Questões Militares de Português - Gêneros Textuais

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Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: CBM-BA Prova: FCC - 2023 - CBM-BA - Soldado |
Q2155278 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão.


Medo da eternidade


(LISPECTOR, Clarice. Jornal do Brasil, 06 de jun. de 1970)

Quanto ao gênero, o texto de Clarice Lispector é
Alternativas
Q2130636 Português
O pavão

Rubem Braga

        Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
       
      Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com um mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.         

     Considerei, por fim, que assim é o amor, oh minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz do teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.

(Crônicas Escolhidas

Avalie as informações abaixo acerca do texto. 


I- O texto tem como objetivo desconstruir o conceito já estabelecido sobre a pigmentação das penas do pavão.

II- As metáforas construídas para o pavão encaminham o texto para as conclusões pessoais do autor sobre o sentimento amoroso.

III- O emprego da linguagem figurada, no primeiro parágrafo, objetiva reforçar a necessidade de se exaltar a simplicidade e a criatividade do grande artista.

IV- O uso das expressões “máximo de matizes” e “mínimas bolhas” coloca em evidência o contraste entre a pequenez de quem ama e a grandiosidade da pessoa amada.


Está correto o que se afirma em 

Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Cadete |
Q2101219 Português
O poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, retoma a famosa “Canção do exílio” de Gonçalves Dias.

 Nova canção do exílio
A Josué Montello Um sabiá na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O céu cintila sobre flores úmidas. Vozes na mata, e o maior amor. Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe.
Onde é tudo belo e fantástico, só, na noite, seria feliz (Um sabiá, na palmeira, longe). Ainda um grito de vida e voltar para onde é tudo belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe.

Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 145-146. 

É CORRETO afirmar que Carlos Drummond de Andrade retoma o conhecido texto de Gonçalves Dias pelo viés da:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Cadete |
Q2101177 Português
Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


ANÚNCIO DE JOÃO ALVES

      Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

   À procura de uma besta – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escuro com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de 4 a 6 centímetros, produzido por um jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

   Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. João Alves Júnior.

   Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado, e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. 


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio,1978. p.82-4. 
Sobre o texto e sua composição, analise as afirmativas a seguir:

I- Em relação à situação de uso e à variação linguística empregada no texto do anúncio, o cronista enaltece a linguagem apurada do anúncio como propriedade da amostra que serve de exemplo a ser seguido por outros anunciantes.
II- A construção desse texto evidencia que, nele, predomina a função metalinguística da linguagem porque o locutor se expressa por meio de uma língua que é objeto acerca do qual ele trata.
III- O ponto e vírgula no trecho “Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável [...]” foi empregado para separar, no período, orações de mesma natureza.
IV- Em relação ao gênero, esse texto é uma crônica elaborada a partir de um anúncio, analisado pelo narrador que expressa sua avaliação crítica ao comparar esse anúncio antigo com os de sua época sobre tema semelhante.

Estão CORRETAS as afirmativas: 
Alternativas
Q2045406 Português
TEXTO I 

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Analise o foco narrativo dos textos I e II e marque a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
16: B
17: A
18: B
19: D
20: E