Questões de Concurso
Sobre pré-história brasileira: legado de povos nativos em história
Foram encontradas 87 questões
(Circe Bittencourt, Identidade nacional e o ensino de História do Brasil. Em: Leandro Karnal (org.), História na sala de aula:conceitos, práticas e propostas. Adaptado)
O fragmento exemplifica
I. Os povos que não pertenciam ao tronco linguístico Tupi eram conhecidos como Tapuias.
II. No litoral, poucos povos, como Charrua, Goitacá, Aimoré e Tremembé, não eram de origem tupi-guarani.
III. Independentemente da relação de aliança ou inimizade com os colonizadores portugueses, os povos Tupis sempre permaneceram unidos nas disputas territoriais e militares.
Estão CORRETOS:
“(...) Afinal, aqui falamos de muitos brasis em um Brasil; de realidades tão distintas que vão de um norte ameríndio até um sul com feição germânica; de uma Bahia africana a uma região sudeste mestiçada por muitas etnias e emigrações. A diferença se manifesta em modelos econômicos e culturais, nos perfis populacionais ou prognósticos diferenciados de vida. Enfim, por detrás de trópicos se esconde, mais uma vez, uma grande diversidade, difícil de ordenar.”
Assinale a alternativa INCORRETA:
Analise a imagem:
Durante muito tempo, pessoas e povos indígenas foram pouco considerados na escrita da história do Brasil. Geralmente abordados apenas nos primeiros momentos da invasão portuguesa, era como se os índios estivessem fadados a desaparecer, não havendo muito o que dizer sobre eles no decorrer da nossa história. Felizmente, essa visão vem mudando. Um olhar sobre a historiografia e sobre a própria realidade atual, mostra que uma maior visibilidade tem sido conferida aos sujeitos indígenas. Sem estes, não é possível compreender a história do Brasil e da América como um todo. Longe de serem passivos, os povos indígenas mostraram uma grande capacidade de se adaptar, resistir e lidar com as realidades brutais, desencadeadas pelo processo de colonização.
(Fonte: SIQUEIRA, Suelen. “Resistências nativas” in: https://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/revista/resistenciasnativas/)
As afirmativas a seguir exemplificam corretamente programas historiográficos que valorizam o protagonismo indígena e repensam a história do Brasil. Assinale a alternativa INCORRETA:
“É no norte e no oeste da região amazônica que se desenvolvem diferentes padrões linguísticos. Já apontamos para o papel do empréstimo no caso das línguas Karib e também em algumas línguas Maipure-Arawak. Que tipos de contato teriam levado a esses empréstimos? Tratar-se-ia de um multilinguismo difundido? Línguas de comércio teriam se formado nessa área em tempos pré-colombianos? Qual a idade desses padrões? Essas são algumas das questões que é preciso abordar em relação ao papel da língua [entre os povos pré-colombianos].”
(URBAN, Greg. A história da cultura brasileira segundo as línguas nativas. In: CUNHA, Manuela Carneiro da (Org.). História dos Índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras: Secretaria Municipal de Cultura: FAPESP, 1992, p. 101, adaptado.)
Greg Urban aponta como o estudo da língua pode ser útil para reconstruir a história dos povos originários e da cultura brasileira, segundo estes estudos, é possível afirmar que:
(__)As populações da Mesoamérica congregavam-se harmoniosamente para formar um grande reino denominado Asteca, diferentes grupos assumiam a autoridade do responsável pela cidade principal.
(__)Os povos da Mesoamérica possuíam conhecimentos matemáticos avançados, inclusive conheciam o conceito do zero para o qual criaram uma representação.
(__)Na Mesoamérica, as populações, antes do século XV, tinham uma noção de tempo inscrita na temporalidade cíclica, contudo, não possuíam formas de marcação temporal definida.
O retorno do manto, até então parte do acervo do Museu Nacional da Dinamarca, é um marco e o começo de uma nova história de conquista do povo indígena.
https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/noticias/heranca-dospovos-originarios-manto-tupinamba-e-apresentadooficialmente-ao-pais
Os povos originários antes da chegada dos portugueses tinham a característica nas comunidades de:
Dois empresários, o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e a Prefeitura de Florianópolis tiveram mantidas as condenações pelo TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) por danos ao patrimônio cultural. Os réus foram denunciados pela falta de preservação do sítio arqueológico Sambaqui Aldeia Fúlvio Aducci, localizado na rua que leva o mesmo nome, no bairro Estreito, região Continental de Florianópolis. (...) A mesma decisão pediu ao município, ao Iphan e aos comerciantes dentro da área do sítio para garantirem a salvaguarda do local. Além disso, os réus devem financiar a elaboração de um estudo arqueológico e museológico que identifique, delimite, investigue e analise a integralidade do sítio arqueológico para poder indicar as medidas a serem executadas.
Fonte: ND Rádio. Justiça. TRF4 mantém condenações por falta de preservação de sítio arqueológico em Florianópolis Disponível em:https://ndmais.com.br/justica/trf4-mantem-condenacoes-por-faltade-preservacao-de-sitio-arqueologico-em-florianopolis/ (Último acesso dia 22/10, às 13 horas).
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
Analise as afirmativas abaixo. Segundo, Pedro Paulo Funari e Ana Piñon:
1. Os indígenas não são personagens de um passado distante. Existem, no Brasil contemporâneo, cerca de 235 povos indígenas.
2. A história do Brasil tem início em 1500 quando os navegadores portugueses aqui aportaram.
3. Os indígenas foram vítimas do avanço da civilização branca e hoje estão quase extintos, exceto por algumas centenas de sobreviventes esquecidos nos rincões das florestas.
4. A mandioca, o tomate, a batata e o chocolate são algumas das contribuições dos povos americanos para o mundo.
5. Muitas palavras da língua brasileira, como caju, Pindamonhangaba e Anhanguera, são de origem indígena.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Texto extraído de: JALES, Luanna. Visibilidade histórica para mulheres, negros e indígenas. In: PINSKY, Jaime;
PINSKY, Carla Bassanezi. Novos combates pela história: desafios-ensino. São Paulo: Contexto, 2021, p. 201.
O parágrafo acima do capítulo escrito pela historiadora Luanna Jales traduz seu diagnóstico quanto à forma como os grupos minoritários foram vistos por longo período por historiadores. Sobre essa questão, conforme o olhar da autora, julgue as afirmativas abaixo:
I. Os grupos minoritários (ou sub-representados) têm em comum o fato de, por longos períodos, não terem sido vistos como cidadãos ou terem sido considerados apenas cidadãos de segunda classe. Trata-se, hoje, de pessoas que raramente ocupam um número significativo de posições políticas, profissões consideradas de elite e protagonismo em peças publicitárias e produções midiáticas.
II. A visão de que apenas pessoas vitoriosas, de grandeza, de importância e de genialidade incomparável merecem ser estudadas na escola dificulta a percepção de que todos, independentemente de posição social e capacidade de liderança, podem ser agentes históricos e influenciar de alguma forma o meio em que vivem.
III. Estudar as minorias nas escolas deve ocorrer não apenas por uma questão de representatividade, mas porque elas são historicamente importantes. Por isso, é primordial identificar a força de atuação dos grupos minoritários dentro da história do país e mostrar que as minorias são mais do que ícones eleitos por essa ou aquela militância.
IV. É importante estudar as minorias de modo a reforçar o conhecimento das habilidades extraordinárias de personagens que emergiram de camadas sociais consideradas inferiores, possibilitando ao aluno compreender que personagens protagonistas emergem não apenas das camadas sociais mais abastadas.
Estão CORRETAS:
Quando a terra-mãe era nosso alimento
Quando a noite escura formava o nosso teto,
Quando o céu e a lua eram nossos pais,
Quando todos éramos irmãos e irmãs,
Quando nossos caciques e anciãos eram grandes líderes,
Quando a justiça dirigia a lei e sua execução,
Aí outras civilizações chegaram!
Com fome [...] de ouro, de terra e de todas as riquezas, trazendo numa mão a cruz e na outra a espada, sem conhecer ou querer aprender os costumes de nossos povos, nos classificaram abaixo dos animais, roubaram nossas terras e nos levaram para longe delas, transformando em escravos os “filhos do sol”.
Entretanto não puderam nos eliminar e nem fazer esquecer o que somos […]
E mesmo que nosso universo inteiro seja destruído Nós sobreviveremos por mais tempo que o império da morte!
Declaração solene dos povos indígenas do mundo. Port Alberni, Canadá, 1975. (adaptado)
A Declaração Solene dos Povos Indígenas atenta para a resistência dos povos indígenas frente ao preconceito e o menosprezo do processo colonizador. A destruição das populações nativas do Brasil iniciou-se no século XVI e continua até hoje, embora tenha acontecido em ritmos diferentes ao longo dos séculos e em áreas distintas.
Sobre a questão indígena no Brasil, assinale a alternativa correta.
Julgue o item a seguir.
Por volta de 12 mil anos atrás, o território que hoje
corresponde ao Brasil já estava plenamente ocupado por
diversos grupos de paleoíndios.