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Q1056262 Português

Mais da metade dos brasileiros não tem

diploma do ensino médio

De acordo com pesquisa da OCDE, 52% das

pessoas com idade entre 25 e 64 anos não

concluíram o ensino médio.

            A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou, nesta terça-feira (11/9/18), o estudo Um Olhar sobre a Educação, onde o Brasil é apontado como um dos países com o maior número de pessoas que não concluíram o ensino médio. Segundo os dados apresentados pela TV Globo, mais da metade dos adultos (52%) com idade entre 25 e 64 anos não atingiram esse nível de formação.
            Esse percentual é maior que o do Brasil em dois países: na Costa Rica (60%) e no México (62%), os mais elevados do estudo. Outros países latino americanos, contudo, têm melhor desempenho que o Brasil. Na Argentina, 39% dos adultos na faixa de 25 a 64 anos não concluíram o ensino médio, no Chile, o percentual é de 35% e, na Colômbia, de 46%.
             Entre os 46 países do estudo, o Brasil registra o segundo maior nível de desigualdade de renda, ficando atrás apenas da Costa Rica. O índice de pessoas que não cursaram o ensino médio no Brasil representa mais do que o dobro da média da OCDE. A Organização, que tem sede em Paris, destaca que essa desigualdade pode ser associada ao menor índice de escolaridade.
        Ainda segundo a Organização, pessoas que não completam o ensino médio têm competências cognitivas – memória, habilidades motoras, atenção, entre outras – bem inferiores aos das pessoas que possuem essa formação. Além dessa desvantagem, o mercado de trabalho também apresenta barreiras como baixos salários e poucas oportunidades de ascensão.
       Outro ponto de destaque do estudo é o número relativamente baixo de alunos com mais de 14 anos de idade inscritos em instituições de ensino no Brasil. Apenas 69% daqueles entre 15 e 19 anos e somente 29% dos jovens de 20 a 24 anos estão matriculados, de acordo com a  OCDE. A média nos países da Organização é, respectivamente, de 85% e 42%.
     Em relação ao ensino superior, o cenário não é muito diferente. Apenas 33% dos jovens brasilienses chegam à universidade. No Maranhão, o estado com o menor PIB per capita, esse número é de apenas 8%. Isso mostra que há uma grande diferença de acesso ao ensino superior nas diferentes regiões do país. Mesmo quando comparado a países como Rússia e Estados Unidos, que também possuem várias áreas de diferentes tamanhos e populações, a disparidade regional entre alunos que conseguem atingir o ensino superior no Brasil é a maior.
        A Organização ressalta a necessidade de assegurar que as pessoas tenham oportunidade de atingir níveis adequados de educação. Apesar do crescimento do acesso ao nível superior no país, o Brasil ainda apresenta uma das menores taxas entre a OCDE e países parceiros, e está abaixo de todos os países da América Latina com dados disponíveis.
        Segundo a OCDE, apesar do Brasil investir uma fatia importante de seu PIB na Educação, os gastos por aluno no ensino básico são baixos. A Organização afirma ainda que, independente do cenário econômico, os sistemas de educação têm de se assegurar que as pessoas tenham as competências exigidas na vida profissional, facilitando assim a transição entre o ensino e o mercado de trabalho.
       O governo brasileiro gasta cerca de US$ 3,8 mil por estudante, no ensino fundamental e médio, menos da metade dos países da OCDE. A despesa com os estudantes de instituições públicas, no entanto, é quatro vezes maior, US$ 14, 3 mil, pouco abaixo da média da OCDE, que é de US$ 15,7 mil. A diferença de gastos por estudante entre o ensino superior e o básico no Brasil é o maior entre todos os países da OCDE e economias parceiras analisadas no estudo da Organização.
https://www.metropoles.com - 11/09/2018 -Adaptado
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