dobrar na Ramalho Ortigão, contornar a igreja São Francisco de Paula, passar em frente ao Real Gabinete Português de Leitura, cruzar a avenida Passos e chegar ao nº 68, sede do Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, instalado em um edifício neoclássico, onde foi aberta em 6 de março a exposição Chaplin e sua imagem. 
2.° No caminho, além do aguaceiro, pessoas vindo em sentido contrário, ou seguindo na mesma direção, mas andando devagar – muitas com dificuldade de seguir em linha reta, tornaram o percurso ainda mais difícil. Isso sem falar das barracas dos ambulantes ocupando a maior parte das calçadas, e dos vendedores apregoando guarda-chuvas chineses por dez reais. 
3.° Não ficar encharcado de todo, nem molhar demais os pés, requereu paciência – uma parada de meia-hora na entrada de uma farmácia no Largo de São Francisco – e perícia, buscando proteção debaixo de um pequeno guarda-chuva em decomposição. E na chegada, antes de poder subir os degraus de entrada do Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, foi necessário atravessar a estreita e alagada Luís de Camões na ponta dos pés. 
4.° Logo na entrada, a falta de sinalização levou a perguntar por onde seguir a uma guarda desabada numa cadeira. Em tom incompreensível à primeira escuta, ela indicou com má vontade, e certo ar de desprezo pela desorientação do visitante, a porta em frente como a de acesso à exposição e fez a caridade de informar que ocupa salas do primeiro e segundo andar. 
5.° Uma primeira suposição provou ser infundada – não há interdição para entrar com guarda-chuva e pasta molhados, circunstância inédita em locais do gênero mundo afora. Outra, ainda menos auspiciosa, também caiu por terra. Ao contrário do que imaginara durante a travessia aquática do centro da cidade, havia algumas pessoas vendo a exposição, por volta de meio-dia, nas amplas salas, na pequena rua fora de mão, numa sexta-feira chuvosa. 
6.° Não eram muitas, mas pareciam interessadas, dando impressão de estarem vendo pela primeira vez painéis fotográficos e trechos de filmes de Chaplin projetados em monitores. 
7.° A modesta exposição não passa disso – uma série de painéis e alguns trechos de filmes exibidos em monitores –, sendo surpreendente que instituições tão respeitáveis, como a Cinemateca de Bologna, por exemplo, difundam pelo mundo mostra tão pobre, muito aquém, por exemplo, do que é possível ver nas duas horas e meia do documentário O Chaplin que Ninguém Viu (Unknown Chaplin), de 1983, realizado por Kevin Brownlow e David Gill para ser exibido na televisão, e disponível em DVD desde 2005. Como introdução a Chaplin, mais valeria promover em praça pública sessões gratuitas desse documentário. 
8.° O Chaplin que Ninguém Viu inclui imagens da coleção particular de Chaplin e demonstra seu perfeccionismo através das filmagens dos exaustivos ensaios para chegar à gag perfeita, e das várias tomadas feitas de uma mesma cena até obter a encenação mais eficaz. Nessa época, o custo de produção e do filme virgem ainda não haviam tornado proibitivo descobrir filmando o que se queria fazer. 
9.° Percorrida a exposição, com decepção crescente a cada sala, eis que uma risada distante se fez ouvir, parecendo vir do primeiro andar. Voltando sobre os próprios passos, descendo a sinuosa escadaria monumental com corrimão de madeira envernizada, numa das primeiras salas, lá estava a origem do riso: um rapaz de fones nos ouvidos, postado diante de um monitor, divertindo-se à grande
10.° O motivo da alegria era a sequência da luta de boxe de Luzes da cidade (1931). Disponível no Youtube, é possível comprovar a perenidade do humor chapliniano, sem correr o risco de se molhar. 
11.° A exposição Chaplin e sua imagem estará aberta, até 29 de abril, no Centro Municipal de Arte Helio Oiticica. Para quem não tiver acesso ao Youtube ou não puder ver O Chaplin que Ninguém Viu, pode valer a pena. As risadas do rapaz comprovam que ressalvas feitas à exposição talvez não façam sentido. 
12.° Evitem apenas dias de chuva para não ficarem com os pés encharcados. 

  Revista Piauí, edição 66.

Em “...é possível comprovar a perenidade do humor chapliniano.", a oração destacada funciona como
Alternativas
Respostas
1061: B
1062: B
1063: E
1064: A
1065: A
1066: C
1067: E
1068: C
1069: D
1070: D
1071: D
1072: B
1073: C
1074: E
1075: E
1076: A
1077: B
1078: E
1079: B
1080: B