Questões de Concurso Público SEDU-ES 2016 para Professor - História

Foram encontradas 70 questões

Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: SEDU-ES Prova: FCC - 2016 - SEDU-ES - Professor - História |
Q720416 História
Ao declarar guerra às potências centrais da Europa, Woodrow Wilson, presidente dos Estados Unidos, falou:
Esperamos que nosso esforço ajude a pôr fim à agressão alemã e abrevie o conflito na Europa.
A relação correta entre a intenção do presidente, identificada na frase, e a Primeira Guerra Mundial, é: 
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Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: SEDU-ES Prova: FCC - 2016 - SEDU-ES - Professor - História |
Q720417 História
Considere o texto e os itens abaixo. 
O fato básico e crucial, que nunca é demais repetir, é que o sistema da Guerra Fria é altamente funcional para as superpotências, e é por isso que ele persiste, apesar da probabilidade de mútua aniquilação no caso de falha acidental, que ocorrerá mais cedo ou mais tarde. A Guerra Fria fornece um arcabouço onde cada uma das superpotências pode usar a força e a violência para controlar seus próprios domínios contra os que buscavam um grau de independência no interior dos blocos – apelando à ameaça da superpotência inimiga, para mobilizar sua própria população e a de seus aliados.
(CHOMSKY, Noan. Armas estratégicas, Guerra Fria e Terceiro Mundo. In: THOMPSON, Edward (org.). Exterminismo e Guerra fria. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 190)

I. Apregoando que, por trás dos sandinistas estavam os soviéticos, os EUA garantiam moralmente perante a humanidade o seu direito de agredir a Nicarágua.
II. A URSS invadiu o Afeganistão alegando que a suposta presença norte-americana naquele país representava uma ameaça para os soviéticos.
O texto e os itens permitem afirmar que Chomsky defende a ideia de que, para os norte-americanos e os soviéticos, a 





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Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: SEDU-ES Prova: FCC - 2016 - SEDU-ES - Professor - História |
Q720418 História
Os anos 1960 e 1970 ficaram marcado por ditaduras militares apoiadas pelos EUA, que se instalaram por todo continente latino-americano. Em reação a esses regimes, eclodiram movimentos guerrilheiros inspirados no modelo cubano e/ou maoísta. Mesmo com a derrota e o massacre da maioria das guerrilhas, essas lutas
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Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: SEDU-ES Prova: FCC - 2016 - SEDU-ES - Professor - História |
Q720419 História
O islamismo é a religião que mais cresce no mundo. A maioria dos muçulmanos encontra-se em países pobres, como Bangladesh, Egito, Índia, Iraque, Nigéria, Paquistão e Sudão, ou em desenvolvimento, como a Indonésia. Ao mesmo tempo que cresce o islamismo, crescem também os grupos fundamentalistas em seu interior.
Sobre esses grupos, é correto afirmar:
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Q747822 Português

Medo da eternidade

    Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. 
    Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. 
    Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: 
    − Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. 
    − Como não acaba? – Parei um instante na rua, perplexa. 
    − Não acaba nunca, e pronto. 
    Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual eu já começara a me dar conta. 
    Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca. 
    − E agora que é que eu faço? − perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. 
    − Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. 
    Perder a eternidade? Nunca. 
    O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. 
    − Acabou-se o docinho. E agora? 
    − Agora mastigue para sempre. 
    Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. 
    Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. 
    Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia. 
    − Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! 
    − Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. 
    Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

06 de junho de 1970

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo – crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p.289-91)

Ainda que se saiba da liberdade com que Clarice Lispector lidava com esse gênero, pode-se assegurar que Medo da eternidade é uma crônica na medida em que se trata
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Respostas
61: D
62: A
63: E
64: D
65: B