Na ótica lukacsiana, a vida cotidiana caracteriza-se por uma...

A alternativa correta é: B - insuprimibilidade ontológica.

Tema central da questão: A questão aborda o conceito de "vida cotidiana" segundo a perspectiva de Georg Lukács, um filósofo marxista que contribuiu significativamente com o campo da teoria social. Entender a visão de Lukács sobre a vida cotidiana é essencial para compreender como ele enxerga a reprodução social e a relação entre os indivíduos e a sociedade.

Resumo teórico: Na ótica de Lukács, a vida cotidiana é um elemento fundamental na estrutura social, onde se dá a reprodução dos indivíduos e, por consequente, da sociedade. Ele introduz o conceito de insuprimibilidade ontológica para destacar que a vida cotidiana não pode ser eliminada ou separada do histórico, já que é uma parte essencial da realidade humana.

Justificativa da alternativa correta: A expressão "insuprimibilidade ontológica" refere-se à ideia de que certos aspectos da realidade, como a vida cotidiana, são fundamentais e não podem ser suprimidos. Lukács vê a vida cotidiana como uma dimensão inseparável da existência humana, que está sempre presente na reprodução social e histórica dos indivíduos.

Análise das alternativas incorretas:

• A - heterogeneidade de trajetória sistêmica: Embora a vida cotidiana possa envolver complexidades, essa expressão não capta a essência da visão de Lukács sobre a inseparabilidade da vida cotidiana do histórico.
• C - objetivação alienante: Trata-se de outro conceito utilizado em teorias críticas, especialmente relacionadas à alienação, mas não é o foco da questão que requer um termo que reflita a permanência ontológica da vida cotidiana.
• D - exclusiva materialidade ontológica: Embora a materialidade seja um aspecto da análise ontológica, a expressão não reflete a ideia de insuprimibilidade da vida cotidiana que Lukács aborda.

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Gente, alguém pode explicar o que é isso?

A respeito da vida cotidiana e da formação social do indivíduo em sua cotidianidade,  José Paulo Netto, baseado em Lukács, escreveu: A vida cotidiana, posta assim em sua insuprimibilidade ontológica, não se mantém como numa relação seccionada com a história. O cotidiano não se descola do histórico – antes, é um dos níveis constitutivos: o nível em que a reprodução social se realiza na reprodução dos indivíduos enquanto tais. (NETTO, 2007 p. 66)

Na ótica lukacsiana, a vida cotidiana é insuprimível. pág.67

Fonte: livro Cotidiano, Conhecimento e Crítica

José Paulo Netto e Maria do Carmo Brant de Carvalho