Questões de História - História do Brasil para Concurso

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Q2465592 História
Avancemos um pouco mais no tempo e tomemos como objeto a produção dos historiadores relativa ao que se convencionou chamar de transição política rumo a um regime democrático no país. Como é costume acontecer, há várias propostas que buscam situar no tempo esse processo. Para alguns, a transição política deu-se na passagem da ditadura militar para um regime civil, ou seja, mais ou menos entre 1974 e 1985 – quando José Sarney tomou posse. Para outros, estes mais preocupados com a institucionalidade e a clássica questão da legitimidade, sugerem que a transição se completa com a promulgação da constituição de 1988 e a eleição pelo voto popular do Presidente da república, no caso, Fernando Collor. Por fim, há os que colocam em xeque tanto o modus operandi da transição, como o processo de institucionalização democrática, considerando o regime civil, daí resultando em uma experiência política marcadamente conservadora e limitada, e, portanto, distante do que se poderia chamar de democracia. (FREIRE, Américo. Democracia brasileira em foco: historiografia, atores e proposições. Salvador: Saga, 2019. p. 14).
Apesar de existir diferenças na produção historiográfica sobre o período pós-ditadura, é possível identificar algumas proximidades entre elas. Para analisar o elemento comum dessa produção devemos considerar
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Q2465587 História
A Folha de São Paulo, ao publicar o editorial da “ditabranda” passa de apoiador do golpe e da Operação Bandeirantes; passando por arauto das democracias nos anos 1980, até propor, vinte anos depois, que se esqueça da existência de uma ditadura no Brasil. Não é propriamente um esquecimento, mas um ocultamento, uma reinterpretação histórica.” Os jornais registram a História, são fontes essenciais para os historiadores. O que quero ressaltar é seu papel de formador moral e intelectual ao construir uma memória que interessa à sua história, que busca que se torne real a todos. (SILVA, Carla Luciana. Imprensa e construção social da “ditabranda. In: MELO, Demian Bezerra (org). A miséria da historiografia: uma crítica ao revisionismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Consequência, 2014, p. 196)

Um professor de História seleciona o trecho acima para planejar uma aula sobre os significados do regime civil-militar. Nesse sentido o documento acima é adequado, pois é representativo de 
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Q2465584 História
Nas primeiras décadas do século XX, as organizações médicas foram as responsáveis pela difusão de teorias em relação à deficiência mental. Em 1913, Basílio de Magalhães escreve Tratamento e educação das crianças anormais de inteligência: contribuição para o estudo desse complexo problema científico e social, cuja solução recentemente reclamam a bem da infância e das gerações porvindouras – os mais elevados interesses materiais, intelectuais e morais, da Pátria Brasileira, em que associava a degeneração mental à tuberculose, ao alcoolismo e à hereditariedade. Por sua vez, Ulysses Pernambuco, em 1918, publicava a obra Classificação das crianças anormais: a parada do desenvolvimento intelectual e suas formas; a instabilidade e a astenia mental, onde reforçava a tese da relação da deficiência mental como indicativo da degenerescência social. Sem contar a defesa da eugenia pelo doutor Renato Kehl. Participando em suas organizações profissionais, os médicos buscavam influenciar o poder público na elaboração de legislações sociais. Durante a República Velha, a questão social era abordada a partir do viés médico. Não por acaso, a educação foi atingida por esta abordagem, e a pedagogia acabou por ser influenciada por saberes da medicina. (Adaptado de JANNUZZI, Gilberto de Martino. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas, SP: Autores Associados, 2012. p. 27-37).
A partir da leitura do texto, podemos dizer que a educação na República Velha foi marcada por concepções 
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Q2465577 História
Embora os historiadores tenham assinalado as preocupações da Igreja católica de catequização dos negros no Brasil, não há registros de uma ação educativa que os iniciasse na árdua tarefa da leitura dos evangelhos. A palavra escrita lhes era inacessível. Como eram então doutrinados? No catolicismo imposto às classes populares “a figura do Cristo Revelado no Novo Testamento é praticamente desconhecida “. São os “santos” que estão na base do catolicismo popular. Assim, a catequese dos africanos no Brasil não se fez acompanhar de um processo que pressupusesse, antes de mais nada, a aquisição da leitura. Na realidade, não se buscava decifrar no Novo testamento as mensagens do Cristo Revelado; o catolicismo dos negros, no período colonial, foi estruturado a partir de suas devoções aos santos e à Virgem Maria. O que de fato eram as irmandades? Que função preenchiam na vida colonial? (GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira. Negros e Educação no Brasil. In: LOPES, Eliane Marta Teixeira; FARIA FILHO, Luciano Mendes; VEIGA, Cynthia Greive. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2011)
Para responder as questões propostas pelo autor, cumpre analisar que as irmandades foram 
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Q2465569 História
[...] quase todos [os meninos índios] vêm duas vezes por dia à escola, sobretudo de manhã; pois de tarde todos se dão `caças ou à pesca para se darem sustento; se não trabalham não comem. Mas o principal cuidado que temos deles está em declararmos os rudimentos da fé, sem descuidar o ensino das letras; estimam-no tanto que, se não fosse esta atração, talvez não os pudéssemos levar a mais nada [...] Se acaso alguns deles, pouco que seja, se dá, ou pelo jeito do corpo ou pelas palavras ou de qualquer outro modo, a alguma coisa que tenha ressaibo de costumes gentios, imediatamente os outros o acusam e riem dele. (ANCHIETA, José de. Doutrina Cristã, p. 210. In: DAHER, Andrea. Oralidade perdida: ensaios de história das práticas letradas. RJ: Civilização Brasileira, 2012. p. 59)
A contrarreforma teve um impacto direto na atuação da Igreja Católica nas colônias, e a Companhia de Jesus foi a protagonista da expansão do catolicismo. Na América portuguesa, os escritos de José de Anchieta são relatos importantes para a investigação das relações entre portugueses e os povos originários, bem como as relações entre os próprios indígenas nos espaços cristianizados. Nesse sentido, podemos dizer que o relato de Anchieta nos oferece a possibilidade de explorar o seguinte tema: 
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Respostas
11: C
12: A
13: C
14: B
15: B