Na historiografia brasileira, ainda encontramos poucas mulhe...

A representatividade e reconhecimento de mulheres e, em especial, mulheres negras na historiografia brasileira, tem sido uma questão desafiadora, refletindo-se na escassez de suas histórias nos materiais didáticos da Educação Básica. Um caso emblemático é o de Maria Felipa de Oliveira, uma mulher descendente de escravizados, nascida na ilha de Itaparica, na Bahia. Sua relevante atuação na história do Brasil foi reconhecida apenas recentemente, em 2018, ao ser incluída no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

No que tange à sua contribuição histórica, Maria Felipa destacou-se por sua liderança nas resistências populares que lutavam pela garantia da independência do Brasil contra as tropas portuguesas na província da Bahia. As forças de resistência lograram êxito em expulsar as tropas lusitanas em 2 de julho de 1823, uma data que ainda hoje é celebrada como o Dia da Independência da Bahia.

Essa destacada liderança confere a Maria Felipa um lugar de honra nos registros da nossa independência, afastando-a de eventos como a Revolta dos Malês ou o Quilombo de Palmares, com os quais não teve vinculação direta. Também não se registra seu envolvimento no alistamento de mulheres no exército brasileiro disfarçadas de homens para lutar contra as tropas portuguesas.

Portanto, é correto afirmar que a contribuição de Maria Felipa foi decisiva nas lutas pela independência do Brasil na Bahia, um legado que merece ser rememorado e ensinado com o devido respeito e admiração que sua figura histórica requer.

Alternativa B ?????? Discordo, por que ?! Maria Felipa de Oliveira liderou o alistamento de inúmeras mulheres, vestidas de homens, no exército brasileiro, contra as tropas portuguesas, pela independência do Brasil, em 1822, na Bahia.

Maria Felipa era uma marisqueira, pescadora e trabalhadora braçal. Ela era conhecida por sua força física e coragem. Durante a Guerra da Independência do Brasil, ela liderou um grupo de mulheres que se vestiram de homens para se alistar no exército brasileiro.

As mulheres de Maria Felipa participaram de diversas batalhas contra as tropas portuguesas. Elas foram essenciais para a vitória brasileira na Bahia, que foi expulsa das tropas portuguesas em 2 de julho de 1823.

As alternativas (A) e (C) estão incorretas porque Maria Felipa não participou da Revolta dos Malês nem do Quilombo de Palmares. A alternativa (B) está incorreta porque Maria Felipa não liderou as resistências populares pela garantia da independência do Brasil.

Discordo do gabarito! A Alternativa B se equivoca ao afirmar que houve participação popular no processo de independência do Brasil, quando, na verdade, foi um movimento conduzido pelas elites. A atuação de Maria Felipa está muito mais relacionada à emancipação feminina e afrodescendente ao participar do exército de forma clandestina do que a uma resistência popular contra os portugueses. Ora, ela lutou ao lado das tropas de D. Pedro contra os portugueses que resistiram, na Bahia, à independência até 1823. Não foi uma resistência popular.

E ai, gente? Questão anulável?

Maria Felipa de Oliveira (, data incerta — 4 de  de ) foi uma mulher , pescadora e trabalhadora braçal. Teria participado da luta da .

Sobre a personagem, há uma narrativa ficcional por vezes vista como fato histórico. A narrativa oral em geral afirma que Maria Felipa liderou um grupo para lutar contra os soldados portugueses: com o apoio de homens da cidade, queimou inúmeras embarcações portuguesas, diminuindo o poderio colonizador no decorrer da batalha, e depois, enfrentou os portugueses usando folhas de cansanção, uma folha típica da região, que em contato com a pele dá a sensação de queimação; e toda a ação resultou em uma queda no número de soldados da tropa portuguesa. A história foi registrada pelo escritor baiano , avô do romancista , e permanece ainda hoje no imaginário popular.

Pessoal, não confundam Maria Felipa com Maria Quitéria. Maria Felipa foi uma marisqueira, residente da Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos, que liderou um grupo de mulheres no processo de independência da Bahia (02/07/1823). Hoje, para nós baianos, a personagem de Maria Felipa é a representação de todas as mulheres negras que participaram do processo de independência. há um debate sobre a veracidade de sua existência, mas o que importa é que a figura da mulher negra foi crucial para a independência da Bahia. houve sim luta armada aqui! o processo de resistência se inicia com o povo de Cachoeira e de São Félix (cidades limítrofes). Depois Ilha de Itaparica e Salvador. a história da independência sulista é romântica às margens do Ipiranga. Aqui, na Bahia, a madeira deitou. Ou seja, os Portugueses foram expulsos na bala (ou na corneta ).