No que diz respeito aos aspectos morfossintáticos e semântic...
Em “Criaram-me a carne” (segundo período do segundo parágrafo), observa-se uma estratégia de indeterminação do sujeito que se explicitaria igualmente com a estrutura Criou-se a carne.
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1. "Criaram-me a carne"
- Verbo na terceira pessoa do plural (forma de indeterminação do sujeito).
- O pronome "me" indica que o falante é o destinatário ou beneficiário da ação.
- O sentido é: "Alguém (não identificado) criou a carne para mim".
2. "Criou-se a carne"
- Aqui, a indeterminação do sujeito ocorre pelo uso do pronome "se" apassivador, ou seja, o verbo "criar" se torna uma voz passiva sintética.
- Nesse caso, a frase seria equivalente a "A carne foi criada".
- Não há mais o pronome "me" (não há destinatário ou beneficiário).
- Portanto, o sentido muda completamente, pois agora a frase se refere a um evento impessoal e passivo, em que a carne foi criada de forma geral e não para uma pessoa específica.
Dessa forma, a indeterminação do sujeito em "Criaram-me a carne" ocorre por meio do uso da terceira pessoa do plural (sujeito indeterminado), enquanto "Criou-se a carne" é uma passiva sintética (a carne é o sujeito da oração) e não expressa a ideia de destinatário ou beneficiário.
Portanto, a assertiva está errada (E), pois as duas estruturas não produzem o mesmo sentido nem a mesma forma de indeterminação.
Resposta: Errado.
"(...) uma estratégia de indeterminação do sujeito que se explicitaria igualmente"
O foco não era para ser na estratégia? Ao meu ver, a estratégia indetermina o sujeito... o sentido muda, mas a questão fecha o escopo na estratégia por si só...
"Criou-se a carne" -> A carne foi criada
Não podemos dizer que é uma forma de interminar o sujeito. Ao conseguir passar da voz passiva sintética para a voz passiva analítica, chegamos a conclusão de que o pronome SE é um pronome apassivador e a oração é transitiva direta.
Tomar cuidado com isso: a forma de interminar o sujeito é com I.I.S (índice de indeterminação do sujeito), que é utilizado em verbos intransitivos e transitivos indiretos.
Gab: Errado
Criaram-me a carne: O sujeito é indeterminado
Criou-se a carne: O sujeito é a palavra "carne", portanto, é determinado.
O "se" é partícula apassivadora, já que é possível fazer a transposição da voz passiva sintética para a analítica.
Criou-se a carne.
A carne foi criada.
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