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Q931003 Enfermagem
As regiões brasileiras com maior incidência de acidentes ofídicos são Norte e Centro-Oeste. Considerando essa característica epidemiológica, é importante que o técnico de enfermagem saiba que
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A alternativa correta é a B. Vamos entender o porquê e analisar as demais alternativas.

A questão aborda o manejo e tratamento de acidentes ofídicos, ou seja, picadas de cobras, que são mais frequentes nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. O técnico de enfermagem deve estar bem informado sobre as condutas corretas a serem adotadas nesses casos, pois a intervenção adequada pode salvar vidas.

Alternativa B (Correta): O tratamento para acidentes botrópicos, causados por serpentes do gênero Bothrops (como a jararaca), é realizado com a aplicação do soro antibotrópico (SAB). Este soro é específico para neutralizar o veneno destes tipos de serpentes e é a medida terapêutica mais eficaz. Portanto, esta alternativa está correta.

Alternativa A: A realização do teste de sensibilidade cutânea antes de iniciar a soroterapia não é mais uma prática recomendada, pois pode atrasar o tratamento. Estudos demonstram que os testes cutâneos não são eficazes para prever reações alérgicas ao soro antiofídico. A administração do soro deve ser feita com monitoramento adequado para reações adversas.

Alternativa C: A aplicação de torniquetes ou garrotes não é recomendada em casos de picadas de cobras, pois pode causar danos adicionais ao membro afetado e piorar a situação ao comprometer a circulação sanguínea. A imobilização do membro é a medida correta para retardar a disseminação do veneno.

Alternativa D: Realizar incisões no local da picada é contraindicado. Esse procedimento, além de ser ineficaz, pode aumentar o risco de infecções e lesões locais. A orientação correta é lavar o local com água e sabão e manter a vítima em repouso.

Alternativa E: Em caso de falta do soro específico (como o anticrotálico), não se deve recorrer a antibioticoterapia e corticoterapia como tratamento para neutralizar o veneno. Essas práticas não substituem o soro específico e não são eficazes no tratamento de envenenamentos ofídicos.

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SORO ANTIBOTRÓPICO IVB

 

Composição

 

O soro antibotrópico é uma solução purificada de imunoglobulinas específicas, obtidas de soro de eqüídeos hiperimunizados com veneno de serpentes do gênero BothropsO soro é purificado por digestão péptica e fracionamento salino. Usa-se fenol como preservativo a 0,35%. Cada mililitro neutraliza 5,0 mg de veneno de referência de B. jararaca, em camundongos.

 

Indicações

 

Para o tratamento de acidentes comprovados de picadas de serpentes do gênero Bothrops (jararaca, jararacussu, urutu, cotiara e outras).

 

OBSERVAÇÃO: Este soro não deve ser usado em acidentes provocados por serpentes dos gêneros: Crotalus (cascavel), Lachesis muta (surucucu, surucutinga, pico de jaca) e Micrurus (corais venosas).

 

Posologia e Via de Administração

 

Devido à dificuldade de se saber a quantidade de miligramas de veneno inoculada, considerar, para efeito de posologia, o seguinte critério:

 

Casos Leves: Edema local discreto. Tempo de coagulação até 15 minutos. Aplicar 4 ampolas.

 

Casos Moderados: Edema local evidente. Tempo de coagulação até 60 minutos. Dor regional, sudorese, vômitos. Aplicar 8 ampolas.

 

Casos Graves: Edema local intenso, adenite regional e à distância, halo eritematoso e hemorrágico, hematúria, albuminúria, sudorese, hematêmese, melena, hemorragias externas. Aplicar 12 ampolas.

 

http://www.vacinas.org.br/vacinas23.htm

O tratamento em acidentes botrópicos é feito por meio da aplicação do soro antibotrópico (SAB).

A - ERRADA: O teste de sensibilidade, cutâneo ou ocular, tem sido excluído da rotina do tratamento de acidentes por animais peçonhentos em vários serviços no Brasil e no exterior. Além de apresentar baixa sensibilidade e baixos valores preditivos das RP, este procedimento retarda o início do tratamento específico. Diante destas considerações, não está indicada a realização do teste de sensibilidade.

B - CORRETA

C - ERRADA: não fazer torniquete ou garrote;

D - ERRADA: não cortar o local da picada e não perfurar ao redor do local da picada;

E - ERRADA: Antibioticoterapia: o uso de antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção. As bactérias isoladas de material proveniente de lesões são principalmente Morganella morganii, Escherichia coli, Providentia sp e Streptococo do grupo D, geralmente sensíveis ao cloranfenicol. Dependendo da evolução clínica, poderá ser indicada a associação de clindamicina com aminoglicosídeo

A ALTERNATIVA CORRETA É: B – o tratamento em acidentes botrópicos é feito por meio da aplicação do soro antibotrópico (SAB).

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:

  • Alternativa A: "A realização do teste de sensibilidade cutânea é obrigatória antes de iniciar a soroterapia."
  • Errado. A realização de teste de sensibilidade cutânea não é mais uma prática obrigatória antes de iniciar a soroterapia. A administração do soro deve ser feita o mais rápido possível após a mordedura, sem a necessidade de teste prévio.
  • Alternativa C: "A aplicação de torniquete ou garrote pode ser realizada antes ou concomitantemente à soroterapia."
  • Errado. A aplicação de torniquete ou garrote não é recomendada no manejo de acidentes ofídicos, pois pode piorar a situação, aumentando a pressão local e dificultando a circulação. O tratamento é realizado com a administração de soro antiveneno, e não se deve aplicar garrote.
  • Alternativa D: "Uma conduta de primeiros socorros para reduzir a absorção do veneno é realizar a incisão no local da picada."
  • Errado. Realizar incisão no local da picada não é recomendado e pode agravar a situação, favorecendo infecções e aumentando a absorção do veneno. A conduta correta é manter o paciente calmo e levar imediatamente para atendimento médico.
  • Alternativa E: "Em situação de falta de soro anticrotálico (SAC), indica-se a antibioticoterapia venosa e corticoterapia local."
  • Errado. A falta de soro anticrotálico não deve ser compensada por antibioticoterapia ou corticoterapia. O soro antiveneno é a principal forma de tratamento para acidentes ofídicos causados por serpentes do gênero Crotalus (cascavéis), e a ausência de soro não deve levar ao uso de antibióticos ou corticosteróides como tratamento inicial.

EM RESUMO: O tratamento para acidentes botrópicos, causados por serpentes do gênero Bothrops (como jararacas, jararacuçu, urutu), deve ser feito com a aplicação do soro antibotrópico (SAB). Medidas como garrote e incisão não são recomendadas, e a aplicação de soro deve ser feita o quanto antes.

PONTOS CHAVE:

  • O tratamento em acidentes botrópicos é feito com o soro específico (SAB).
  • A realização de teste de sensibilidade cutânea antes da soroterapia não é mais necessária.
  • A incisão e o uso de garrote não são condutas adequadas.

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