Segundo o texto, no 1º parágrafo, na frase “Sofremos por qu...
DEFINITIVO
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando−se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...
Fonte: Martha Medeiros(adaptado).
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Gabarito comentado
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Vamos analisar a questão proposta, que envolve o uso das expressões “por que”, “por quê”, “porque” e “porquê”, que são comumente confundidas. O foco aqui é entender quando utilizar cada uma dessas formas.
1. A norma gramatical: As formas são utilizadas em diferentes contextos:
- Por que: Usado em perguntas, diretas ou indiretas, e equivale a "por qual razão".
- Por quê: Usado quando aparece no final de uma frase interrogativa, significando "por qual motivo".
- Porque: Usado em respostas ou explicações, equivalente a "pois" ou "para que".
- Porquê: Usado como substantivo, geralmente precedido de artigo, significando "o motivo".
2. Análise da alternativa correta: A alternativa D - "Por que sofremos?" está correta, pois, ao reestruturar a frase da questão, mantemos a característica de uma pergunta, que requer o uso de “por que”.
3. Justificativa das alternativas incorretas:
- A - "Porquê sofremos?": Incorreta, pois “porquê” é um substantivo e não se encaixa em uma pergunta.
- B - "Porque sofremos?": Incorreta, pois “porque” é usado para respostas ou explicações, não para perguntas.
- C - "Por quê sofremos?": Incorreta, pois “por quê” deve ser utilizado no final de uma frase e não no início.
Portanto, a única alternativa que se adequa corretamente ao contexto da pergunta é a D - "Por que sofremos?".
Esse tipo de questão é bastante comum em concursos e exige atenção às regras gramaticais. Estude essas expressões e pratique sua utilização em diferentes contextos para se familiarizar com elas.
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Comentários
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Por que = Por qual motivo
PORQUE --- > JUNTO , EXPLICA
POR QUE --- > SEPARADO, PERGUNTA
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