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Q832056 Português

       Em uma pesquisa de 2013, a psicoterapeuta Judy R. Strauss, professora da Universidade de Nova York, relatou uma diferença entre cuidadores que eram filhos e filhas em comparação a genros e (principalmente) noras. Os filhos adultos sofriam mais com problemas de saúde mental e com estresse na família, ao passo que os cônjuges relatavam menos tensão familiar e mais apoio de seus companheiros. Esse padrão pode refletir uma série de fatores. É possível que as pessoas ofereçam mais elogios e apoio a genros e noras enquanto supõem que o cuidado de seus filhos seja algo “líquido e certo”; há a possibilidade de que os filhos se sintam mais pressionados a cuidar dos próprios pais do que de outra pessoa; e, finalmente, pode ser menos emocionalmente angustiante acompanhar a deterioração do sogro ou da sogra do que a dos próprios pais.

      Diferenças de gênero sugerem questões semelhantes. Mulheres, de forma geral, sofrem mais quando estão nesse papel – e, em especial, quando é o marido que adoece. Em um estudo de 2014 desenvolvido com 533 cuidadores relatado no periódico científico Journal of Family Nursing, por exemplo, pesquisadores demonstraram que homens geralmente parecem sentir menos sobrecarga. No geral, a prestação de cuidados ainda é considerada uma tarefa feminina. Portanto, mulheres que assumem essa tarefa em relação a um ente querido se conformam às expectativas, mas os homens “quebram expectativas” e, assim, tendem a receber mais reconhecimento e apoio. Outros estudos constataram que a convicção de que a prestação de cuidados é uma tarefa feminina contribui para a relutância das mulheres em utilizar serviços profissionais nessa área. Quando recorrem a uma assistência externa, é como se tivessem “menos controle” e, consequentemente, menor satisfação que homens nas mesmas circunstâncias. Homens seriam, portanto, melhores em pedir ajuda nessas circunstâncias e capazes de receber mais apoio sem sentir que falharam ou que foram “substituídos” por fornecedores de serviços remunerados, como colaboradores diários de saúde ou assistentes de saúde domiciliar.

(Francine Russo, julho de 2017.  <http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/quem_cuida_de_quem_.html> )

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