Analise o caso a seguir. Mascarenhas, superintendente da ...
Mascarenhas, superintendente da secretaria de saúde de um importante município mineiro, celebrou contrato milionário com empresa fabricante de remédios, sob uma das hipóteses de dispensa de licitação, para a distribuição de medicamentos de forma gratuita a portadores de doenças cardíacas do município. Transcorrido o prazo de que trata a Lei Federal n. 8.666/93, Mascarenhas não comunicou a realização da contratação para a ratificação da autoridade superior, nem se atentou para a necessidade de publicação da dispensa na imprensa oficial.
Na hipótese e considerando a sistemática do controle sobre a Administração Pública, assinale a assertiva CORRETA.
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Vamos analisar a questão sobre o Sistema de Controle Externo exercido pelo Tribunal de Contas. Entender a função e as atribuições do Tribunal de Contas é essencial para responder corretamente.
A alternativa D é a correta:
D - Independentemente das irregularidades formais e de eventual desvio de finalidade praticado por Mascarenhas, o controle exercido pelo Tribunal de Contas também permite à Corte avaliar as condições comerciais, em si, do contrato celebrado, tal como o preço e as razões da escolha do fornecedor.
A justificativa para essa escolha baseia-se no fato de que o Tribunal de Contas possui a competência não só para verificar a legalidade formal dos atos administrativos, mas também para analisar aspectos econômicos e comerciais, como a adequação do preço e a justificativa para a escolha de determinado fornecedor. Isso se alinha com as funções de controle externo, que incluem a avaliação de economicidade e eficiência na Administração Pública.
Agora, vamos entender por que as outras alternativas estão incorretas:
A - O Tribunal de Contas não tem competência para ajuizar ações de improbidade administrativa. Essa função cabe ao Ministério Público. Assim, a alternativa está errada pois atribui uma competência inadequada ao Tribunal de Contas.
B - A descrição de controle interno e externo está trocada. A anulação de um contrato por parte de um secretário se enquadra no controle interno, mas a aplicação de sanções não é exercida pela Auditoria Geral como controle externo. Essa função cabe ao Tribunal de Contas.
C - O rito sumário mencionado na alternativa não elimina a fase de sustentação oral, que é um direito à ampla defesa previsto na legislação, mesmo em tomadas de contas especiais.
E - Mesmo que as infrações sejam meramente formais, o descumprimento da Lei de Licitações pode gerar sanções administrativas e civis, e não é garantido que as contas seriam aprovadas sem ressalvas. O Tribunal de Contas deve zelar pelo cumprimento das normas.
Espero que esta explicação tenha ajudado a entender o funcionamento e as competências do Tribunal de Contas no controle externo.
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d) A CF/1988 estabelece, em seu art. 70, dois tipos de controle: interno e externo: a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da Administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
No âmbito federal, o controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (art. 71 da CF). Nos estados é exercido pela Assembleia Legislativa, com o auxílio dos Tribunais de Contas Estaduais. No Distrito Federal é exercido pela Câmara Legislativa, com o auxílio do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Nos municípios é exercido pela Câmara Municipal, com o auxílio de Tribunais de Contas Estaduais ou Municipais, onde houver.
O controle interno é exercido por cada um dos Poderes da República – mas não de forma integrada. Apenas no âmbito do Poder Executivo da União, o controle interno é exercido de forma integrada pela Controladoria Geral da União – CGU.
Há diferença entre controle e avaliação: o controle consiste na verificação da conformidade, propõe ações corretivas e tem foco retrospectivo. A avaliação visa ao aperfeiçoamento da gestão, avalia resultados e tem foco prospectivo
a) O TCE pode ajuizar ação de improbidade administrativa mesmo que não haja vantagem por parte da empresa a Mascarenhas.
b) O Controle Externo é exercido pelo Poder Judiciário e Poder Legislativo. Na hipótese apresentada, tanto a anulação do contrato pelo secretário da pasta, quanto a aplicação de sanções pela Auditoria Geral da Prefeitura, ambos pertencentes ao Poder Executivo, seriam decorrentes do Controle Externo.
c)É assegurado todos os meios legais para que o acusado exerça seu direito à ampla defesa no processo administrativo disciplinar, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa.
d)RITCEMG. Art.1º. Par.único. O controle externo realizado pelo TCE compreende a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e abrange, dentre outros, os aspectos da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, legitimidade, economicidade e razoabilidade dos atos que gerem receita ou despesa pública. Ou seja, Independente das irregularidades formais e de eventual desvio de finalidade praticado por Mascarenhas, o controle exercido pelo Tribunal de Contas também permite à Corte avaliar as condições comerciais, em si, do contrato celebrado, tal como o preço e as razões da escolha do fornecedor.
e) As contas serão julgadas regulares com ressalvas quando evidenciarem a impropriedade ou qualquer outra falta de natureza formal de que não resulte danos ao erário.
De acordo com o art.11 da Lei de Improbidade Administrativa L8429/92, constitui ato de improbidade administrativa:
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
De acordo com o inciso XVII do art.3º. do RITCEMG, compete ao TCEMG fiscalizar contrato, convênio, ajuste ou instrumento congênere que envolva a concessão, a cessão, a doação ou a permissão de qualquer natureza, a título oneroso ou gratuito, de responsabilidade do Estado ou de Município;
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