No fragmento “O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, que,...
Os “novos quilombos” e os desafios da “velha escola”
Para fugir da exploração, das violências e do sofrimento impostos pela estrutura socioeconômica escravista do Brasil colonial, grupos de africanos escravizados estabeleciam esconderijos no meio da floresta: os quilombos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, que, segundo alguns historiadores, chegou a reunir cerca de 20 mil habitantes, sob a liderança de Zumbi, morto numa emboscada em 1695 e contemporaneamente alçado ao panteão dos heróis nacionais. Durante os mais de 300 anos de escravidão no Brasil, inúmeros quilombos foram iniciados e dissolvidos.
Com a lei que aboliu a escravatura, em 1888, os quilombos deixaram de se caracterizar como comunidades clandestinas. Sem escravidão oficial, não havia como se falar em “escravos fugidos”. Em decorrência do esfacelamento da sociedade colonial escravista, a categoria quilombo não definia mais as situações daquelas comunidades, mas as pessoas que as formaram, bem como as gerações de seus descendentes não deixaram de existir e de habitar aqueles territórios.
Durante boa parte do século 20, historiadores e antropólogos entraram em contato e pesquisaram aquilo que denominaram “comunidades negras rurais” ou “terras de preto”, como eram chamados os grupos que, julgava-se, descendiam diretamente dos quilombos, tais como Kalunga (Goiás) e Conceição das Crioulas (Pernambuco), para citar algumas das mais conhecidas. Em comum, essas coletividades eram compostas de lavradores com práticas econômicas rurais de subsistência ou atividades econômicas de baixa intensidade. As populações apresentavam baixa escolaridade e acesso reduzido a serviços e bens públicos, como educação, saúde e saneamento.
Muitas conservavam manifestações culturais antigas e tradicionais, como jongo e capoeira, em geral associadas ao patrimônio cultural de origem africana. Outra característica comum era a luta pela manutenção de suas famílias nas terras que habitavam e onde trabalhavam. Durante boa parte do século 20, essas terras foram objeto de conflitos e violações, gerando, em muitos casos, litígios judiciais, uma vez que, em sua maioria, essas pessoas não possuíam titulação das propriedades [...].
(Fonte: Ciência Hoje — adaptado.)
No fragmento “O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, que, segundo alguns historiadores, chegou a reunir cerca de 20 mil habitantes, sob a liderança de Zumbi [...]”, o pronome relativo sublinhado pode ser substituído, sem alterar o sentido e mantendo a correção gramatical, por:
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Interpretação da Questão: A questão apresenta um fragmento de texto em que um pronome relativo é utilizado. O objetivo é identificar uma substituição correta para o pronome que, mantendo a correção gramatical e o sentido original. O tema central é o uso de pronomes relativos na língua portuguesa.
Norma Gramatical Aplicável: O pronome relativo que pode ser substituído por pronomes como o qual, do qual, no qual, e em que, dependendo do contexto e da estrutura da frase. A regra fundamental é que a substituição deve respeitar a relação de referência estabelecida no texto.
Alternativa Correta: A alternativa A - "O qual" é a resposta correta. O pronome o qual é um pronome relativo que pode substituir que sem alterar o sentido da frase. Neste caso, ele se refere a "Quilombo de Palmares", funcionando como uma ligação adequada e formal na construção da frase.
Justificativa das Alternativas Incorretas:
B - "Do qual": Esta opção não é adequada, pois "do qual" indica uma relação de posse ou pertencimento e não se encaixa no contexto apresentado, que fala sobre a quantidade de habitantes do quilombo.
C - "No qual": Embora "no qual" seja um pronome relativo válido, ele sugere um sentido de localização que não se aplica ao contexto da frase. A frase não fala sobre um lugar específico que o quilombo ocupa, mas sim sobre suas características.
D - "Em que": Similar ao caso de "no qual", "em que" também sugere uma relação de localização e não é a escolha correta para substituir o pronome que na frase. O pronome que está funcionando como um conector que introduz uma oração adjetiva, e "em que" alteraria o sentido pretendido.
Em resumo, a substituição do pronome que por o qual é a única opção que mantém a clareza e a correção gramatical do texto mencionado.
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