Questões Militares de Português - Coesão e coerência
Foram encontradas 696 questões
Ano: 2022
Banca:
INSTITUTO AOCP
Órgão:
PM-ES
Prova:
INSTITUTO AOCP - 2022 - PM-ES - Soldado Combatente (QPMP-C) |
Q2046366
Português
Texto associado
CLÍNICA VIRTUAL
Empresas brasileiras criam serviços para melhorar o
trabalho dos médicos
Thiago Tanji – 18 SET 2015
Um consultório médico de porte médio, com
até dez profissionais, conta com aproximadamente 20
mil cadastros de pacientes, que geram pilhas de
prontuários acumuladas em caixas de papelão. Para
resolver essa questão física e transformar toda essa
quantidade de dados em informações úteis para o
diagnóstico, o publicitário Tiago Delgado criou em
2012 o Medicina Direta, plataforma para criação de
sites médicos, prontuários eletrônicos e prescrições
digitais de receitas. “Com um banco de dados digital e
melhor qualidade de processamento, o corpo clínico
consegue transformar dados em informações que
podem ajudar no tratamento e beneficiar os
pacientes”, afirma Delgado. Com mais de 500
clientes, a empresa também desenvolveu um
aplicativo para iOS e pretende lançar um serviço para
que o médico analise os exames dos pacientes
diretamente na plataforma.
Outro serviço voltado para a comunidade
médica foi desenvolvido em 2012 por três colegas
que se formaram em medicina na Universidade
Federal Fluminense (UFF). Batizada de PEBmed, a
startup já criou 20 aplicativos que têm conteúdo
direcionado a diferentes práticas de medicina, como
guias de anatomia humana e de medicamentos. Até
agora, mais de 325 mil downloads foram realizados
para iOS e Android. “Os médicos vão para os
plantões com um caderno de anotações, mas
queremos que eles tenham informações precisas”, diz
Bruno Lagoeiro, um dos sócios da empresa. “O
profissional terá segurança na hora de checar uma
dose de medicamento ou verificar um tratamento
novo”.
Disponível em:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html.
Acesso em: 10 jun. 2022.
Sobre os mecanismos de coesão empregados no
texto, assinale a alternativa correta.
Ano: 2022
Banca:
INSTITUTO AOCP
Órgão:
PM-ES
Prova:
INSTITUTO AOCP - 2022 - PM-ES - Soldado Combatente (QPMP-C) |
Q2046351
Português
Texto associado
COMO O DOUTOR GOOGLE ESTÁ CRIANDO UMA
LEGIÃO DE CIBERCONDRÍACOS
Thiago Tanji – 18 SET 2015
“Sintomas”, “dor de cabeça”, “sonolência”,
“estou com sorte”. Uma busca despretensiosa usando
essas palavras-chave leva a um endereço que indica
os sinais e sintomas de um tumor cerebral.
Definitivamente, não era um dia de sorte. Mas é
possível encontrar outros diagnósticos virtuais para
essa busca, como anemia, distúrbios do sono,
meningite e virose, é claro. Já escolheu a doença que
mais se encaixa no seu caso? Provavelmente, você
decidirá pela pior dessa lista. “Depois de checar os
sintomas no Google, a maior parte das pessoas tende
a associar sua situação a doenças sérias e raras”, diz
Dengfeng Yan, professor do departamento de
marketing da Universidade do Texas em San Antonio,
Estados Unidos. É verdade que o dr. Google é prático
e pode ajudar em alguns casos, mas seu curso de
medicina é baseado em algoritmos que podem te
transformar em um cibercondríaco (é sério, essa
palavra já é utilizada por cientistas).
Em 2012, quando era pesquisador na
Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong,
na China, Yan realizou um trabalho para estudar as
escolhas irracionais de consumidores com base na
ideia de que as pessoas tendem a superestimar seus
problemas de saúde. Em uma entrevista, ele
perguntava a um grupo sobre a possibilidade de
contrair doenças como gripe aviária, câncer de mama
e AIDS. “As pessoas costumam ignorar a chance real
de ocorrências de uma doença e acabam confiando
demais apenas nos sintomas que estão sentindo”,
afirma. O problema é que, ao buscar os sintomas pela
internet, nosso medo de contrair doenças graves é
potencializado, já que essas enfermidades rendem
um maior número de discussões e tendem a aparecer
com maior frequência no resultado das buscas. “As
informações mostradas no Google não são uma
representação da realidade, já que a maior parte das
pessoas não costuma discutir a ocorrência de
doenças normais”, diz Yan.
De acordo com um relatório do Google, uma
em cada 20 pesquisas do serviço de buscas está
relacionada a questões ligadas à saúde. Mas o
problema é que quantidade não representa qualidade.
“Há um conteúdo muito bom que é cuidadosamente
checado e publicado por especialistas. No entanto,
também há um conteúdo extremamente pobre, com
informações incorretas”, afirma Guido Zuccon,
pesquisador de sistemas de informação da
Universidade de Tecnologia de Queensland, na
Austrália. “Também observamos que há conteúdo de
alta qualidade, como pesquisas divulgadas pela
comunidade médica, mas que os usuários em geral
têm muita dificuldade de entender”. Em março deste
ano, a equipe do pesquisador conduziu um estudo
para avaliar a qualidade das informações médicas
disponíveis nas buscas do Google, a partir da
experiência de um grupo de entrevistados. No
relatório, Zuccon indica que as ferramentas virtuais
melhoraram sua engenharia de busca nos últimos
anos, mas a pesquisa por termos abrangentes –
como os sintomas descritos no início da matéria –
ainda não consegue retornar resultados satisfatórios
para os usuários.
Adaptado de:
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2015/09/como-odoutor-google-esta-criando-uma-legiao-de-cibercondriacos.html.
Acesso em: 10 jun. 2022.
Sobre o excerto “Depois de checar os sintomas
no Google, a maior parte das pessoas tende a
associar sua situação a doenças sérias e raras”,
assinale a alternativa correta.
Ano: 2010
Banca:
FADESP
Órgão:
PM-PA
Prova:
FADESP - 2010 - PM-PA - 2° Tenente - Médico Neurologia |
Q2046158
Português
Texto associado
Um país diante da barbárie
Marcelo O. Dantas
Em sua formulação clássica, o grego Aristóteles define “virtude” como a
capacidade de adotar posturas equilibradas diante de opções extremas e
radicalmente opostas. Longe de constituir mero expediente conciliador, este meio
termo requer do homem virtuoso lucidez e fibra, do contrário será incapaz de
sobrepor-se às forças dilacerantes da desrazão. Confrontado com a crise da
violência, nosso país ignora a lição e vai-se dividindo entre os que defendem o
recrudescimento das medidas repressivas e os que advogam a ampliação das
políticas sociais. Semelhante impasse, além de improdutivo, baseia-se numa falsa
antinomia. O combate ao crime e a promoção do bem-estar, quando
implementados de forma correta, são estratégias que se complementam e se
legitimam.
As políticas sociais – entendidas em seu aspecto mais amplo – atuam no
campo da profilaxia, oferecendo opções de vida ao cidadão adulto e ao jovem que
se forma. O sistema penal, por sua vez, visa dissuadir o indivíduo a cometer
crimes, ao mesmo tempo em que regula a punição dos infratores.
Desacompanhado de políticas sociais, semelhante sistema torna-se facilmente
instrumento de tirania e de perpetuação da desigualdade. Em contrapartida,
quando aplicadas em um ambiente de permissividade criminal e falência da
justiça, as políticas sociais perdem por completo sua capacidade de prevenir o
aumento da violência. Nos últimos anos, o Brasil avançou imensamente na área
social, e nem por isso a crise da segurança arrefeceu. Faltou à equação o poder
dissuasivo da lei.
http://nominimo.ig.com.br/notitia/servlet/newstorm.notitia.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=15&text
Code=25468&date=currentDate&contentType=html
[com adaptações]
O enunciado que, sem perturbar a coerência do texto, poderia dar continuidade à oração “Faltou à
equação o poder dissuasivo da lei” é
Ano: 2022
Banca:
INSTITUTO AOCP
Órgão:
PM-ES
Prova:
INSTITUTO AOCP - 2022 - PM-ES - Soldado Músico (QPMP-M) |
Q2045790
Português
Texto associado
FRUTOS NEM TÃO PROIBIDOS
Livro recém-lançado explica por que nossa dieta inclui
apenas uma fração das plantas comestíveis
disponíveis na natureza
Será que todos os vegetais que não
comemos são menos gostosos que broto de feijão? A
pergunta é feita pelo professor de botânica John
Warren, da Universidade Aberystwyth, no País de
Gales, logo no início do livro The Nature of Crops:
How We Came to Eat the Plants We Do (“A natureza
da colheita: por que comemos as plantas que
comemos”, em tradução livre), ainda sem edição no
Brasil. Warren sempre ficou intrigado com a pouca
variedade de vegetais que encontrava nas prateleiras
do supermercado – das 300 mil espécies comestíveis
de que se tem notícia, comemos apenas 200 (200
mesmo, não 200 mil) – e resolveu investigar por que
foi que decidimos que salada boa é feita com alface e
tomate, e não com dente-de-leão ou beldroega.
Não existe uma única resposta certa. Para se
tornarem cultiváveis a fim de fazer parte da dieta dos
homens, as plantas devem ter uma série de
qualificações no currículo. Primeiro, precisam ser
nutritivas. Depois, devem ser fáceis de armazenar.
Ter grãos, sementes ou frutas que sobrevivem muito
tempo longe do pé sempre ajuda. Um último
diferencial é a personalidade (e o cheiro) forte:
plantas perfumadas, que combatem bactérias ou até
as que são psicotrópicas sempre chamam a atenção.
E, por incrível que pareça, as plantas tóxicas não
estão excluídas automaticamente: muitos vegetais
que consumimos hoje são descendentes de plantas
potencialmente letais.
Por tudo isso, argumenta Warren, hoje o que
realmente nos separa de uma dieta mais diversificada
é a nossa própria imaginação: “No futuro, iremos
apreciar toda uma miríade de novas frutas e vegetais
que são melhores para a saúde e menos prejudiciais
para a natureza”.
Adaptado de: KIST, Cristine. Frutos nem tão proibidos. Revista
Galileu, São Paulo, n. 290, p. 12-13, set. 2015.
Sobre o excerto “[...] salada boa é feita com alface
e tomate, e não com dente-de-leão ou beldroega.
Não existe uma única resposta certa.”, assinale a
alternativa correta.
Ano: 2022
Banca:
INSTITUTO AOCP
Órgão:
PM-ES
Prova:
INSTITUTO AOCP - 2022 - PM-ES - Soldado Músico (QPMP-M) |
Q2045787
Português
Texto associado
FRUTOS NEM TÃO PROIBIDOS
Livro recém-lançado explica por que nossa dieta inclui
apenas uma fração das plantas comestíveis
disponíveis na natureza
Será que todos os vegetais que não
comemos são menos gostosos que broto de feijão? A
pergunta é feita pelo professor de botânica John
Warren, da Universidade Aberystwyth, no País de
Gales, logo no início do livro The Nature of Crops:
How We Came to Eat the Plants We Do (“A natureza
da colheita: por que comemos as plantas que
comemos”, em tradução livre), ainda sem edição no
Brasil. Warren sempre ficou intrigado com a pouca
variedade de vegetais que encontrava nas prateleiras
do supermercado – das 300 mil espécies comestíveis
de que se tem notícia, comemos apenas 200 (200
mesmo, não 200 mil) – e resolveu investigar por que
foi que decidimos que salada boa é feita com alface e
tomate, e não com dente-de-leão ou beldroega.
Não existe uma única resposta certa. Para se
tornarem cultiváveis a fim de fazer parte da dieta dos
homens, as plantas devem ter uma série de
qualificações no currículo. Primeiro, precisam ser
nutritivas. Depois, devem ser fáceis de armazenar.
Ter grãos, sementes ou frutas que sobrevivem muito
tempo longe do pé sempre ajuda. Um último
diferencial é a personalidade (e o cheiro) forte:
plantas perfumadas, que combatem bactérias ou até
as que são psicotrópicas sempre chamam a atenção.
E, por incrível que pareça, as plantas tóxicas não
estão excluídas automaticamente: muitos vegetais
que consumimos hoje são descendentes de plantas
potencialmente letais.
Por tudo isso, argumenta Warren, hoje o que
realmente nos separa de uma dieta mais diversificada
é a nossa própria imaginação: “No futuro, iremos
apreciar toda uma miríade de novas frutas e vegetais
que são melhores para a saúde e menos prejudiciais
para a natureza”.
Adaptado de: KIST, Cristine. Frutos nem tão proibidos. Revista
Galileu, São Paulo, n. 290, p. 12-13, set. 2015.
Sobre os mecanismos de coesão empregados no
texto, assinale a alternativa INCORRETA.