Infere-se do texto que o cronista, ao conversar com o motori...

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Q3290996
Português Interpretação de Textos , Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto ,
Ano: 2025 Banca: FCC Órgão: TRT - 15ª Região (SP) Prova: FCC - 2025 - TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade Tecnologia da Informação |
Q3290996 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

    Muitos e muitos anos atrás, antes do asfalto, quando a rodovia Fernão Dias ou era um mar de pó ou um mar de lama, as viagens eram aventuras. Eu morava no interior de Minas e o jeito de vir a Campinas para ver a namorada era arranjar carona em algum caminhão. Pois foi numa destas vezes que o motorista, delicadamente, para início de uma conversa que prometia ser muito longa, me perguntou: “E O que é que você faz?” Eu poderia ter dito simplesmente: "Sou professor”. isto ele entenderia perfeitamente, pois já havia frequentado escolas, sabia muitas coisas sobre professores, e passaria então a contar de suas proezas na aritmética e suas dificuldades com a lingua pátria. Mas eu, tolo, e para dar um ar de importância, respondi: “Sou professor de filosofia..." O rosto do motorista se iluminou num largo sorriso. “Até que enfim”, ele disse. “Faz anos que eu quero saber o que é filosofia e até hoje não encontrei ninguém que me explique. Mas hoje tenho a sorte de ter um professor de filosofia como companheiro de viagem. Afinal de contas, o que é filosofia?”  
    Não tenho memória alguma do que lhe disse como inútil explicação. 

(ALVES, Rubens. O retorno e terno. Papirus, Campinas, 2010) 
Infere-se do texto que o cronista, ao conversar com o motorista de caminhão, arrependeu-se de ter agido com certa
Alternativas

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[GABARITO: LETRA D]

"arrogância."

O texto deixa claro que o cronista se arrependeu de ter respondido de forma pretensiosa ao motorista. Isso é evidenciado pelos seguintes trechos:

  • "Eu poderia ter dito simplesmente: 'Sou professor'" → Indica que havia uma resposta mais humilde e adequada.
  • "Mas eu, tolo, e para dar um ar de importância, respondi: 'Sou professor de filosofia...'" → O uso de "tolo" e "dar um ar de importância" revela que o cronista reconhece ter agido com afetação intelectual, um tipo de arrogância.

Astúcia

Qualidade da pessoa astuta, esperta, sagaz; esperteza.

Habilidade de enganar; manha, sagacidade.

Característica da pessoa que busca benefícios e vantagens às custas de outras pessoas; malícia, artimanha.

arrogância??? pq?

O termo "Tolo" pode gerar interpretação de que o cronista agiu de forma "negligente" também. Portanto, creio que a questão da margem para duas alternativas: C e D.

 Eu poderia ter dito simplesmente: "Sou professor”. isto ele entenderia perfeitamente, pois já havia frequentado escolas, sabia muitas coisas sobre professores, e passaria então a contar de suas proezas na aritmética e suas dificuldades com a lingua pátria. Mas eu, tolo, e para dar um AR DE IMPORTÂNCIA respondi: “Sou professor de filosofia..."

-Ou seja, ele reconhece que PODERIA ter dito de uma forma SIMPLES e que seria PERFEITAMENTE ENTENDIDO. Porém, ele preferiu um ALGO A MAIS, buscando um "AR DE IMPORTÂNCIA". Dessa forma, ele não quis somente esclarecer a dúvida do motorista e sim ESCLARECER e PARECER IMPORTANTE= ARROGANTE

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