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Q633093 Português

                                 Educação para a cidadania

      Quando pensamos em educação é consenso interpretá-la como fonte para uma formação que permite trânsito na sociedade do conhecimento. Quase sempre a imagem socialmente construída diz respeito a um conjunto de atividades que habilita o indivíduo para perceber e desvendar os códigos das diferentes linguagens proporcionando interpretação crítica para o avanço da ciência, das artes e da tecnologia. No espelho acadêmico-científico atual, fortemente marcado pela competitividade expressa nos ranqueamentos internacionais, a imagem que aparece não evidencia nuanças de consensos sobre educação como fator ético de construção da cidadania.

      Dominar os códigos e ter a capacidade de refletir sobre o mundo são requisitos instrumentais indispensáveis para estar incluído na sociedade do conhecimento, ou seja, para adquirir status de cidadão no mundo moderno; mas os processos de ensino-aprendizagem mostram dificuldade para assumir seu papel formador enquanto fomento ao debate, oportunidade de vivência e produção de consensos no que diz respeito à construção de uma convivência cidadã sem exclusão.

      O obstáculo, talvez, resida na discussão sobre os valores que hoje dão contornos para a pluralidade e diversidade cultural, etnorracial, sexual, religiosa, socioeconômica e política, em nosso país.

      Libertos de uma educação eivada por um pensamento dominante – que disseminava seu conteúdo de forma instrumental através de disciplinas centradas em uma moral ou uma forma de civismo –, ainda é difícil trabalhar práticas e conteúdos que tratem da educação para a formação de cidadãos, como vêm fazendo, por exemplo, a União Europeia, mais particularmente países com os quais temos muita proximidade, como Portugal e Espanha.

      Como o ano de 2013 foi eleito como o Ano Europeu dos Cidadãos, publicou-se um relatório (EACEA, 2012) sobre a forma como vem sendo ministrada a disciplina “Educação para a cidadania” nos diferentes países do bloco.

(Extraído do Texto Educação para a cidadania, de José Luís Bizelli. In: Desafios Contemporâneos da Educação, (ORGS.): Célia Maria David, Hilda Maria Gonçalves da Silva, Ricardo Ribeiro, Sebastião de Souza Lemes. Editora: Cultura Acadêmica. 2015)

Ainda com relação ao texto, pode-se inferir que estão corretas as proposições:

‒ É instigante pensar que uma escola possa servir de laboratório para a construção de uma convivência cidadã sem exclusão.

‒ Embora seja difícil trabalhar práticas e conteúdos sobre cidadania, a escola deve fomentar o debate e oportunizar diferentes vivências para educação cidadã.

‒ Na escola, a imagem que aparece evidencia nuanças de consensos sobre educação como fator ético de construção da cidadania.

‒ A escola permite vivências possíveis através dos equipamentos urbanos — localizar-se, transportar-se, comprar, vender, produzir, brincar, enfim, habitar.

Estão CORRETAS apenas:

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