Observe o seguinte fragmento: “Por exemplo no trânsito: Se ...

Texto Completo.

A economia funciona na base dos incentivos ou dos desincentivos. Por isso, por sua impressionante capacidade de mobilização social, a economia se tornou um instrumento de governo. Se o governo precisa estimular algum comportamento, costuma cortar cobranças ou impostos. Se ele precisa frear algum comportamento, costuma aumentar os impostos naquele segmento ou inventar alguma taxa qualquer. Por exemplo no trânsito: Se o governo não quer que ultrapassemos certo limite de velocidade numa estrada, começa a aplicar multas para quem o ultrapassa. Como o dinheiro é a verdadeira linguagem universal, aquela que todos entendem em qualquer lugar do mundo, então de fato os motoristas começam a respeitar o limite de velocidade. Sob esse ponto de vista, o imposto de renda é uma grande punição. É um desestímulo ao empregado se esforçar para ganhar bem. Se você ganhar acima da alíquota máxima, ganha uma multa de quase 30% de seu salário. Parece ingenuidade minha, mas o absurdo me soa tão grave, que nem sei se não há nessa cobrança absurda de 27,5% sobre o salário de quem ganha acima de determinado valor, algum estímulo subentendido para que o sujeito largue o emprego e parta para o empreendedorismo. De um certo ponto de vista, o imposto de renda seria um estímulo ao empreendedorismo. Afinal, uma Pessoa Jurídica paga proporcionalmente muito menos imposto do que a Pessoa Física. O imposto de renda é das imposições governamentais mais truculentas e insanamente aceitas pela população que eu já ouvi falar. O imposto de renda é uma multa que se aplica a quem ganha bem. 

O imposto de renda e a economia do desincentivo (Ronaud.com)

:)

Não vi o erro da letra D. Vou aguardar o comentário do Professor.

Eu fui de letra D,mas como a FGV geralmente tem 2 ou 3 respostas pertinentes ao assunto sendo a resposta escolhida conforme o entendimento do examinador eu errei mais uma questão, como vários aqui erraram e NÃO adianta criticar a banca e sim se aperfeiçoar cada vez mais da sua didática, pois quem precisa do cargo somos nós e NÃO e a banca.

O problema da questão é que o QC não colocou o texto completo.

A - O exemplo dado corresponde literalmente a um argumento em defesa da tese apresentada no texto. - ERRADO, o trecho corresponde a um EXEMPLO, que visa a corroborar a tese "Se ele precisa frear algum comportamento, costuma aumentar os impostos naquele segmento ou inventar alguma taxa qualquer"

B - Ao contrário do argumento, que mostra uma ideia geral, o exemplo expõe sempre um caso particular. CERTA

C - Nesse caso, o exemplo dado mostra a impertinência do argumento do texto, servindo de contra-argumento. Observando a letra A percebe-se que o exemplo CORROBORA, REFORÇA o arumento

D - O exemplo citado tem uma função explicativa de como funcionam legalmente os incentivos citados no texto. ERRADO, o trecho em questão mostra como funciona o DESESTÍMULO a uma conduta, e não incentivo

E - O exemplo referido tem uma função metalinguística de explicar segmentos textuais anteriores de difícil entendimento. ERRADO, não há linguagem abordando ela própria (metalinguagem)

Essa foi minha interpretação, caso haja equívoco ou tenham uma interpretação diferente estou aberta ao diálogo!

Apenas para complementar meu ponto de vista para quem achou a letra D correta, pois não está correta!

"Se o governo não quer que ultrapassemos certo limite de velocidade numa estrada, começa a aplicar multas para quem o ultrapassa."

Alternativa D.

O exemplo citado tem uma função explicativa de como funcionam legalmente os incentivos citados no texto. 

Ponto de vista:

O fato de aplicar multas para quem ultrapassa o limite de velocidade não é um incentivo, mas sim uma penalidade.

Quem estuda Direito Administrativo sabe que as multas são um Poder Coercitivo do Estado (Poder de Policia) este poder possibilita a limitação do exercício dos direitos e garantias individuais do cidadão diante da necessidade de tutelar um interesse maior, coletivo.

Incentivo seria: " Quem não tiver multas por excesso de velocidade terá desconto no IPVA, por exemplo.

De acordo com a professora Adriana, a questão correta é a A. Ainda informou que se a FGV considerar a alternativa B como certa, entrarão com recurso. Eu marquei a letra A.

O argumento é que: "argumento" não é ideia geral, argumento é apenas uma opinião. Ideia geral é tese, tanto que o examinador utilizou tese na alternativa A.

A ideia geral (tese) sendo: Como o dinheiro é a verdadeira linguagem universal. O exemplo da cobrança da multa de trânsito torna-se um exemplo específico (caso particular) dessa tese.

Por que choras, Lúcio Weber? (só os antigos do QC vão entender rsrsrs)

Eu não achei o texto mas resolvi na intuição rs

Também pensei que a letra A estivesse correta, mas ao analisar com mais calma, pude entender que o segmento citado para ser analisado na questão não corresponde literalmente a um argumento em defesa da tese apresentada no texto, mas sim parcialmente, ou ainda corresponde literalmente ao trecho mencionado antes deste que está para ser analisado.

Uma questão com quase 80% de ERROS, de pessoas extremamente estudiosas. Fica o pensamento: os alunos estão errados ou a banca?

A. O exemplo dado corresponde literalmente a um argumento em defesa da tese apresentada no texto.

A tese do texto é "O imposto de renda é uma multa que se aplica a quem ganha bem". Em regra, teses de textos das questões da FGV vêm ao final.  O exemplo é sobre o ato de desincentivar comportamentos com cobranças de impostos/taxas, de fato, existe relação de pertinência, mas não há correspondência literal porque a tese fala sobre IR e o exemplo sobre multa de trânsito.

B. Ao contrário do argumento, que mostra uma ideia geral, o exemplo expõe sempre um caso particular.

CORRETO! O argumento era genérico: governo aumenta cobrança para frear comportamento. Exemplo é particular: multas de trânsito.

C. Nesse caso, o exemplo dado mostra a impertinência do argumento do texto, servindo de contra-argumento.

É pertinente e corrobora a argumentação do autor.

D. O exemplo citado tem uma função explicativa de como funcionam legalmente os incentivos citados no texto. 

Essa só está errada porque disse incentivo, o incentivo do texto é CORTAR cobrança. Multas de trânsito aumentam cobranças, portanto, DESINCENTIVAM. Além disso, o texto fala sobre o incentivo com corte e o desincentivo com cobrança; no exemplo, o autor só aborda UM dos temas citados, justamente o do desincentivo.

E. O exemplo referido tem uma função metalinguística de explicar segmentos textuais anteriores de difícil entendimento.

O texto é de fácil entendimento, só o argumento já torna possível o entendimento, o autor só usa exemplos para tornar mais didático.

Como o dinheiro é a verdadeira linguagem universal ( Idéia geral), aquela que todos entendem em qualquer lugar do mundo, então de fato os motoristas começam a respeitar o limite de velocidade ( Ideia particular )

Raciocínio Dedutivo : Parte do Geral para o Particular.

ERREI A QUESTÃO DUAS VEZES, NÃO ERRO MAIS !!!

Aceeeeeerteeeeeiiiiii. Chupaaaaa, FGV. Consegui entender o raciocínio.

Sem o texto fica difícil

Acertei, nem acredito kkkkkkkkk

essa prova é apavorante.