Questões da Prova IFG - 2010 - IF-GO - Vestibular

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Ano: 2010 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2010 - IF-GO - Vestibular |

Q1273549 História

“A produção industrial americana caiu cerca de um terço entre 1929 e 1931, e a alemã mais ou menos o mesmo, mas essas são médias suavizadas. Dessa forma, nos EUA, a Westinghouse, grande empresa de eletricidade, perdeu dois terços de suas vendas entre 1929 e 1933, enquanto sua renda líquida caiu 75% em dois anos (Schatz, 1983, p. 60). Houve uma crise na produção básica, tanto de alimentos como de matérias-primas, porque os preços, não mais mantidos pela formação de estoques como antes, entraram em queda livre. O preço do chá e do trigo caiu dois terços, o da seda bruta três quartos”.

HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos. O breve século XX - 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 96.

Tomando como referência o texto de Eric Hobsbawm e o conhecimento histórico produzido sobre o período entre guerras, marque a alternativa correta:

O texto se refere à Crise de 1929 que afetou a economia dos EUA, sobretudo no mundo agrícola, pois este foi o setor que teve mais queda na taxa de preços.

Os direitos trabalhistas, regulamentados pelas constituições de vários países, no período de 1929 a 1931, época citada no texto, tiveram grandes avanços. No Brasil isso se resume a CLT. Na verdade, estes em nada se relacionam as inúmeras lutas e contestações feitas pela classe operária, mas, pelo contrário, são frutos de uma estratégia para vencer a crise.

A Crise de 1929 mostra os perigos da globalização econômica, pois esta crise não afetou apenas os Estados Unidos da América, já que outros países subdesenvolvidos, em desenvolvimento e mesmo os desenvolvidos também foram afetados. Até a China, uma grande potência, em função de suas grandes exportações para os EUA, sofreu grandes perdas econômicas.

A Crise de 1929 afetou praticamente todo o mundo de economia capitalista – a URSS permaneceu imune a ela e até teve grande crescimento. Esta começou com o crack da bolsa de valores de Nova York e, logo, estendeu-se para todo o sistema, gerando falências de bancos, empresas, exportadores de produtos agrícolas, afetando aqueles que não criaram a crise, os trabalhadores, com níveis de desemprego jamais vistos até então.

O texto de Eric Hobsbawm não aborda necessariamente a Crise de 1929, mas sim, o pós-crise, já que o autor fala de 1929 a 1931. A crise de 1929 foi uma crise de superprodução e especulação na bolsa de valores. Já a crise do pós 1929, como mostra o texto, foi provocada por uma queda de produção industrial e dos preços de produtos agrícolas.

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Q1273548

Ano: 2010 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2010 - IF-GO - Vestibular |

Q1273548 História e Geografia de Estados e Municípios

“A ação contra a subversão jesuítica e a longa devassa administrativa contra a corrupção instauradas no governo de João Manuel de Melo em Goiás (1659-1770) nos proporcionam um acesso privilegiado para os estudos da estrutura administrativa e do funcionamento dos governos coloniais da época do iluminismo”.
PALACÍN, Luiz. Subversão e corrupção: um estudo da administração pombalina em Goiás. Goiânia: Editora da UFG, 1983. p. 08.

Baseado no texto, marque a alternativa correta:

A administração do Marquês de Pombal, influenciada pelas ideias de racionalização do iluminismo, efetuou devassas e processos para apurar casos de corrupção nos territórios de minas, mas Goiás ficou imune a estas ações

O estudo de Palacín ajuda a desmistificar a ideia de que a corrupção é algo presente apenas no sistema político brasileiro atual. Ele afirma, ainda, que a corrupção, do ponto de vista histórico-social, é um elemento inerente ao ser humano.

Os iluministas, principalmente Montesquieu, John Locke e Voltaire, defenderam em seus escritos ideias que favorecem as bases de movimentos de independência colonial, como foi o caso do Governador João Manuel de Melo, em Goiás (1659-1770).

O estudo de Palacín mostra o que ocorrera em Goiás na época da administração pombalina: devassas e processos para apurar casos de corrupção que esbarravam na própria lógica do sistema existente na capitania, mas que em muito refletia a tendência da administração pombalina de apresentar-se como salvadora, criando o mito do perigo jesuítico e exagerando sua ruptura com o passado.

O texto de Palacín faz alusão à tentativa do Marquês de Pombal, como um déspota esclarecido, de colocar em prática as ideias iluministas de racionalização da coisa pública, ir contra as ações de mazelas e preconceitos dos religiosos, sobretudo os jesuíticos, para com os índios e, principalmente, combater a prática de corrupção que havia no governo de João Manuel de Melo.

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Q1273547

Ano: 2010 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2010 - IF-GO - Vestibular |

Q1273547 História

“Deus chama cada um para uma vocação particular cujo objetivo é a glorificação dele mesmo. O comerciante que busca o lucro, pelas qualidades que o sucesso econômico exige: o trabalho, a sobriedade, a ordem, responde também ao chamado de Deus, santificado de seu lado o mundo pelo esforço, e sua ação é santa”.
CALVINO, João. In: MOUSNIER, Roland. História geral das civilizações. Os séculos XVI e XVII: os processos da civilização européia. São Paulo: Difel, 1973. tomo IV, v1,p.90.

Com base no texto, marque a alternativa incorreta sobre a Reforma Protestante:

O combate ao lucro e à usura, bases da vida comercial e financeira que se dinamizava ao final da Idade Média, mostrava o descompasso da visão de Calvino em relação às transformações ocorridas na sociedade.

Como Lutero, Calvino afirmava a necessidade de submissão dos cristãos aos governantes e às autoridades políticas. Todavia, a obediência às “leis mundanas” seria sempre condicionada pela lei de Deus, a fé e a moral cristã.

Em função de sua terra natal apoiar a Igreja Católica, João Calvino teve que se exilar na cidade de Genebra. Lá foi muito apoiado pelos comerciantes, pois suas ideias exaltavam valores morais e políticos defendidos pela burguesia.

Calvino discutia pouco a ideia de predestinação, argumentava que, embora estivesse predestinado à salvação ou à danação, o homem jamais poderia saber antecipadamente sua sorte. Após a morte de Calvino seus seguidores, lentamente, tornaram a predestinação um elemento relacionado aos valores da burguesia.

O que levou muitos teóricos a conceberem o calvinismo como religião do capitalismo foi o fato desta não condenar o comércio, o empréstimo a juros e valorizar o trabalho, vendo assim a riqueza como sinais exteriores da graça divina.

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Q1273546

Ano: 2010 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2010 - IF-GO - Vestibular |

Q1273546 Conhecimentos Gerais

Evolução e progresso são a crença na superioridade do presente em relação ao passado e do futuro em relação ao presente. Assim, os europeus civilizados seriam superiores aos africanos e aos índios, a física galilaico-newtoniana seria superior à aristotélica, a física quântica seria superior à de Galileu e à de Newton. (...) Essa ideia encontra-se presente também, por exemplo, na distinção entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Quando digo que um país é ou está desenvolvido, digo que sei que alcançou a finalidade à qual estava destinado desde que surgiu. Quando digo que um país é ou está subdesenvolvido, estou dizendo que a finalidade ainda não foi, mas deverá ser alcançada em algum momento do tempo”.

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2003, p. 222.
Marque a alternativa que expressa corretamente a ideia central do texto:

A física newtoniana demonstra que a força da gravidade é igual em todo sistema solar, criando assim uma lei universal da gravitação dos corpos baseada nos estudos de Galileu Galilei, mas superando as proposições de Kepler e Copérnico.

O conceito de ciência surgiu somente na Idade Moderna, pois antes deste período o que tínhamos eram apenas explicações supersticiosas e baseadas em elementos míticos.

Na divisão sócio-econômica mundial os países do hemisfério sul são considerados subdesenvolvidos (Sudão e Etiópia) ou em desenvolvimento (Brasil e Índia) e os países do hemisfério norte são desenvolvidos (EUA, Alemanha, Japão).

O discurso de superioridade europeia, sustentado por argumentos filosóficos de superioridade do homem civilizado e racional, legitimou a colonização sobre a África e a América Latina no século XIX, continentes ricos em matéria-prima e ainda inexplorados.

Do ponto de vista histórico, ao estudarmos as mudanças científicas e as relações entre os povos, percebemos que as ideias de evolução e progresso buscam criar e reafirmar a ideologia da superioridade.

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Q1273545

Ano: 2010 Banca: IFG Órgão: IF-GO Prova: IFG - 2010 - IF-GO - Vestibular |

Q1273545 História

Imagem associada para resolução da questão

A CRIAÇÃO DE ADÃO DE MICHELANGELO (1475-1564)

Disponível em: <www.naufrago-da-utopia.blogspot.com>

Acesso em: 10 nov. 2010.

“(...) Foi então que criaram o termo “Idade Média” para designar todos os séculos compreendidos entre a Antiguidade e o seu próprio tempo. Todos os domínios do saber começaram a experimentar um período singular de apogeu: arte e arquitetura, literatura e música, filosofia e ciência”.

GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1985, p. 219.

Observando a imagem e com base no texto marque a alternativa correta:

O período histórico ao qual o texto e a imagem fazem referência é o Renascimento. A concepção básica era um re-nascimento do humanismo da Antiguidade. Contudo, o humanismo da Antiguidade foi muito mais marcado pelo individualismo do que o do Renascimento do início da Idade Moderna.

O Renascimento foi marcado pelo predomínio de expressões artísticas em que temas religiosos eram os mais destacados do que qualquer outro. Era uma arte teocêntrica, como mostra o quadro de Michelangelo.

A imagem aparentemente retrata Adão, mas na verdade representa o deus grego Apolo e Zeus, pois como o próprio Michelangelo afirmou, uma das características da arte renascentista era voltar à arte e à mitologia grega por ela mesma.

O Renascimento se dá na fase do auge do feudalismo. Quem financiava este tipo de arte eram os grandes senhores feudais enriquecidos com o comércio no mediterrâneo.

O Renascimento foi um movimento europeu do início da idade moderna que teve na pintura, escultura e arquitetura seu esplendor mais destacado. Todavia, a mentalidade renascentista esteve presente em todas as áreas em que houve uma racionalização do mundo e uma passagem da visão teocêntrica para a antropocêntrica.

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Respostas

11: D

12: D

13: A

14: E

15: E

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