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Descobrindo nosso planeta: os mistérios do oceano
Há alguns dias, o mundo soube de uma nova montanha
na Terra. Com 3109 metros de altura, ela é quase oito vezes
mais alta que o icônico Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro.
Mas não é tão fácil de ser vista, por estar escondida no nosso
oceano. Seu cume fica quase mil metros abaixo da superfície
do mar, de modo que toda a montanha fique em escuridão
absoluta, e, mesmo assim, ela abriga vida marinha abundante, que está intacta durante séculos. A descoberta ocorreu
durante uma expedição para explorar as águas internacionais da Cordilheira de Nazca, uma cadeia montanhosa no
Sudeste do Pacífico, usando tecnologias sofisticadas de mapeamento do fundo do mar a partir de um navio de pesquisa.
Explorar as profundezas marítimas é tarefa difícil, por ser
um lugar inóspito para humanos – com altas pressões, um
ambiente corrosivo de água salgada e sem luz. Não à toa,
mais pessoas estiveram por mais tempo na superfície lunar
iluminada pelo sol do que no ponto mais profundo do oceano
do nosso planeta.
Há 170 anos acreditava-se que não havia vida na profundeza oceânica em razão da ausência de luz solar. Hoje, sabemos que não só existe vida, como essa vida marinha existe
nos ambientes mais extremos. As fontes hidrotermais habitadas por organismos a mais de três quilômetros de profundidade, descobertas em 1977 por cientistas, hospedam vida
que obtém energia a partir de reações químicas, em vez da
luz solar. No ano passado, foi descoberto um novo ecossistema animal prosperando em cavidades abaixo dessas fontes.
Com tanto para explorar, não nos espanta que tantas novas
espécies marinhas sejam encontradas com frequência. Neste ano, apenas nas Cordilheiras de Salas y Gomez e Nazca
foram descobertas cerca de 170 novas espécies. Cientistas
seguem a procurar outras para serem somadas às cerca de
240 mil espécies marinhas já identificadas, entre 2,2 milhões
estimadas pelo Censo Oceânico.
(Janaína Bumbeer e Jyotika Virmani.
Em: https://www.estadao.com.br, 16.09.2024. Adaptado)
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