No sistema de ensino, a prática de compartimentalização do s...
No sistema de ensino, a prática de compartimentalização do saber e da inteligência e a visão reducionista das coisas rompem com a complexidade do mundo. A cerca desse assunto, julgue o próximo item.
A educação deve favorecer a aptidão natural da mente em
formular e resolver problemas essenciais e deve estimular o uso
da inteligência geral, predominante no período da infância e
extinta na adolescência em razão do aprendizado dos princípios
reducionistas das coisas.
Morin (2006) acredita que é preciso desenvolver a inteligência geral que é uma aptidão natural de nossa mente durante a infância e adolescência e que muitas vezes fica desestimulada ao longo da escolarização com as especializações disciplinares.
Logo, a educação deve favorecer a aptidão natural da mente em formular e resolver problemas essenciais e, de forma correlata, estimular o uso total da inteligência geral. Este uso total pede o livre exercício da curiosidade, a faculdade expandida e a mais viva durante a infância e a adolescência, que com frequência a instrução extingue.
Portanto, questão CORRETA.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. 11. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2006.
hum é um tanto quanto enfático usar o termo ''extinto'' que ''mitigado''. segue o baile.. rsrs
gab c
Gabarito: E - errado
A alternativa correta é "Errado". Vamos entender o porquê dessa escolha. O enunciado da questão levanta uma crítica à prática de compartimentalização do conhecimento e à visão reducionista, que são abordagens que simplificam o complexo mundo em que vivemos e que podem romper com a capacidade de entender essa complexidade.
Quando a questão menciona que a educação deve favorecer a aptidão natural da mente em formular e resolver problemas essenciais, ela está se alinhando com uma visão de educação que valoriza o pensamento crítico e a solução de problemas. Esse é um ponto de vista amplamente aceito e endossado por diversas teorias pedagógicas contemporâneas.
Entretanto, a questão se torna problemática ao afirmar que a "inteligência geral" é uma característica predominante na infância e que se extingue na adolescência em razão do aprendizado dos princípios reducionistas. Essa afirmação é equivocada porque sugere que a adolescência é um período de declínio cognitivo, o que não é apoiado pela pesquisa em desenvolvimento humano e psicologia educacional. Pelo contrário, a adolescência é um período de continuidade no desenvolvimento de habilidades cognitivas e de refinamento das capacidades de pensamento abstrato.
Além disso, a ideia de que o aprendizado reducionista extingue a inteligência geral não corresponde aos entendimentos atuais sobre a plasticidade cerebral e o desenvolvimento cognitivo ao longo da vida. Muito pelo contrário, uma educação bem estruturada e desafiadora pode promover o desenvolvimento contínuo da inteligência.
Nesse sentido, a assertiva erra ao perpetuar uma visão estática e limitante da educação e do desenvolvimento cognitivo, contradizendo as perspectivas construtivistas e holísticas do currículo que buscam integrar o conhecimento e desenvolver habilidades de pensamento crítico ao longo de toda a vida do indivíduo.
Em resumo, a visão de uma educação que estimule a resolução de problemas e o uso pleno das capacidades intelectuais é correta, mas a ideia de que a inteligência geral é extinta na adolescência devido ao aprendizado reducionista é um equívoco.