Questões de Concurso
Sobre português para fcc
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Atenção: As questões de números 31 a 40 referem-se ao texto que segue.
Beethoven e a tartaruga
A biologia estuda todos os seres vivos e não explica a origem mesma da vida, nem parece que a isso se devota: restringe- se (e não é pouca coisa) à descrição e à compreensão dos processos vitais, seja de um protozoário, da máquina humana ou de outras espécies. Talvez por isso aquele jovem biólogo, que conheço desde que nasceu, nunca deixe de me fazer sérias advertências quando lhe falo do “diferencial” humano. Ainda outro dia manifestava eu a convicção de que Beethoven é infinitamente superior a uma tartaruga, e a réplica veio na hora: “Superior em quê?” Perguntei-lhe se ele já havia se comovido com alguma sinfonia composta por um ovíparo de carapaça, e ele contra-atacou querendo saber quantos ovos Beethoven seria capaz de botar numa única noite. Ponderei que compor uma sinfonia é tarefa indiscutivelmente mais complexa do que ovular, mas aí percebi que caíra na armadilha do jovem biólogo: no plano da natureza não funciona o juízo de valor. Disse-lhe isso, para me antecipar a ele, e busquei triunfar: “Pois é, o juízo de valor é uma propriedade exclusivamente humana!” Novo contra-ataque: “Você já foi uma tartaruga, um símio, uma planta carnívora, para ter tanta certeza?”
E a conversa prosseguiu nesse compasso, tentando eu me valer de conceitos como “espiritualidade”, “consciência de si”, “livre-arbítrio”, “subjetividade”, “capacidade crítica” e coisas que tais, ao que ele se contrapunha descrevendo a fotossíntese, o mimetismo dos camaleões, as táticas de sobrevivência dos parasitas etc. etc. Ao fim da discussão, parecíamos empatados: ele não me convencera de que um dromedário pudesse vir a desenvolver aguda sensibilidade para a pintura, e eu não o demovera da idéia de que o homem é um ser tão natural como um antúrio, que também nasce, vive e morre. Para não perder em definitivo a autoridade, sugeri ainda que o vinho que eu lhe
oferecera, e que estávamos bebendo tão prazerosamente, não apenas ditava o rumo da nossa conversa como propiciava um deleite físico e espiritual de que seria incapaz uma borboleta. Ao que ele retrucou: "Quantas vezes você já foi uma lagarta?"
Achei melhor ir dormir. Dormir, sonhar talvez... (A propósito: com o que será que costumam sonhar as bactérias?)
(Nicolau Ramasco, inédito)
Atente para as seguintes afirmações:
I. O interlocutor que defende a existência de um “diferencial” humano admite que os juízos de valor não se aplicam ao plano da natureza.
II. A expressão aguda sensibilidade participa da argumentação que se apóia em conceitos como “espiritualidade” e “subjetividade”.
III. No final do texto, a frase interrogativa deixa claro que um dos interlocutores se rendeu aos inapeláveis argumentos do outro.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
Atenção: As questões de números 31 a 40 referem-se ao texto que segue.
Beethoven e a tartaruga
A biologia estuda todos os seres vivos e não explica a origem mesma da vida, nem parece que a isso se devota: restringe- se (e não é pouca coisa) à descrição e à compreensão dos processos vitais, seja de um protozoário, da máquina humana ou de outras espécies. Talvez por isso aquele jovem biólogo, que conheço desde que nasceu, nunca deixe de me fazer sérias advertências quando lhe falo do “diferencial” humano. Ainda outro dia manifestava eu a convicção de que Beethoven é infinitamente superior a uma tartaruga, e a réplica veio na hora: “Superior em quê?” Perguntei-lhe se ele já havia se comovido com alguma sinfonia composta por um ovíparo de carapaça, e ele contra-atacou querendo saber quantos ovos Beethoven seria capaz de botar numa única noite. Ponderei que compor uma sinfonia é tarefa indiscutivelmente mais complexa do que ovular, mas aí percebi que caíra na armadilha do jovem biólogo: no plano da natureza não funciona o juízo de valor. Disse-lhe isso, para me antecipar a ele, e busquei triunfar: “Pois é, o juízo de valor é uma propriedade exclusivamente humana!” Novo contra-ataque: “Você já foi uma tartaruga, um símio, uma planta carnívora, para ter tanta certeza?”
E a conversa prosseguiu nesse compasso, tentando eu me valer de conceitos como “espiritualidade”, “consciência de si”, “livre-arbítrio”, “subjetividade”, “capacidade crítica” e coisas que tais, ao que ele se contrapunha descrevendo a fotossíntese, o mimetismo dos camaleões, as táticas de sobrevivência dos parasitas etc. etc. Ao fim da discussão, parecíamos empatados: ele não me convencera de que um dromedário pudesse vir a desenvolver aguda sensibilidade para a pintura, e eu não o demovera da idéia de que o homem é um ser tão natural como um antúrio, que também nasce, vive e morre. Para não perder em definitivo a autoridade, sugeri ainda que o vinho que eu lhe
oferecera, e que estávamos bebendo tão prazerosamente, não apenas ditava o rumo da nossa conversa como propiciava um deleite físico e espiritual de que seria incapaz uma borboleta. Ao que ele retrucou: "Quantas vezes você já foi uma lagarta?"
Achei melhor ir dormir. Dormir, sonhar talvez... (A propósito: com o que será que costumam sonhar as bactérias?)
(Nicolau Ramasco, inédito)
No segundo parágrafo, os interlocutores estabelecem um confronto entre seres caracterizados, de um lado,
Atenção: As questões de números 31 a 40 referem-se ao texto que segue.
Beethoven e a tartaruga
A biologia estuda todos os seres vivos e não explica a origem mesma da vida, nem parece que a isso se devota: restringe- se (e não é pouca coisa) à descrição e à compreensão dos processos vitais, seja de um protozoário, da máquina humana ou de outras espécies. Talvez por isso aquele jovem biólogo, que conheço desde que nasceu, nunca deixe de me fazer sérias advertências quando lhe falo do “diferencial” humano. Ainda outro dia manifestava eu a convicção de que Beethoven é infinitamente superior a uma tartaruga, e a réplica veio na hora: “Superior em quê?” Perguntei-lhe se ele já havia se comovido com alguma sinfonia composta por um ovíparo de carapaça, e ele contra-atacou querendo saber quantos ovos Beethoven seria capaz de botar numa única noite. Ponderei que compor uma sinfonia é tarefa indiscutivelmente mais complexa do que ovular, mas aí percebi que caíra na armadilha do jovem biólogo: no plano da natureza não funciona o juízo de valor. Disse-lhe isso, para me antecipar a ele, e busquei triunfar: “Pois é, o juízo de valor é uma propriedade exclusivamente humana!” Novo contra-ataque: “Você já foi uma tartaruga, um símio, uma planta carnívora, para ter tanta certeza?”
E a conversa prosseguiu nesse compasso, tentando eu me valer de conceitos como “espiritualidade”, “consciência de si”, “livre-arbítrio”, “subjetividade”, “capacidade crítica” e coisas que tais, ao que ele se contrapunha descrevendo a fotossíntese, o mimetismo dos camaleões, as táticas de sobrevivência dos parasitas etc. etc. Ao fim da discussão, parecíamos empatados: ele não me convencera de que um dromedário pudesse vir a desenvolver aguda sensibilidade para a pintura, e eu não o demovera da idéia de que o homem é um ser tão natural como um antúrio, que também nasce, vive e morre. Para não perder em definitivo a autoridade, sugeri ainda que o vinho que eu lhe
oferecera, e que estávamos bebendo tão prazerosamente, não apenas ditava o rumo da nossa conversa como propiciava um deleite físico e espiritual de que seria incapaz uma borboleta. Ao que ele retrucou: "Quantas vezes você já foi uma lagarta?"
Achei melhor ir dormir. Dormir, sonhar talvez... (A propósito: com o que será que costumam sonhar as bactérias?)
(Nicolau Ramasco, inédito)
Na frase Talvez por isso aquele jovem biólogo (...) nunca deixa de me fazer sérias advertências quando lhe falo do "diferencial humano", a expressão sublinhada refere-se ao fato de que a biologia
Atenção: As questões de números 31 a 40 referem-se ao texto que segue.
Beethoven e a tartaruga
A biologia estuda todos os seres vivos e não explica a origem mesma da vida, nem parece que a isso se devota: restringe- se (e não é pouca coisa) à descrição e à compreensão dos processos vitais, seja de um protozoário, da máquina humana ou de outras espécies. Talvez por isso aquele jovem biólogo, que conheço desde que nasceu, nunca deixe de me fazer sérias advertências quando lhe falo do “diferencial” humano. Ainda outro dia manifestava eu a convicção de que Beethoven é infinitamente superior a uma tartaruga, e a réplica veio na hora: “Superior em quê?” Perguntei-lhe se ele já havia se comovido com alguma sinfonia composta por um ovíparo de carapaça, e ele contra-atacou querendo saber quantos ovos Beethoven seria capaz de botar numa única noite. Ponderei que compor uma sinfonia é tarefa indiscutivelmente mais complexa do que ovular, mas aí percebi que caíra na armadilha do jovem biólogo: no plano da natureza não funciona o juízo de valor. Disse-lhe isso, para me antecipar a ele, e busquei triunfar: “Pois é, o juízo de valor é uma propriedade exclusivamente humana!” Novo contra-ataque: “Você já foi uma tartaruga, um símio, uma planta carnívora, para ter tanta certeza?”
E a conversa prosseguiu nesse compasso, tentando eu me valer de conceitos como “espiritualidade”, “consciência de si”, “livre-arbítrio”, “subjetividade”, “capacidade crítica” e coisas que tais, ao que ele se contrapunha descrevendo a fotossíntese, o mimetismo dos camaleões, as táticas de sobrevivência dos parasitas etc. etc. Ao fim da discussão, parecíamos empatados: ele não me convencera de que um dromedário pudesse vir a desenvolver aguda sensibilidade para a pintura, e eu não o demovera da idéia de que o homem é um ser tão natural como um antúrio, que também nasce, vive e morre. Para não perder em definitivo a autoridade, sugeri ainda que o vinho que eu lhe
oferecera, e que estávamos bebendo tão prazerosamente, não apenas ditava o rumo da nossa conversa como propiciava um deleite físico e espiritual de que seria incapaz uma borboleta. Ao que ele retrucou: "Quantas vezes você já foi uma lagarta?"
Achei melhor ir dormir. Dormir, sonhar talvez... (A propósito: com o que será que costumam sonhar as bactérias?)
(Nicolau Ramasco, inédito)
A divergência essencial entre os interlocutores representados no texto acima diz respeito à
Os desafios no convívio social, familiar e profissional aumentam em progressão geométrica.
Adotar regras tornou-se questão de sobrevivência num mundo cada vez mais complexo.
É necessário saber escolher as regras que trazem bons resultados.
As frases acima articulam-se em um único período, com clareza, correção e lógica, da seguinte maneira:
A obediência ...... regras sempre foi garantia do avanço da civilização, embora a transgressão ...... elas, confirma ...... História, também tenha propiciado saltos evolutivos. As lacunas da frase acima estão corretamente preenchidas, respectivamente, por:
A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase:
... com que as relações humanas sejam mais complicadas e conturbadas. (2o parágrafo)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o do grifado acima está na frase:
A busca incessante por regras resulta da necessidade de organizar a vida ... (início do 2o parágrafo)
O mesmo tipo de exigência existente na relação entre as palavras grifadas acima está em:
O termo grifado está substituído de modo INCORRETO pelo pronome em:
O verbo, originalmente no plural, que poderia ter sido corretamente empregado no singular está grifado na frase:
Traduz-se corretamente, em outras palavras, o sentido original de:
... e lhes inculcar regras de convivência, quando não de sobrevivência, corporativa. (final do 1o parágrafo)
O segmento acima grifado evidencia, no contexto,
Um mundo, enfim, que exige manual de instruções. (2o parágrafo)
A frase transcrita acima
Considere as afirmativas abaixo:
I. Livros de auto-ajuda correspondem, atualmente, a manuais de instrução, destinados a orientar as pessoas a superarem os desafios que permeiam as relações humanas no mundo moderno.
II. Empresas modernas só podem obter resultados satisfatórios no desempenho profissional dos funcionários se adotarem as regras divulgadas em livros de auto-ajuda e em palestras específicas.
III. Os meios de comunicação transmitem com eficácia comprovada as normas necessárias para facilitar a enorme complexidade das relações de trabalho numa empresa moderna.
De acordo com o texto, está correto o que se afirma em
Tal indica que deixamos de ter modelos, valores a serem perseguidos. (final do texto)
O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando- se o contexto, a expressão:
Na exposição se percorre uma longa trajetória ... (1o parágrafo)
O segmento grifado acima pode ser corretamente substituído, sem alteração do sentido original, por:
... que preferiu a vida breve gloriosa a uma vida longa obscurecida ... (1o parágrafo)
O verbo que apresenta o mesmo tipo de regência que o do grifado acima está na frase:
Malgrado existam estes exemplos, dentre outros, assusta a resposta colhida em pesquisa feita ... (5o parágrafo)
O segmento grifado acima aparece, com outras palavras, mas sem alterar o sentido original, em:
São heróis, não super-heróis ou celebridades, como os "heróis" de hoje. (final do 4o parágrafo)
As aspas em "heróis" assinalam