Questões de Concurso Sobre português nível médio
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Ano: 2024
Banca:
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão:
CIESP
Prova:
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - CIESP - Assistente Operacional |
Q2508894
Português
Texto associado
TEXTO I
A triste história de Kluge Hans, o cavalo
que calculava
Uns 120 anos atrás, uma das maiores celebridades
da ciência mundial era Kluge Hans (João Esperto,
em alemão), o cavalo que, segundo o seu dono,
sabia somar, subtrair, multiplicar, dividir, operar com
frações, dizer as horas e calcular dias da semana.
O proprietário, o professor de matemática e treinador
de cavalos amador, Wilhelm von Osten, exibia Hans
publicamente, sem cobrar ingresso, para grande espanto
da audiência. Por exemplo, quando Von Osten perguntava
“se o oitavo dia do mês é uma terça-feira, em que data cai
a sexta-feira seguinte?” Hans respondia batendo o casco
no chão 11 vezes.
Os céticos diziam que era fraude, que Von Osten passava
as respostas ao bicho por meio de sinais. Mas Hans
acertava mesmo quando o dono estava ausente e as
perguntas eram feitas por outra pessoa. Assim, a lenda do
cavalo que calculava não parava de crescer.
Perante o interesse do público, a autoridade educacional
da Alemanha criou uma comissão de 13 especialistas para
investigar o fenômeno. Além do psicólogo Carl Stumpf,
que a presidia, ela incluía um veterinário, um gerente de
circo, um oficial de cavalaria, vários professores e o diretor
do zoológico de Berlim. Em setembro de 1904 saiu o
relatório, o qual inocentava Von Osten de qualquer truque.
Então, o biólogo e psicólogo Oskar Pfungst decidiu
testar as habilidades do cavalo em diferentes condições:
usando outras pessoas para questionar Hans;
isolando o questionador e o cavalo do público; variando
se Hans podia ver o questionador ou não; e até se o
questionador sabia as respostas ou não.
Dessa forma, ele confirmou que não importava quem fazia
as perguntas, o que comprovava que não havia má-fé da
parte de Von Osten. Por outro lado, Pfungst constatou
que Hans só respondia corretamente quando podia ver
o questionador e este conhecia as respostas! De algum
modo subconsciente, o questionador passava as respostas
ao cavalo... E isso acontecia até quando era o próprio
Pfungst quem questionava!
A descoberta lançou o descrédito sobre o pobre Hans,
o que era muito injusto: mesmo não sendo capaz de
calcular, Hans era um animal notável, com uma capacidade
extraordinária para ler a expressão facial e a linguagem
corporal dos humanos, melhor do que nós próprios
somos capazes.
Von Osten não ficou convencido com as conclusões de
Pfungst e continuou exibindo o seu fenômeno até morrer,
em 1909. A partir daí, Hans passou por vários donos e
acabou sendo alistado para servir na 1ª Guerra Mundial.
O seu registro termina em 1916, quando, acredita-se,
foi morto em combate.
VIANA, Marcelo. Folha de S.Paulo. Folha Corrida,
20 dez. 2023, p. B8 (adaptado).
Analise as afirmativas a seguir relativas à variação
linguística, considerando a frase “Uns 120 anos atrás”,
transcrita do texto I.
I. O correto é escrever “A uns 120 anos atrás”.
II. O mais adequado é registrar “Há uns dias atrás”.
III. O certo é grafar “Há uns dias”, segundo a norma-padrão”.
IV. A frase “Uns 120 anos atrás” sugere o registro informal da linguagem.
Estão corretas as afirmativas
I. O correto é escrever “A uns 120 anos atrás”.
II. O mais adequado é registrar “Há uns dias atrás”.
III. O certo é grafar “Há uns dias”, segundo a norma-padrão”.
IV. A frase “Uns 120 anos atrás” sugere o registro informal da linguagem.
Estão corretas as afirmativas
Ano: 2024
Banca:
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão:
CIESP
Prova:
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - CIESP - Assistente Operacional |
Q2508893
Português
Texto associado
TEXTO I
A triste história de Kluge Hans, o cavalo
que calculava
Uns 120 anos atrás, uma das maiores celebridades
da ciência mundial era Kluge Hans (João Esperto,
em alemão), o cavalo que, segundo o seu dono,
sabia somar, subtrair, multiplicar, dividir, operar com
frações, dizer as horas e calcular dias da semana.
O proprietário, o professor de matemática e treinador
de cavalos amador, Wilhelm von Osten, exibia Hans
publicamente, sem cobrar ingresso, para grande espanto
da audiência. Por exemplo, quando Von Osten perguntava
“se o oitavo dia do mês é uma terça-feira, em que data cai
a sexta-feira seguinte?” Hans respondia batendo o casco
no chão 11 vezes.
Os céticos diziam que era fraude, que Von Osten passava
as respostas ao bicho por meio de sinais. Mas Hans
acertava mesmo quando o dono estava ausente e as
perguntas eram feitas por outra pessoa. Assim, a lenda do
cavalo que calculava não parava de crescer.
Perante o interesse do público, a autoridade educacional
da Alemanha criou uma comissão de 13 especialistas para
investigar o fenômeno. Além do psicólogo Carl Stumpf,
que a presidia, ela incluía um veterinário, um gerente de
circo, um oficial de cavalaria, vários professores e o diretor
do zoológico de Berlim. Em setembro de 1904 saiu o
relatório, o qual inocentava Von Osten de qualquer truque.
Então, o biólogo e psicólogo Oskar Pfungst decidiu
testar as habilidades do cavalo em diferentes condições:
usando outras pessoas para questionar Hans;
isolando o questionador e o cavalo do público; variando
se Hans podia ver o questionador ou não; e até se o
questionador sabia as respostas ou não.
Dessa forma, ele confirmou que não importava quem fazia
as perguntas, o que comprovava que não havia má-fé da
parte de Von Osten. Por outro lado, Pfungst constatou
que Hans só respondia corretamente quando podia ver
o questionador e este conhecia as respostas! De algum
modo subconsciente, o questionador passava as respostas
ao cavalo... E isso acontecia até quando era o próprio
Pfungst quem questionava!
A descoberta lançou o descrédito sobre o pobre Hans,
o que era muito injusto: mesmo não sendo capaz de
calcular, Hans era um animal notável, com uma capacidade
extraordinária para ler a expressão facial e a linguagem
corporal dos humanos, melhor do que nós próprios
somos capazes.
Von Osten não ficou convencido com as conclusões de
Pfungst e continuou exibindo o seu fenômeno até morrer,
em 1909. A partir daí, Hans passou por vários donos e
acabou sendo alistado para servir na 1ª Guerra Mundial.
O seu registro termina em 1916, quando, acredita-se,
foi morto em combate.
VIANA, Marcelo. Folha de S.Paulo. Folha Corrida,
20 dez. 2023, p. B8 (adaptado).
Leia o trecho do texto I a seguir.
“Dessa forma, ele confirmou que não importava quem fazia as perguntas, o que comprovava que não havia má-fé da parte de Von Osten. Por outro lado, Pfungst constatou que Hans só respondia corretamente quando podia ver o questionador e este conhecia as respostas! De algum modo subconsciente, o questionador passava as respostas ao cavalo...”
A palavra em destaque no trecho do texto I, no contexto em que está empregada, exerce a mesma função morfológica que o termo destacado em
“Dessa forma, ele confirmou que não importava quem fazia as perguntas, o que comprovava que não havia má-fé da parte de Von Osten. Por outro lado, Pfungst constatou que Hans só respondia corretamente quando podia ver o questionador e este conhecia as respostas! De algum modo subconsciente, o questionador passava as respostas ao cavalo...”
A palavra em destaque no trecho do texto I, no contexto em que está empregada, exerce a mesma função morfológica que o termo destacado em
Ano: 2024
Banca:
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão:
CIESP
Prova:
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - CIESP - Assistente Operacional |
Q2508892
Português
Texto associado
TEXTO I
A triste história de Kluge Hans, o cavalo
que calculava
Uns 120 anos atrás, uma das maiores celebridades
da ciência mundial era Kluge Hans (João Esperto,
em alemão), o cavalo que, segundo o seu dono,
sabia somar, subtrair, multiplicar, dividir, operar com
frações, dizer as horas e calcular dias da semana.
O proprietário, o professor de matemática e treinador
de cavalos amador, Wilhelm von Osten, exibia Hans
publicamente, sem cobrar ingresso, para grande espanto
da audiência. Por exemplo, quando Von Osten perguntava
“se o oitavo dia do mês é uma terça-feira, em que data cai
a sexta-feira seguinte?” Hans respondia batendo o casco
no chão 11 vezes.
Os céticos diziam que era fraude, que Von Osten passava
as respostas ao bicho por meio de sinais. Mas Hans
acertava mesmo quando o dono estava ausente e as
perguntas eram feitas por outra pessoa. Assim, a lenda do
cavalo que calculava não parava de crescer.
Perante o interesse do público, a autoridade educacional
da Alemanha criou uma comissão de 13 especialistas para
investigar o fenômeno. Além do psicólogo Carl Stumpf,
que a presidia, ela incluía um veterinário, um gerente de
circo, um oficial de cavalaria, vários professores e o diretor
do zoológico de Berlim. Em setembro de 1904 saiu o
relatório, o qual inocentava Von Osten de qualquer truque.
Então, o biólogo e psicólogo Oskar Pfungst decidiu
testar as habilidades do cavalo em diferentes condições:
usando outras pessoas para questionar Hans;
isolando o questionador e o cavalo do público; variando
se Hans podia ver o questionador ou não; e até se o
questionador sabia as respostas ou não.
Dessa forma, ele confirmou que não importava quem fazia
as perguntas, o que comprovava que não havia má-fé da
parte de Von Osten. Por outro lado, Pfungst constatou
que Hans só respondia corretamente quando podia ver
o questionador e este conhecia as respostas! De algum
modo subconsciente, o questionador passava as respostas
ao cavalo... E isso acontecia até quando era o próprio
Pfungst quem questionava!
A descoberta lançou o descrédito sobre o pobre Hans,
o que era muito injusto: mesmo não sendo capaz de
calcular, Hans era um animal notável, com uma capacidade
extraordinária para ler a expressão facial e a linguagem
corporal dos humanos, melhor do que nós próprios
somos capazes.
Von Osten não ficou convencido com as conclusões de
Pfungst e continuou exibindo o seu fenômeno até morrer,
em 1909. A partir daí, Hans passou por vários donos e
acabou sendo alistado para servir na 1ª Guerra Mundial.
O seu registro termina em 1916, quando, acredita-se,
foi morto em combate.
VIANA, Marcelo. Folha de S.Paulo. Folha Corrida,
20 dez. 2023, p. B8 (adaptado).
Na frase do texto I “Os céticos diziam que era fraude,
que Von Osten passava as respostas ao bicho por meio
de sinais.”, o termo em destaque, no contexto em que se
insere e sem prejuízo para o sentido pretendido, pode ser
substituído por
Ano: 2024
Banca:
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão:
CIESP
Prova:
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - CIESP - Assistente Operacional |
Q2508891
Português
Texto associado
TEXTO I
A triste história de Kluge Hans, o cavalo
que calculava
Uns 120 anos atrás, uma das maiores celebridades
da ciência mundial era Kluge Hans (João Esperto,
em alemão), o cavalo que, segundo o seu dono,
sabia somar, subtrair, multiplicar, dividir, operar com
frações, dizer as horas e calcular dias da semana.
O proprietário, o professor de matemática e treinador
de cavalos amador, Wilhelm von Osten, exibia Hans
publicamente, sem cobrar ingresso, para grande espanto
da audiência. Por exemplo, quando Von Osten perguntava
“se o oitavo dia do mês é uma terça-feira, em que data cai
a sexta-feira seguinte?” Hans respondia batendo o casco
no chão 11 vezes.
Os céticos diziam que era fraude, que Von Osten passava
as respostas ao bicho por meio de sinais. Mas Hans
acertava mesmo quando o dono estava ausente e as
perguntas eram feitas por outra pessoa. Assim, a lenda do
cavalo que calculava não parava de crescer.
Perante o interesse do público, a autoridade educacional
da Alemanha criou uma comissão de 13 especialistas para
investigar o fenômeno. Além do psicólogo Carl Stumpf,
que a presidia, ela incluía um veterinário, um gerente de
circo, um oficial de cavalaria, vários professores e o diretor
do zoológico de Berlim. Em setembro de 1904 saiu o
relatório, o qual inocentava Von Osten de qualquer truque.
Então, o biólogo e psicólogo Oskar Pfungst decidiu
testar as habilidades do cavalo em diferentes condições:
usando outras pessoas para questionar Hans;
isolando o questionador e o cavalo do público; variando
se Hans podia ver o questionador ou não; e até se o
questionador sabia as respostas ou não.
Dessa forma, ele confirmou que não importava quem fazia
as perguntas, o que comprovava que não havia má-fé da
parte de Von Osten. Por outro lado, Pfungst constatou
que Hans só respondia corretamente quando podia ver
o questionador e este conhecia as respostas! De algum
modo subconsciente, o questionador passava as respostas
ao cavalo... E isso acontecia até quando era o próprio
Pfungst quem questionava!
A descoberta lançou o descrédito sobre o pobre Hans,
o que era muito injusto: mesmo não sendo capaz de
calcular, Hans era um animal notável, com uma capacidade
extraordinária para ler a expressão facial e a linguagem
corporal dos humanos, melhor do que nós próprios
somos capazes.
Von Osten não ficou convencido com as conclusões de
Pfungst e continuou exibindo o seu fenômeno até morrer,
em 1909. A partir daí, Hans passou por vários donos e
acabou sendo alistado para servir na 1ª Guerra Mundial.
O seu registro termina em 1916, quando, acredita-se,
foi morto em combate.
VIANA, Marcelo. Folha de S.Paulo. Folha Corrida,
20 dez. 2023, p. B8 (adaptado).
TRECHO DO TEXTO I
“O proprietário, o professor de matemática e treinador de cavalos amador, Wilhelm von Osten, exibia Hans publicamente, sem cobrar ingresso, para grande espanto da audiência. Por exemplo, quando Von Osten perguntava ‘se o oitavo dia do mês é uma terça-feira, em que data cai a sexta-feira seguinte?’ Hans respondia batendo o casco no chão 11 vezes.”
TEXTO III
![Imagem associada para resolução da questão](https://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/images/provas/110467/Captura_de%20Tela%20%284906%29.png)
Disponível em: https://nastrilhasdarazao.wordpress. com/2019/04/15/hans-o-esperto-o-cavalo-que-sabia-contar/. Acesso em: 20 jan. 2024.
A partir da leitura do trecho do texto I e do texto III, analise as afirmativas a seguir.
I. O trecho transcrito do texto I e a figura representada no texto III abordam assuntos afins, embora empreguem linguagens diferentes.
II. A organização estilístico-composicional, no trecho do texto I, apresenta o entrecruzamento de sequências narrativa e injuntiva.
III. Os dois textos, cada um à sua maneira, enfocam o mesmo personagem, porém a abordagem numa perspectiva crítico-irônica se faz presente no texto III.
IV. Os dois textos se aproximam quanto aos seus propósitos comunicativos, porém cada um trata da matéria segundo as características do respectivo gênero.
Estão corretas as afirmativas
“O proprietário, o professor de matemática e treinador de cavalos amador, Wilhelm von Osten, exibia Hans publicamente, sem cobrar ingresso, para grande espanto da audiência. Por exemplo, quando Von Osten perguntava ‘se o oitavo dia do mês é uma terça-feira, em que data cai a sexta-feira seguinte?’ Hans respondia batendo o casco no chão 11 vezes.”
TEXTO III
![Imagem associada para resolução da questão](https://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/images/provas/110467/Captura_de%20Tela%20%284906%29.png)
Disponível em: https://nastrilhasdarazao.wordpress. com/2019/04/15/hans-o-esperto-o-cavalo-que-sabia-contar/. Acesso em: 20 jan. 2024.
A partir da leitura do trecho do texto I e do texto III, analise as afirmativas a seguir.
I. O trecho transcrito do texto I e a figura representada no texto III abordam assuntos afins, embora empreguem linguagens diferentes.
II. A organização estilístico-composicional, no trecho do texto I, apresenta o entrecruzamento de sequências narrativa e injuntiva.
III. Os dois textos, cada um à sua maneira, enfocam o mesmo personagem, porém a abordagem numa perspectiva crítico-irônica se faz presente no texto III.
IV. Os dois textos se aproximam quanto aos seus propósitos comunicativos, porém cada um trata da matéria segundo as características do respectivo gênero.
Estão corretas as afirmativas
Ano: 2024
Banca:
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão:
CIESP
Prova:
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2024 - CIESP - Assistente Operacional |
Q2508890
Português
Texto associado
TEXTO I
A triste história de Kluge Hans, o cavalo
que calculava
Uns 120 anos atrás, uma das maiores celebridades
da ciência mundial era Kluge Hans (João Esperto,
em alemão), o cavalo que, segundo o seu dono,
sabia somar, subtrair, multiplicar, dividir, operar com
frações, dizer as horas e calcular dias da semana.
O proprietário, o professor de matemática e treinador
de cavalos amador, Wilhelm von Osten, exibia Hans
publicamente, sem cobrar ingresso, para grande espanto
da audiência. Por exemplo, quando Von Osten perguntava
“se o oitavo dia do mês é uma terça-feira, em que data cai
a sexta-feira seguinte?” Hans respondia batendo o casco
no chão 11 vezes.
Os céticos diziam que era fraude, que Von Osten passava
as respostas ao bicho por meio de sinais. Mas Hans
acertava mesmo quando o dono estava ausente e as
perguntas eram feitas por outra pessoa. Assim, a lenda do
cavalo que calculava não parava de crescer.
Perante o interesse do público, a autoridade educacional
da Alemanha criou uma comissão de 13 especialistas para
investigar o fenômeno. Além do psicólogo Carl Stumpf,
que a presidia, ela incluía um veterinário, um gerente de
circo, um oficial de cavalaria, vários professores e o diretor
do zoológico de Berlim. Em setembro de 1904 saiu o
relatório, o qual inocentava Von Osten de qualquer truque.
Então, o biólogo e psicólogo Oskar Pfungst decidiu
testar as habilidades do cavalo em diferentes condições:
usando outras pessoas para questionar Hans;
isolando o questionador e o cavalo do público; variando
se Hans podia ver o questionador ou não; e até se o
questionador sabia as respostas ou não.
Dessa forma, ele confirmou que não importava quem fazia
as perguntas, o que comprovava que não havia má-fé da
parte de Von Osten. Por outro lado, Pfungst constatou
que Hans só respondia corretamente quando podia ver
o questionador e este conhecia as respostas! De algum
modo subconsciente, o questionador passava as respostas
ao cavalo... E isso acontecia até quando era o próprio
Pfungst quem questionava!
A descoberta lançou o descrédito sobre o pobre Hans,
o que era muito injusto: mesmo não sendo capaz de
calcular, Hans era um animal notável, com uma capacidade
extraordinária para ler a expressão facial e a linguagem
corporal dos humanos, melhor do que nós próprios
somos capazes.
Von Osten não ficou convencido com as conclusões de
Pfungst e continuou exibindo o seu fenômeno até morrer,
em 1909. A partir daí, Hans passou por vários donos e
acabou sendo alistado para servir na 1ª Guerra Mundial.
O seu registro termina em 1916, quando, acredita-se,
foi morto em combate.
VIANA, Marcelo. Folha de S.Paulo. Folha Corrida,
20 dez. 2023, p. B8 (adaptado).
A passagem do texto I em que há palavras empregadas
em sentido próprio é: