Minoro Toyota é proprietário de um imóvel cujo uso exclusivo...
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Tema Jurídico Abordado: A questão trata da obrigação tributária relacionada à incidência de impostos sobre imóveis, mais especificamente a diferença entre o ITR (Imposto Territorial Rural) e o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
Legislação Aplicável: O tema é regido principalmente pela Constituição Federal, que aborda a competência tributária dos municípios e da União, além do Código Tributário Nacional (CTN), que define o critério de incidência dos impostos.
Explicação do Tema Central: A questão busca verificar se o imóvel de Minoro Toyota, utilizado para fins agrícolas, está sujeito ao ITR ou ao IPTU. O critério para essa definição é a localização do imóvel (urbana ou rural) e não a sua destinação (uso agrícola).
Exemplo Prático: Imagine dois terrenos: um localizado em área urbana, utilizado para cultivo, e outro em área rural, também para cultivo. O primeiro será sujeito ao IPTU pela localização, enquanto o segundo ao ITR por também estar em área rural.
Justificativa da Alternativa Correta (A): A alternativa correta é a A. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o uso do imóvel para atividade agrícola, mesmo em área urbana, faz com que o imóvel seja sujeito ao ITR. Isso ocorre porque o critério determinante é a destinação agrícola, conforme o entendimento consolidado pelo tribunal.
Análise das Alternativas Incorretas:
- B: Incorreta, pois considera que apenas a localização urbana determina o IPTU, desconsiderando a destinação agrícola, que é o fator relevante para a incidência do ITR.
- C: Incorreta, pois afirma que a destinação é irrelevante, quando, na verdade, a destinação agrícola do imóvel é crucial para a incidência do ITR, mesmo em área urbana.
- D: Incorreta, pois confunde a natureza do ISS, que é um imposto sobre serviços, não aplicável em relação ao uso do solo para cultivo agrícola. Além disso, não reconhece a possibilidade de incidência do ITR em área urbana para imóveis com destinação agrícola.
Pegadinhas: A principal pegadinha está em considerar apenas a localização do imóvel para definir a incidência de impostos, sem levar em conta a destinação de uso agrícola, que é determinante para a aplicação do ITR.
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http://ericoteixeira.com.br/blog/?p=1168
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
O art.15 do Decreto-Lei nº 57 (de 18 de novembro de 1966) diz que: Art 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, incidindo assim, sôbre o mesmo, o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados. (Revogação suspensa pela RSF nº 9, de 2005) Neste entendimento, em razão da destinação dada ao imóvel ("cujo uso exclusivo é destinado ao plantio de legumes e verduras") é cobrado o ITR e não o IPTU, apesar de estar em área urbana.
Uma observação: o que pude entender é que essa lei permite que se eu tivesse um terreno de um quarteirão em plena Av. Paulista e quisesse transformá-lo em pasto, por exemplo, o imposto devido então seria o ITR. Nesse caso, o art.15 do DL-57 não seria um pouco incoerente, devido à importância econômica que tem a região citada? O imposto devido seria realmente o ITR? É isso mesmo???? Abraço e bons estudos!
Exatamente. Não há dúvida quanto a isso atualmente no STJ.
STF
EMENTA: - DIREITO CONSTITUCIONAL, TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO (I.P.T.U.). IMPOSTO TERRITORIAL RURAL (I.T.R.). TAXA DE CONSERVAÇÃO DE VIAS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. R.E. não conhecido, pela letra "a" do art. 102, III, da C.F., mantida a declaração de inconstitucionalidade da Lei Municipal de Sorocaba, de n 2.200, de 03.06.1983, que acrescentou o parágrafo 4 ao art. 27 da Lei n 1.444, de 13.12.1966. 2. R.E. conhecido, pela letra "b", mas improvido, mantida a declaração de inconstitucionalidade do art. 12 da Lei federal n 5.868, de 12.12.1972, no ponto em que revogou o art. 15 do Decreto- lei n 57, de 18.11.1966. 3. Plenário. Votação unânime.
STJ
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. IPTU. ITR. INCIDÊNCIA. CRITÉRIO DA LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL INSUFICIENTE. NECESSIDADE DE SE OBSERVAR, TAMBÉM, A DESTINAÇÃO DO IMÓVEL. PRECEDENTES. § 1º DO ART. 32 DO CTN. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. MATÉRIA DE PROVA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 1. O critério da localização do imóvel não é suficiente para que se decida sobre a incidência do IPTU ou ITR, sendo necessário observar-se, também, a destinação econômica, conforme já decidiu a Egrégia 2ª Turma, com base em posicionamento do STF sobre a vigência do Decreto-Lei 57/66. 2. Precedentes: AgRg no REsp 679.173/SC, Rel. Min. Denise Arruda, DJ 18.10.2007; REsp 738.628/SP, Rel. Min. Castro Meira, DJ DJ 20.06.2005; AgRg no Ag 498.512/RS, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, DJ 16.05.2005; REsp 492.869/PR, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 07.03.2005; REsp 472.628/RS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJ 27.09.2004. 3. Necessidade de comprovação perante as instâncias ordinárias de que o imóvel é destinado à atividade rural. Do contrário, deve incidir sobre ele o IPTU. Incidência da Súmula 7/STJ, haja vista que para se adotar entendimento diverso faz-se necessário o revolvimento de material fático-probatório. 4. Agravo regimental não-provido.
AGA 200702922727 AGA - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – 993224 Relator(a) JOSÉ DELGADO Sigla do órgão STJ Órgão julgador PRIMEIRA TURMA
Em vista disso, o STJ vem aplicando pacificamente o entendimento de que a destinação econômica do bem integra o fato gerador do ITR.
Informativo nº 0240
Período: 21 de março a 1º de abril de 2005. Segunda Turma IPTU. ITR. LOCALIZAÇÃO. IMÓVEL.
A localização do imóvel não é suficiente para que se decida entre a incidência de IPTU ou ITR. Há que se observar sua destinação econômica. AgRg no Ag 498.512-RS, Rel. Min. Peçanha Martins, julgado em 22/3/2005.
Bons estudos!!!Clique para visualizar este comentário
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