A definição do valor de um recurso ambiental é muito mais do...
A definição do valor de um recurso ambiental é muito mais do que proteger ou conservar a natureza, é uma questão de trazer à nossa linguagem econômica a importância da sua manutenção. Considerando a legenda abaixo, pode-se afirmar que o Valor Econômico de um Recurso Ambiental (VERA) é dado por:
• Valor de uso direto (VUD).
• Valor de uso indireto (VUI).
• Valor de opção (VO).
• Valor de existência (VE).
• Valor de não-uso (VNU)
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Alternativa Correta: A - VERA = (VUD + VUI + VO) + VE.
Vamos entender o tema central da questão. O Valor Econômico de um Recurso Ambiental (VERA) é um conceito que busca atribuir um valor financeiro aos recursos ambientais, considerando vários aspectos não apenas de uso, mas também de existência e opção futura. Este conceito é extremamente relevante na Gestão Ambiental, pois ajuda a justificar economicamente a preservação e a implementação de políticas de conservação.
Para compreender plenamente o VERA, é vital conhecer seus componentes:
- Valor de Uso Direto (VUD): Refere-se aos benefícios econômicos diretos que um recurso ambiental pode proporcionar, como madeira de uma floresta ou água de um rio.
- Valor de Uso Indireto (VUI): Envolve serviços ecossistêmicos que não são comercializados diretamente, como a purificação do ar ou a regulação do clima.
- Valor de Opção (VO): Relaciona-se à possibilidade futura de uso do recurso, mesmo que atualmente não seja utilizado. É uma espécie de reserva de valor.
- Valor de Existência (VE): É o valor atribuído ao simples fato de um recurso existir, independentemente de seu uso direto ou indireto, como a existência de espécies ameaçadas.
- Valor de Não-Uso (VNU): Envolve valores associados à existência ou à possibilidade de uso futuro, mesmo que não haja um plano de uso direto.
A formulação correta, conforme a alternativa A, sugere que o VERA considera tanto os valores de uso (direto, indireto e de opção) quanto o valor de existência.
Analisando as alternativas:
- Alternativa A: É correta pois inclui os componentes do valor de uso (VUD, VUI, VO) somados ao valor de existência (VE). Esta combinação reflete uma avaliação abrangente dos valores econômicos ambientais.
- Alternativa B: Está incorreta porque sugere subtrair o valor de não-uso (VNU), o que não faz sentido, pois deveria representá-lo como uma soma em relação aos valores de existência e de uso.
- Alternativa C: Errada, visto que sugere multiplicar os valores de uso e de existência, o que não é uma prática comum ou conceitualmente correta na valoração econômica ambiental.
- Alternativa D: Incorreta, já que propõe subtrair o VNU de todos os outros componentes, o que não se alinha com a compreensão de VERA, onde todos os valores são somados para representar a totalidade do valor econômico ambiental.
Estratégia de Interpretação: Para questões como essa, é essencial compreender o que cada componente significa e como eles se relacionam entre si. Lembre-se que o VERA visa somar todos os valores atribuídos aos recursos, não subtrair ou multiplicar.
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Gabarito: letra A.
É comum na literatura desagregar o valor econômico do recurso ambiental (VERA) em valor de uso (VU) e valor de não-uso (VNU).
Valores de uso podem ser, por sua vez, desagregados em:
Valor de Uso Direto (VUD) - quando o indivíduo se utiliza atualmente de um recurso, por exemplo, na forma de extração, visitação ou outra atividade de produção ou consumo direto;
Valor de Uso Indireto (VUI) - quando o benefício atual do recurso deriva-se das funções ecossistêmicas, como, por exemplo, a proteção do solo e a estabilidade climática decorrente da preservação das florestas;
Valor de Opção (VO) - quando o indivíduo atribui valor em usos direto e indireto que poderão ser optados em futuro próximo e cuja preservação pode ser ameaçada. Por exemplo, o benefício advindo de fármacos desenvolvidos com base em propriedades medicinais ainda não descobertas de plantas em florestas tropicais.
O valor de não-uso (ou valor passivo) representa o valor de existência (VE) que está dissociado do uso (embora represente consumo ambiental) e deriva-se de uma posição moral, cultural, ética ou altruística em relação aos direitos de existência de espécies não-humanas ou preservação de outras riquezas naturais, mesmo que estas não representem uso atual ou futuro para o indivíduo. Uma expressão simples deste valor é a grande atração da opinião pública para salvamento de baleias ou sua preservação em regiões remotas do planeta, onde a maioria das pessoas nunca visitarão ou terão qualquer benefício de uso.
Fonte: RONALDO SEROA DA MOTTA. MANUAL PARA VALORAÇÃO ECONÔMICA DE RECURSOS AMBIENTAIS, 1997.
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