É um equívoco. A resposta desse dilema é qualidade, não quan...

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Q2901272 Português

Pressa. Ansiedade. E a sensação de que nunca é possível fazer tudo – além da certeza de que sua vida está passando rápido demais. Essas são as principais conseqüências de vivermos num mundo em que para tudo vale a regra do “quanto mais rápido, melhor”. Psiquiatras já discutem a existência de um distúrbio conhecido como “doença da pressa”, cujos sintomas seriam a alta ansiedade, dificuldade para relaxar e, em casos mais graves, problemas de saúde e de relacionamento. “Para nós, ocidentais, o tempo é linear e nunca volta. Por isso queremos ter a sensação de que estamos tirando o máximo dele. E a única solução que encontramos é acelerá-lo”, afirma o jornalista canadense Carl Honoré. “É um equívoco. A resposta desse dilema é qualidade, não quantidade.”
Para outros especialistas no assunto, a aceleração é uma escolha que fizemos. Somos como crianças descendo uma ladeira de skate. Gostamos da brincadeira, queremos mais velocidade. O problema é que nem tudo ao nosso redor consegue atender à demanda. Os carros podem estar mais rápidos, mas as viagens demoram cada vez mais por culpa dos congestionamentos. Semáforos vermelhos continuam testando nossa paciência, obrigando-nos a frear a cada quarteirão. Mais sorte têm os pedestres que podem apertar o botão que aciona o sinal verde – uma ótima opção para controlar a ansiedade, mas com efeito muitas vezes nulo. É um exemplo do que os especialistas chamam de “botões de aceleração”. Na teoria, deixam as coisas mais rápidas. Na prática, servem para ser apertados e só.
O que fazermos com os dois segundos, no máximo, que economizamos ao acionar aquela tecla que fecha a porta do elevador? E quem disse que apertá-la duas, quatro, dez vezes vai melhorar a eficiência? Elevadores, aliás, são os ícones da pressa em tempos velozes. Os primeiros modelos se moviam a vinte centímetros por segundo. Hoje, o mais veloz sobe doze metros por segundo. E, mesmo acelerando, estão entre os maiores focos de impaciência. Engenheiros são obrigados a desenvolver sistemas para conter nossa irritação, como luzes ou alarmes que antecipam a chegada do elevador e cuja única função é aplacar a ansiedade da espera.

(Adaptado de Sérgio Gwercman, Superinteressante, março de 2005, p. 54-55)

É um equívoco. A resposta desse dilema é qualidade, não quantidade. (final do 1o parágrafo)

De acordo com a afirmativa acima,

Alternativas

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Interpretação do Enunciado:

A questão aborda a ideia de que a qualidade deve prevalecer sobre a quantidade em um contexto de dilemas da vida moderna. O enunciado sugere que a pressa e a busca por fazer muitas coisas em pouco tempo não são a melhor abordagem.

Alternativa Correta: d - é preciso aproveitar melhor o tempo de que dispomos, de uma forma menos agitada e mais prazerosa, dentro das comodidades oferecidas pela vida moderna.

Essa alternativa está em sintonia com a ideia de que a qualidade é mais importante que a quantidade. Ela propõe que devemos aproveitar o tempo de maneira mais prazerosa e menos apressada, o que está alinhado com o enunciado.

Justificativa das Alternativas Incorretas:

a - tudo deve ser feito o mais rapidamente possível, pois é a maneira segura que têm as pessoas de acompanhar o estágio atual de desenvolvimento tecnológico.

Essa opção sugere que a rapidez é essencial, o que contraria o princípio de priorizar a qualidade.

b - a pressa que caracteriza o mundo moderno constitui a única possibilidade de usufruir tudo aquilo que ele pode nos oferecer.

Essa alternativa também defende a pressa como única forma de aproveitar a vida moderna, o que contradiz a ideia do enunciado.

c - devemos adequar-nos ao modo de vida atual, adaptando nosso ritmo às características modernas, que imprimem maior velocidade a todas as coisas.

A afirmativa sugere uma adaptação à velocidade do mundo moderno, o que não está alinhado com a proposta de valorizar a qualidade.

e - tentar realizar o maior número de coisas num espaço mínimo de tempo é um engano, diante das inúmeras opções oferecidas pela vida moderna.

Embora essa alternativa critique a pressa, ela não propõe uma solução positiva como a alternativa d, que fala sobre aproveitar o tempo de forma prazerosa.

Conclusão: A alternativa d é a única que reflete a ideia de que devemos buscar qualidade e prazer no tempo que temos, ao invés de uma corrida desenfreada por realizar mais em menos tempo.

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