A citologia esfoliativa, um exame complementar muito útil, v...

Alternativa Correta: D - é um exame seguro para eliminar a suspeita de malignidade, uma vez que apresenta índice muito baixo de resultado falso negativo.

A questão trata da citologia esfoliativa, um exame complementar utilizado em medicina bucal. Este método é importante para a detecção precoce de lesões malignas ou pré-malignas na cavidade oral. O conceito central é compreender sua aplicação e limitações.

A citologia esfoliativa envolve a coleta de células superficiais de uma lesão ou área suspeita para análise microscópica. O exame é menos invasivo comparado à biópsia tradicional, sendo útil para triagem de lesões que não são clinicamente diagnosticadas.

Justificativa para a alternativa correta (D):

A alternativa D descreve corretamente que a citologia esfoliativa é um método seguro devido ao seu baixo índice de resultados falso negativos. Isso significa que, quando o teste é negativo, há uma alta probabilidade de que realmente não haja malignidade presente. Essa característica é crucial para a triagem inicial de lesões suspeitas de malignidade.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - O teste do azul de toluidina, ou teste de Shedd, é um método de coloração usado para identificar áreas de displasia ou malignidade na mucosa oral. No entanto, um resultado positivo não dispensa o uso da citologia esfoliativa, mas sim complementa o diagnóstico.

B - A citologia esfoliativa não é ideal para lesões císticas, mas a justificativa dada na alternativa é incorreta. As lesões císticas podem ser difíceis de amostrar corretamente pela citologia esfoliativa, mas a dificuldade está na natureza do conteúdo cístico, não na impossibilidade de coletar células da parede.

C - A sugestão de excisão total das lesões pequenas para aumentar a certeza do diagnóstico não está relacionada ao uso da citologia esfoliativa. O exame é feito para evitar procedimentos invasivos quando possível.

E - A análise de material durante a cirurgia, para decidir o tratamento das margens, é uma prática relacionada à biópsia por congelação, não à citologia esfoliativa. A citologia esfoliativa é realizada antes de qualquer intervenção cirúrgica.

Entender a aplicação e limitações da citologia esfoliativa é essencial para utilizar o exame de maneira eficaz na prática clínica. Esse conhecimento é fundamental para qualquer profissional da área de odontologia que atua em diagnóstico patológico.

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Essa questão está em fase de análise de recurso, pois de acordo com a literatura, (Hupp, Miloro) a correta seria a letra B.

CITOLOGIA ESFOLIATIVA COMO EXAME COMPLEMENTAR - De acordo com BORAKS:

• Exame rápido, pouco oneroso, fácil, inócuo sob o ponto de vista de injúria aos tecidos;
• Utiliza células esfoliadas para estudo microscópico.
• Principal finalidade: detecção de células malignas; pode ser utilizada também como auxiliar diagnóstico em doenças viróticas, fúngicas , bacterianas e alterações hormonais que provoquem alteração celular no epitélio.
• Fidelidade de diagnóstico de 95% --> falso negativo (a lesão é maligna mas foi informada como benigna) ocorre em 5% dos casos; falso positivo (resultado erroneamente positivo) é raro e ocorre em menos de 1% dos casos.
• Apesar de índice elevado de confiabilidade, NÃO substitui a biópsia.
• Indicações:

1. Tem utilidade em processos não tumorais com auxiliar de diagnóstico de alterações como aftas, leucoplasia, pênfigo vulgar, herpes, paracoccidioidomicose, sífilis, candidíase, lesões císticas (líquido)
2. Lesões extensas ou múltiplas
3. Controle de áreas submetidas a radioterapia
4. Controle de certas doenças e lesões cancerizáveis
5. Áreas onde o teste de shedd (azul de toluidina) foi positivo
6. Lesões aparentemente inócuas, sem razão suficiente para biópsia.

• Limitações: quantidade escassa de material e desvinculado do resto do tecido.

O recurso foi aceito à respeito dessa letra B?