Questões de Vestibular de Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga
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Analise a letra da canção “O Quereres”, de Caetano Veloso.
Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão
Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês
Ah, bruta flor do querer Ah, bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato, eu sou o espírito E onde queres ternura, eu sou tesão Onde queres o livre, decassílabo E onde buscas o anjo, sou mulher Onde queres prazer, sou o que dói E onde queres tortura, mansidão Onde queres um lar, revolução E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor Construir-nos dulcíssima prisão Encontrar a mais justa adequação Tudo métrica e rima e nunca dor Mas a vida é real e é de viés E vê só que cilada o amor me armou Eu te quero e não queres como sou Não te quero e não queres como és
Ah, bruta flor do querer Ah, bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper-vídeo E onde queres romance, rock'n roll Onde queres a Lua, eu sou o Sol E onde a pura natura, o inseticídio Onde queres mistério, eu sou a luz E onde queres um canto, o mundo inteiro Onde queres quaresma, fevereiro E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres estares sempre a fim Do que em mim é de mim tão desigual Faz-me querer-te bem, querer-te mal Bem a ti, mal ao quereres assim Infinitivamente pessoal E eu querendo querer-te sem ter fim E, querendo-te, aprender o total Do querer que há, e do que não há em mim
A canção de Caetano Veloso fala de relação entre pessoas que se querem, realçando as contradições entre elas. Essa forma singular de ver o amor nos remete a concepções da filosofia pré-socrática, as quais dialogavam entre si sobre o princípio de todas as coisas.
Com qual concepção ou filósofo a canção de Caetano tem afinidade?
Assinale a alternativa que corresponde à importância desse modo de questionar.
A crítica de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar que o ensinamento sofístico limita-se a uma mera técnica ou habilidade argumentativa que visa a convencer o oponente daquilo que se diz, mas não leva ao verdadeiro conhecimento. A consequência disso era que, devido à influência dos sofistas, as decisões políticas na Assembleia estavam sendo tomadas não com base em um saber, ou na posição dos mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, que poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.)
De acordo com o texto, a crítica socrática aos sofistas dizia respeito
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso, Livro II, 40. Trad. de Mario da Gama Kury. Brasília, DF: Editora da Universidade de Brasília, 2001.
Considerando as teses sobre o surgimento da filosofia na Grécia, essa passagem do famoso discurso do legislador ateniense Péricles, no segundo ano da Guerra do Peloponeso, apresenta elementos que nos remetem à tese de
Leia atentamente a seguinte passagem:
“A experiência parece um pouco semelhante à ciência (epistéme) e à arte (tékhne). Com efeito, os homens adquirem ciência e arte por meio da experiência. A experiência, como diz Polo, produz a arte, enquanto a inexperiência produz o puro acaso. A arte se produz quando, de muitas observações da experiência, forma-se um juízo geral e único passível de ser referido a todos os casos semelhantes” (Aristóteles, Metafísica, 981a5).
Com base no texto acima, considere as seguintes afirmações:
I. Somente a ciência é conhecimento universal, cujos juízos gerais se aplicam a todos os casos semelhantes.
II. A tékhne é uma forma de conhecimento universal, pois, com base nas experiências, se forma um juízo geral.
III. Por ser semelhante à experiência, a tékhne não constitui um conhecimento universal.
IV. A experiência é pressuposto dos conhecimentos universais (tékhné e epistéme), mas não é ainda um conhecimento universal.
É correto somente o que se afirma em