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Q3035088 Odontologia
Um paciente apresenta episódios intermitentes e recorrentes de tumefação, dor, febre e linfadenopatia em região mandibular posterior esquerda. Suas imagens em tomografia computadorizada (CT) revelam uma lesão com área interna composta por um padrão ósseo esclerótico, pequenas regiões de radiotransparência e evidência de ilha de sequestro ósseo. A área periférica da lesão mostra neoformação óssea na parte externa da cortical original, com uma transição gradual entre o padrão trabeculado normal e o padrão denso e granular da doença, sem evidência de destruição óssea nessa região.

Essa descrição da imagem da lesão em CT, juntamente com a sintomatologia clínica, indica um provável diagnóstico de: 
Alternativas

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Alternativa Correta: E - osteomielite esclerosante difusa crônica.

Vamos compreender o que essa questão aborda. Estamos lidando com uma descrição clínica e radiográfica de uma condição que afeta a mandíbula. Para resolver a questão, precisamos entender os sinais e sintomas descritos e como eles se relacionam com diferentes condições patológicas.

Resumo Teórico:

A osteomielite esclerosante difusa crônica é uma inflamação do osso que leva ao aumento da densidade óssea (esclerose) em resposta a uma infecção crônica. Essa condição é caracterizada por episódios de dor, febre, e linfadenopatia. Nas imagens, ela pode mostrar áreas de esclerose mista com regiões de radiotransparência, ilhas de osso morto (sequestros), e neoformação óssea. O termo "crônica" indica que a infecção persiste por um longo período, causando mudanças gradativas no osso.

Justificativa da Alternativa Correta:

A descrição fornecida no enunciado apresenta tumefação recorrente, dor, febre e linfadenopatia, além de achados de padrão ósseo esclerótico e ilhas de sequestro ósseo. Tudo isso é típico da osteomielite esclerosante difusa crônica, o que justifica a escolha da alternativa E.

Análise das Alternativas Incorretas:

  • A - osteossarcoma: Esta é uma neoplasia óssea maligna que tende a apresentar crescimento destrutivo e agressivo, muitas vezes com destruição óssea evidente, o que não se alinha com a descrição de transição gradual e ausência de destruição óssea.
  • B - displasia fibrosa: Esta condição apresenta um padrão de "vidro fosco" nas imagens radiográficas e geralmente não está associada a febre e linfadenopatia.
  • C - doença de Paget: Normalmente afeta adultos mais velhos e apresenta uma mistura de destruição óssea e neoformação, mas não costuma causar febre ou linfadenopatia.
  • D - histiocitose de células de Langerhans: Pode afetar os ossos, mas frequentemente leva a destruição óssea e lesões líticas, o que não é compatível com a descrição esclerótica e sem destruição óssea.

Estratégias de Interpretação:

Ao lidar com questões clínicas e radiográficas, é importante correlacionar sintomatologia com imagens. Preste atenção a palavras-chave como "intermitentes", "esclerótico", "sequestro" e "neoformação óssea", que podem direcionar para a patologia correta. Além disso, descarte alternativas que não correspondam ao quadro clínico completo.

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A Osteomielite esclerosante difusa (OED) é uma doença inflamatória crônica, que envolve resposta proliferativa do osso a uma infecção de baixa intensidade e longa duração. Tem sido relatada com maior frequência em mulheres adultas negras, e a maioria dos casos que envolve a região crânio-facial e se dá na mandíbula.

 tumefação, dor, febre e linfadenopatia em região mandibular posterior esquerda.

padrão ósseo esclerótico, pequenas regiões de radiotransparência e evidência de ilha de sequestro ósseo. 

Descartei a OSTEOMIELITE por no final da questão ele ter relatado a ausência de destruição óssea na região

LETRA E CORRETA

A osteomielite esclerosante difusa crônica (também conhecida como osteomielite crônica com esclerose) é uma forma de osteomielite caracterizada por episódios intermitentes de dor, febre, linfadenopatia e tumefação na área afetada, o que é consistente com a sintomatologia descrita no caso. A tomografia computadorizada (CT) revela uma lesão com um padrão ósseo esclerótico, pequenas áreas de radiotransparência e evidência de sequestro ósseo. Esses achados são típicos da osteomielite crônica, especialmente quando ocorre um processo inflamatório de longa duração que leva à formação de tecido ósseo novo e esclerótico.

  • Padrão ósseo esclerótico: A osteomielite crônica frequentemente leva à formação de osso novo e esclerose, uma resposta do corpo ao processo inflamatório contínuo.
  • Regiões de radiotransparência: Isso pode indicar áreas de necrose óssea ou sequestro ósseo, características típicas da osteomielite crônica.
  • Sequestro ósseo: Sequestros são fragmentos de osso necrosado que permanecem no local de infecção. A presença de sequestro ósseo na lesão é um indicativo clássico de osteomielite crônica.
  • Neoformação óssea: A formação de osso novo na periferia da lesão, junto com a transição gradual para o padrão ósseo normal, é um sinal de que o corpo está tentando cicatrizar a área de infecção

A) Osteossarcoma: Embora o osteossarcoma também possa causar lesões ósseas, ele geralmente é caracterizado por destruição óssea agressiva, não por esclerose e neoformação óssea. Além disso, a sintomatologia típica do osteossarcoma inclui dor constante e crescimento rápido da massa, o que não é totalmente compatível com a descrição clínica de episódios intermitentes.

B) Displasia fibrosa: A displasia fibrosa também pode apresentar um padrão ósseo misto (esclerótico e radiolúcido), mas geralmente não é associada a episódios de febre, dor e linfadenopatia, características inflamatórias presentes nesse caso. Além disso, a transição gradual para o padrão ósseo normal e a presença de sequestro ósseo não são típicas da displasia fibrosa.

C) Doença de Paget: A doença de Paget pode causar esclerose óssea, mas é mais comum em ossos largos (como a pelve e fêmur) e raramente apresenta sequestro ósseo ou episódios intermitentes de dor e febre como descrito no caso.

D) Histiocitose de células de Langerhans: Essa condição é mais comum em crianças e pode causar lesões osteolíticas, além de dor e inchaço. No entanto, a descrição de uma lesão com padrão ósseo esclerótico e a ausência de características típicas da histiocitose (como lesões mais radiolúcidas e destrutivas) tornam essa opção menos provável.

FONTE:

Radiologia Oral", de Chavez & Oliviero (2009)

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