Questões de Concurso Público Câmara de Ilha Solteira - SP 2018 para Agente Legislativo de Comunicação
Foram encontradas 60 questões
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Câmara de Ilha Solteira - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Câmara de Ilha Solteira - SP - Agente Legislativo de Comunicação |
Q2048866
Português
Texto associado
Igualdade ou morte
Queremos sociedades mais iguais, mas estamos dispostos a pagar qualquer preço por isso? Talvez não. O historiador Walter Scheidel (Stanford) decidiu olhar para o passado
em busca daquilo que realmente faz com que a renda seja
mais bem distribuída e concluiu que só grandes catástrofes
sociais dão conta da missão – e mesmo assim apenas por
tempo limitado.
O resultado de suas pesquisas está em “The Great
Leveler” (a grande niveladora). Ao longo de mais de 500
páginas, ele mostra com muita erudição histórica que a
tendência geral das sociedades, desde a Idade da Pedra
até hoje, é concentrar riqueza e que essa orientação só
é revertida de forma um pouco mais visível em situações
extremas das quais queremos manter total distância. Não é
uma coincidência que o autor chame as forças niveladoras
que identificou de quatro cavaleiros do apocalipse.
A primeira é a mobilização para guerras maciças. É só
em circunstâncias assim que países conseguem impor sobre
os ricos taxas que realmente mudam o perfil de concentração de renda, como se verificou na Segunda Guerra, quando
alguns países criaram alíquotas de IR de mais de 80%.
A segunda são revoluções. Mas não vale qualquer rebeliãozinha. É preciso realmente pôr abaixo as estruturas sociais.
As revoluções russa e chinesa conseguiram reduzir a disparidade de renda, a francesa, não.
Colapsos de Estado são a terceira. A igualdade aqui é
atingida menos por esforços distributivos e mais pela destruição da riqueza.
Há, por fim, as megaepidemias. O exemplo clássico é a
peste negra, que, ao dizimar até 40% da população de alguns
países da Europa no fim da Idade Média, jogou o preço do
trabalho na Lua.
Scheidel não chega a sugerir que a igualdade seja uma
meta impossível. Não é porque as coisas foram assim até hoje
que precisarão ser assim para sempre. Mas ele traz razões
para suspeitarmos que a tarefa é difícil.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 11.06.2017. Adaptado)
O historiador de Stanford decidiu reavaliar o passado
para identificar os fatos que comprovadamente levaram
a sociedade a distribuir a renda, e seu parecer é de que
são as grandes catástrofes que realizam essa missão.
Os pronomes que substituem corretamente as expressões destacadas e estão adequadamente colocados na frase encontram-se na alternativa:
Os pronomes que substituem corretamente as expressões destacadas e estão adequadamente colocados na frase encontram-se na alternativa:
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Câmara de Ilha Solteira - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Câmara de Ilha Solteira - SP - Agente Legislativo de Comunicação |
Q2048867
Português
Texto associado
Igualdade ou morte
Queremos sociedades mais iguais, mas estamos dispostos a pagar qualquer preço por isso? Talvez não. O historiador Walter Scheidel (Stanford) decidiu olhar para o passado
em busca daquilo que realmente faz com que a renda seja
mais bem distribuída e concluiu que só grandes catástrofes
sociais dão conta da missão – e mesmo assim apenas por
tempo limitado.
O resultado de suas pesquisas está em “The Great
Leveler” (a grande niveladora). Ao longo de mais de 500
páginas, ele mostra com muita erudição histórica que a
tendência geral das sociedades, desde a Idade da Pedra
até hoje, é concentrar riqueza e que essa orientação só
é revertida de forma um pouco mais visível em situações
extremas das quais queremos manter total distância. Não é
uma coincidência que o autor chame as forças niveladoras
que identificou de quatro cavaleiros do apocalipse.
A primeira é a mobilização para guerras maciças. É só
em circunstâncias assim que países conseguem impor sobre
os ricos taxas que realmente mudam o perfil de concentração de renda, como se verificou na Segunda Guerra, quando
alguns países criaram alíquotas de IR de mais de 80%.
A segunda são revoluções. Mas não vale qualquer rebeliãozinha. É preciso realmente pôr abaixo as estruturas sociais.
As revoluções russa e chinesa conseguiram reduzir a disparidade de renda, a francesa, não.
Colapsos de Estado são a terceira. A igualdade aqui é
atingida menos por esforços distributivos e mais pela destruição da riqueza.
Há, por fim, as megaepidemias. O exemplo clássico é a
peste negra, que, ao dizimar até 40% da população de alguns
países da Europa no fim da Idade Média, jogou o preço do
trabalho na Lua.
Scheidel não chega a sugerir que a igualdade seja uma
meta impossível. Não é porque as coisas foram assim até hoje
que precisarão ser assim para sempre. Mas ele traz razões
para suspeitarmos que a tarefa é difícil.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 11.06.2017. Adaptado)
Assinale a alternativa correta quanto à regência e ao
emprego do sinal indicativo de crase.
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Câmara de Ilha Solteira - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Câmara de Ilha Solteira - SP - Agente Legislativo de Comunicação |
Q2048868
Português
Texto associado
No princípio era a fome
Nosso falar mole e descansado vem conservando, perante
a comida, um respeitoso vínculo, profundo e quase umbilical.
Vítima da miséria secular, a gente brasileira encontrou
nas metáforas ligadas à alimentação uma forma genuína de
expressar-se, de representar e recriar o mundo.
Em um país de tanta abundância e tão pouca oportunidade para tantos, sabe-se que apenas alguns estão destinados
a ficar por cima da carne seca e tirar a barriga da miséria.
Nem nos causa estranheza que nossos ministros sejam fritados ou a liberação de recursos para a saúde e a educação
seja eternamente cozinhada em fogo brando e mantida em
banho-maria. Aliás, quem é que não sabe que tudo acaba
em pizza?
No Brasil, fast-food e alopatia convivem na boa com a
mamadeira, a canjica, os chás de erva-cidreira e erva-doce.
Geleia global. Tudo bem que os americanos tenham o seu
“piece of cake”, designativo das coisas fáceis de obter. Houve
tempo em que eles só souberam da fartura e não sentiram na
carne o que é ter de descascar um abacaxi, resolver um pepino, encarar uma batata quente e enfrentar o angu de caroço
que é o nosso dia a dia. Afinal, mesmo em crise, eles ainda
ganham em dólar. E comem como poucos...
Essas e outras tantas expressões, todo brasileiro sabe.
Conhecê-las faz parte de nossa educação; desconhecê-las é
menosprezar as motivações que têm alimentado nossa alma.
(José Paulo Oliveira. https://groups.google.com/forum/#!topic/mensagens-especiais/0TtDv7GSxKA. Acesso em 22.05.2018. Adaptado.)
De acordo com o texto, é correto afirmar que
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Câmara de Ilha Solteira - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Câmara de Ilha Solteira - SP - Agente Legislativo de Comunicação |
Q2048869
Português
Texto associado
No princípio era a fome
Nosso falar mole e descansado vem conservando, perante
a comida, um respeitoso vínculo, profundo e quase umbilical.
Vítima da miséria secular, a gente brasileira encontrou
nas metáforas ligadas à alimentação uma forma genuína de
expressar-se, de representar e recriar o mundo.
Em um país de tanta abundância e tão pouca oportunidade para tantos, sabe-se que apenas alguns estão destinados
a ficar por cima da carne seca e tirar a barriga da miséria.
Nem nos causa estranheza que nossos ministros sejam fritados ou a liberação de recursos para a saúde e a educação
seja eternamente cozinhada em fogo brando e mantida em
banho-maria. Aliás, quem é que não sabe que tudo acaba
em pizza?
No Brasil, fast-food e alopatia convivem na boa com a
mamadeira, a canjica, os chás de erva-cidreira e erva-doce.
Geleia global. Tudo bem que os americanos tenham o seu
“piece of cake”, designativo das coisas fáceis de obter. Houve
tempo em que eles só souberam da fartura e não sentiram na
carne o que é ter de descascar um abacaxi, resolver um pepino, encarar uma batata quente e enfrentar o angu de caroço
que é o nosso dia a dia. Afinal, mesmo em crise, eles ainda
ganham em dólar. E comem como poucos...
Essas e outras tantas expressões, todo brasileiro sabe.
Conhecê-las faz parte de nossa educação; desconhecê-las é
menosprezar as motivações que têm alimentado nossa alma.
(José Paulo Oliveira. https://groups.google.com/forum/#!topic/mensagens-especiais/0TtDv7GSxKA. Acesso em 22.05.2018. Adaptado.)
Assinale a alternativa correta a respeito das expressões
adverbiais destacadas.
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
Câmara de Ilha Solteira - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - Câmara de Ilha Solteira - SP - Agente Legislativo de Comunicação |
Q2048870
Português
Texto associado
No princípio era a fome
Nosso falar mole e descansado vem conservando, perante
a comida, um respeitoso vínculo, profundo e quase umbilical.
Vítima da miséria secular, a gente brasileira encontrou
nas metáforas ligadas à alimentação uma forma genuína de
expressar-se, de representar e recriar o mundo.
Em um país de tanta abundância e tão pouca oportunidade para tantos, sabe-se que apenas alguns estão destinados
a ficar por cima da carne seca e tirar a barriga da miséria.
Nem nos causa estranheza que nossos ministros sejam fritados ou a liberação de recursos para a saúde e a educação
seja eternamente cozinhada em fogo brando e mantida em
banho-maria. Aliás, quem é que não sabe que tudo acaba
em pizza?
No Brasil, fast-food e alopatia convivem na boa com a
mamadeira, a canjica, os chás de erva-cidreira e erva-doce.
Geleia global. Tudo bem que os americanos tenham o seu
“piece of cake”, designativo das coisas fáceis de obter. Houve
tempo em que eles só souberam da fartura e não sentiram na
carne o que é ter de descascar um abacaxi, resolver um pepino, encarar uma batata quente e enfrentar o angu de caroço
que é o nosso dia a dia. Afinal, mesmo em crise, eles ainda
ganham em dólar. E comem como poucos...
Essas e outras tantas expressões, todo brasileiro sabe.
Conhecê-las faz parte de nossa educação; desconhecê-las é
menosprezar as motivações que têm alimentado nossa alma.
(José Paulo Oliveira. https://groups.google.com/forum/#!topic/mensagens-especiais/0TtDv7GSxKA. Acesso em 22.05.2018. Adaptado.)
Considere a frase elaborada a partir das ideias do texto.
O nosso dia a dia, _______ em um país com tanta fartura, é marcado pela luta pela sobrevivência, _______ muitos os brasileiros sem acesso às riquezas produzidas no país.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas dessa frase devem ser preenchidas, respectivamente, por:
O nosso dia a dia, _______ em um país com tanta fartura, é marcado pela luta pela sobrevivência, _______ muitos os brasileiros sem acesso às riquezas produzidas no país.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas dessa frase devem ser preenchidas, respectivamente, por: