Questões de Concurso
Sobre história geral em história
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Tal período, antiaristocrático e anticlerical, acentuou o menosprezo à Idade Média, vista como momento áureo da nobreza e do clero. A filosofia da época censurava sobretudo a forte religiosidade medieval, o pouco apego da Idade Média a um estrito racionalismo e o peso político de que a Igreja então desfrutara. Afirmava-se que “sem religião seríamos um pouco mais felizes”, ou que a humanidade sempre marchou em direção ao progresso, com exceção do período no qual predominou o cristianismo, isto é, a Idade Média.
(Hilário Franco Júnior, A Idade Média, nascimento do ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2001. Adaptado)
O trecho faz referência ao pensamento
Ao lado de meu interesse por temas específicos e variados, se criou para sempre um amplo interesse metodológico — talvez relacionado ao meu antigo interesse por filosofia — que subjaz, meio obsessivamente, a tudo o que escrevo. Quando decidi estudar feitiçaria, não estava fundamentalmente interessado na perseguição às bruxas, mas o que me seduzia era abordar as perguntas dos inquisidores de modo a poder escapar de seu controle, o que, evidentemente, envolvia um problema metodológico.
(Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke. As muitas faces da história – Nove entrevistas. São Paulo: Editora UNESP, 2000. Adaptado)
O trecho, destacado da entrevista da autora Maria Lúcia Garcia Pallares Burke com o historiador italiano Carlo Ginzburg, discute uma metodologia de pesquisa histórica relacionada à leitura dos documentos
A reação aristocrática contra o absolutismo passou com isso à ruptura que o derrubaria. O colapso histórico do Estado absolutista estava diretamente ligado à inflexibilidade de sua formação feudal. A crise fiscal que detonou a mudança política foi provocada pela incapacidade jurídica do absolutismo em taxar a classe que representava. A própria rigidez do vínculo entre Estado e nobreza acabaria por precipitar a sua derrocada comum.
(Perry Anderson, Linhagens do Estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1998. Adaptado)
O trecho trata do absolutismo na
A distinção entre paisagem física e paisagem cultural, como feita na História, e que ainda prevalece na Geografia, deve ceder espaço para uma nova visão.
(Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas (orgs.), Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. Adaptado)
A nova visão a que o texto se refere compreende
O estudo da cidade urbana difundiu-se, sobretudo, a partir dos trabalhos do historiador belga Henri Pirenne (1862-1935). Em As cidades da Idade Média, obra de 1927, Pirenne retornou a uma questão clássica da história urbana: Qual é o sentido da palavra “cidade”?
(Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas (orgs.), Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. Adaptado)
O historiador Pirenne entendia por cidade
As questões que nos levam a pensar a História como um saber necessário para a formação das crianças e jovens na escola são as originárias do tempo presente. O passado que deve impulsionar a dinâmica do ensino- -aprendizagem no Ensino Fundamental é aquele que dialoga com o tempo atual.
(BRASIL/Ministério da Educação, BNCC. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Fundamental – História. Adaptado)
De acordo com a BNCC, a relação passado/presente citada no trecho
Até o período da “corrida para a África”, o pensamento racista competia com muitas ideias livremente expressas que, dentro do ambiente geral de liberalismo, disputavam entre si a aceitação da opinião pública. Somente algumas delas chegaram a tornar-se ideologias plenamente desenvolvidas, isto é, sistemas baseados numa única opinião suficientemente forte para atrair e persuadir um grupo de pessoas e bastante ampla para orientá-las nas experiências e situações da vida moderna. Somente duas ideologias sobressaíram-se e praticamente derrotaram todas as outras: a ideologia que interpreta a história como uma luta econômica de classes, e a que interpreta a história como uma luta natural entre raças. Ambas atraíram as massas de tal forma que puderam arrolar o apoio do Estado e se estabelecer como doutrinas nacionais oficiais.
(Hannah Arendt, Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia. das Letras, 1997. Adaptado)
O texto faz referência, respectivamente,
A catástrofe do entreguerras, que de modo nenhum se devia deixar retornar, se devera em grande parte ao colapso do sistema comercial e financeiro global e à consequente fragmentação do mundo em pretensas economias ou impérios nacionais autárquicos em potencial. O sistema global fora um dia estabilizado pela hegemonia, ou pelo menos centralidade, da economia britânica e sua moeda, a libra esterlina. No entreguerras, a Grã-Bretanha e a libra não eram mais suficientemente fortes para carregar esse fardo, que agora só podia ser assumido pelos EUA e o dólar. A Grande Depressão se devera ao fracasso do livre mercado irrestrito. Daí em diante o mercado teria de ser suplementado pelo esquema de planejamento público e administração econômica, ou trabalhar dentro dele. Finalmente, por motivos sociais e políticos, não se devia permitir um retorno do desemprego em massa.
(Eric Hobsbawm, Era dos extremos: O breve século XX: 1914 – 1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Adaptado)
A partir do trecho, é correto afirmar que, no pós-guerra,
A Revolução Francesa é assim a revolução do seu tempo, e não apenas uma, embora a mais proeminente, do seu tipo. E suas origens devem portanto ser procuradas não meramente em condições gerais da Europa, mas sim na situação específica da França. Sua peculiaridade é talvez melhor ilustrada em termos internacionais. Durante todo o século XVIII, a França foi o maior rival econômico da Grã-Bretanha. Seu comércio externo, que se multiplicou quatro vezes entre 1720 e 1780, causava ansiedade; seu sistema colonial foi em certas áreas (como nas Índias Ocidentais) mais dinâmico que o britânico. Mesmo assim a França não era uma potência como a Grã-Bretanha, cuja política externa já era substancialmente determinada pelos interesses da expansão capitalista.
(Eric Hobsbawm, A era das revoluções – 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998. Adaptado)
A razão pela qual a França não era uma potência como a Grã-Bretanha relaciona-se ao fato de que aquela
(Eric J. Hobsbawm, Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991, 1995)
As afirmações e reflexões do historiador baseiam-se nas considerações
(Eric J. Hobsbawm, A era das revoluções - 1789-1848, 1998)
O caráter “ecumênico”, ou seja, universal, da Revolução Francesa de 1789, foi expresso pela
(Hannah Arendt, Origens do totalitarismo, 1997)
A longa cronologia mencionada pelo excerto
(Perry Anderson, Linhagens do Estado absolutista, 1998)
A afirmação “recuperar a liberdade e beleza das obras antes destinadas ao esquecimento” implicava, para os contemporâneos do Renascimento,
(Hannah Arendt, Origens do totalitarismo, 1997)
O excerto analisa a questão das perseguições aos judeus no final do Império Romano e na Idade Média Ocidental, acentuando
(“Entrevista com Peter Burke”, In: Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke. As muitas faces da história. Nove entrevistas, 2000)
O historiador alude, na entrevista,
(“Entrevista de Carlo Ginsburg”. In: Maria Lúcia Garcia Pallares – Burke. As muitas faces da história. Nove entrevistas, 2000)
O historiador refere-se
A manufatura, diz Marx, “estropia o trabalhador e faz dele uma espécie de monstro, favorecendo, como numa estufa, o desenvolvimento de habilidades parciais, suprimindo todo um mundo de instintos e capacidades”. [...] Em Tempos Modernos são excelentes as cenas em que o corpo alcança uma condição automatizada, com movimentos precisos e ritmo regular. Procurando mostrá-lo como mais uma peça da engrenagem, o personagem de Chaplin perde o controle, tornando-se puro movimento automático das mãos. [...] Carlitos, enlouquecido, puro movimento automático, [persegue] uma mulher pela rua, ao confundir botões de seu vestido com os parafusos que deve apertar.
(Carlos Alberto Vesentini, “História e ensino: o tema do sistema de fábrica visto através de filmes”. In: Circe Maria Fernandes Bittencourt (org.) O saber histórico na sala de aula, 1998)
A comparação, veiculada pelo excerto,
(Marcos Napolitano. História Contemporânea 2: do entreguerras à nova ordem mundial, 2023. Adaptado)
Acerca da guerrilha mencionada no excerto, está correto afirmar que esta
“Vamos perseguir o nosso Destino Manifesto até às estrelas, lançando astronautas americanos para fincar as estrelas e listras [da bandeira dos EUA] no planeta Marte.” O termo não é novo e trata de uma ideologia bastante prevalente nos Estados Unidos no século XIX.
(BBC News Brasil. O que é Destino Manifesto […], 29.10.2024. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx2nwnd59e3o. Acesso em 13.04.2025. Adaptado)
No século 19, o Destino Manifesto defendia