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Atendimento psicossocial: humanização é foco do tratamento em Aracaju
13 de outubro de 2017 – Tirzah Braga

    Um cuidado fundamentado na humanização, que envolve arte, família e gestão participativa. Assim é o modelo de tratamento utilizado pela Rede de Atenção Psicossocial (Reaps) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aracaju. Desde 2003, a política pública instituída pelo Ministério da Saúde tem sido desenvolvida na capital aracajuana como forma de transformar a realidade de milhares de pessoas com transtornos mentais ou por uso de álcool e outras drogas.
    As oficinas terapêuticas oferecidas nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da cidade são algumas das ações que auxiliam no tratamento humanizado dos pacientes, através da produção de trabalhos manuais, grupos musicais e teatrais, e da prática de atividades esportivas.
    Assim como acontece nas seis unidades dos Caps disponibilizadas à população, a assistente social do Caps Arthur Bispo do Rosário, Rosângela Nunes, realiza constantemente reuniões com os pais ou responsáveis das crianças e adolescentes com transtorno mental que são atendidos na unidade. De acordo com ela, o grupo coloca os familiares em igualdade de condição, gerando apoio mútuo.
    Para o motorista Vitório Heliotério Júnior, pai de uma das crianças atendidas pelo Caps, as reuniões são fundamentais para a evolução no tratamento dos pacientes. “Aqui nós aprendemos a cuidar e a educar o nosso filho de acordo com a necessidade. Antes a gente não sabia direito como lidar com o comportamento dele, mas com as reuniões nós estamos compreendendo e ele está tendo um desenvolvimento melhor. Acredito que a nossa colaboração em casa tem sido bem positiva”, reconhece.
    Além disso, os usuários, trabalhadores e gestores também participam das decisões a respeito do Caps, por meio das assembleias nas unidades. “Eles abordam o que querem nas reuniões, sugerem o que pode melhorar e o que pode ser feito para resolver a situação. Essa cogestão é uma das diretrizes definidas pela Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde que colocamos em prática”, explica Dalmare Sá, coordenador da Reaps.
    A Política Nacional de Humanização (PNH) foi implantada pelo Ministério de Saúde, em 2003, para efetivar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre os participantes.
    “O SUS foi criado em 1988 para esse tipo de cuidado, que não olhasse só para a doença, mas sim para todo o contexto. Hoje, a saúde mental é potente por conta disso, ela consegue transcender à (sic) questão da saúde e da doença. Trabalhamos todos os aspectos do indivíduo e vale a pena fazer a diferença na vida das pessoas”, destaca o coordenador da Reaps.

Disponível em: <http://www.faxaju.com.br/index.php/2017/10/13/atendimento-psicossocial-humanizacao-e-foco-do-tratamento-em-aracaju/>. Acesso em: 14 out. 2017 (fragmento adaptado).
"Um cuidado fundamentado na humanização, que envolve arte, família e gestão participativa. Assim é o modelo de tratamento utilizado pela Rede de Atenção Psicossocial (Reaps) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aracaju."
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