Ana Elizabete Mota, em seu livro Cultura da Crise e Segurida...

Em defesa da governabilidade do orçamento fiscal entende-se que as contribuições tanto patronais, como dos empregados devem corresponder à garantia de segurança para os futuros trabalhadores que venham a se aposentar.

A defesa de que a reforma da previdência, já anunciada na década de 1990, era e mantém-se como um movimento que tem origem na luta dos trabalhadores, sobretudo das centrais sindicais, cujas bandeiras se colocam sob a égide de que a ordem do capital é imutável.

Há uma ação ofensiva do capital para deslocar os objetos reais das lutas dos trabalhadores para o campo de suas propostas de enfrentamento da crise econômica, e a divulgação da crise da previdência procura responsabilizar a todos pela sua solução como se os efeitos dessa crise na seguridade recaíssem de forma equânime sobre capitalistas e trabalhadores. 

A crise da previdência tem uma forte motivação no processo de assistencialização da seguridade social, que se agrava com a proposição de incluir a assistência social no tripé da seguridade social.

A reforma é necessária para ajustes nos déficits do fundo público, uma vez que, ao longo dos anos, a massa de trabalhadores vem diminuindo em proporção ao número de aposentados, que passam a depender do orçamento da previdência, que também vem servindo para suprir outras ações do governo.