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Q3011423 Português
A vida nas primeiras cidades áridas do Brasil
Por Juliana Faddul



(Disponível em: piaui.folha.uol.com.br/cidades-aridas-brasil-desertificacao/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando a regência verbal e o acento indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 02, 22 e 31. 
Alternativas
Q2914231 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


O mais traiçoeiro dos predadores .


asdasdO tigre-de-bengala, um dos símbolos tradicionais da India, está desaparecendo a um ritmo alarmante. Dos 40 000 espécimes que viviam nas florestas indianas há um século, hoje restam apenas 1 000. Na semana passada, noticiou-se que a segunda maior reserva natural da India, o Parque Nacional de Panna, não tem mais nenhum dos 24 tigres que abrigava até 2006. Em 2004, desapareceram os últimos tigres da maior das reservas indianas, o Parque Nacional de Sariska, e, segundo relatórios de organizações ambientais, o mesmo está acontecendo no parque de Sanjay. O motivo para o sumiço dos animais é um só — a ação implacável dos caçadores. Vender um tigre aos pedaços pode render até 50 000 dólares. O principal destino dos tigres mortos é a China, onde persiste o costume de usar partes de animais selvagens na medicina, a chamada opoterapia. Muitos chineses acreditam que os ossos dos tigres têm propriedades anti-inflamatórias e os testículos, servidos à mesa, seriam poderosos afrodisíacos. Os parques nacionais indianos foram criados nos anos 70 justamente com o objetivo de evitar a caça indiscriminada aos tigres. Durante um tempo, deu certo. Em uma década, a população de tigres saltou de 1 800 espécimes para 4 000. De lá para cá, porém, a sanha dos caçadores aumentou e o comércio de animais cresceu associado aos cartéis do tráfico de drogas.


asdasdDesde tempos ancestrais o homem teme os animais predadores. Ainda hoje há registros de ataques frequentes a humanos. Na Tanzânia, país onde vive o maior contingente de leões selvagens, mais de 500 pessoas foram devoradas por eles desde o início dos anos 90. Acredita-se que esses ataques ocorram por dois motivos: o avanço das populações sobre seu território e a redução do número de suas presas naturais, como gazelas e antílopes, em consequência da caça e da devastação da vegetação. Nenhum animal, porém, se compara ao ser humano na voracidade em caçar outras espécies, mesmo que elas se encontrem sob risco de desaparecer do planeta. “As principais causas da extinção de animais são direta ou indiretamente ligadas ao homem, como a destruição dos habitats, a introdução de espécies que desequilibram os ecossistemas e a caça”, disse a VEJA o biólogo equatoriano Arturo Mora, da Internacional Union for Conservation of Nature, sediada na Suíça.


asdasdAssim como os tigres indianos, outros animais selvagens de grande porte encontram-se ameaçados de extinção pela ação humana. Em 100 anos, a população de orangotangos foi reduzida em 91%. Os 30 000 espécimes que restam continuam a ser caçados e vendidos como alimento. A situação dos orangotangos tende a piorar — nos últimos vinte anos, 80% de seu habitat foi destruído. Os elefantes africanos não têm melhor sorte. Nos últimos sessenta anos, o número de espécimes foi reduzido de 5 milhões para 700 000. Nesse caso, a cobiça dos caçadores recai sobre as presas de marfim. Todo ano a organização ambiental World Wildlife Fund divulga uma lista dos principais animais ameaçados de extinção. Na lista de 2009, entre os mamíferos, figuram espécies de elefante, rinoceronte e urso. )


asdasdA escalada na eliminação de animais selvagens da Africa e da Ásia é, em parte, consequência da exploração econômica das regiões. A instalação de madeireiras, mineradoras e carvoarias nas selvas exige que se rasguem estradas para o escoamento da produção. Essas mesmas estradas servem para que os caçadores penetrem cada vez mais nas selvas em busca de suas presas. No caso dos parques nacionais, o problema é de outra ordem. Eles são feitos para preservar os animais e permitir que se reproduzam, mas os governos não conseguem controlar a ação dos caçadores, que muitas vezes contam com a conivência de guardas corruptos. Diante do desaparecimento dos tigres-de-bengala na reserva nacional de Panna, o ministro indiano das Florestas, Rajendra Shukla, se disse surpreso e anunciou uma investigação rigorosa para apurar o que aconteceu. Seja qual for o resultado da investigação, é certo que os tigres de Panna foram vítimas do mais traiçoeiro e contumaz dos predadores do planeta, o próprio homem.


Renata Moraes, VEJA. 29 de julho de 2009.

Assinale a opção que apresenta, respectivamente, os sinônimos das palavras grifadas nos trechos abaixo.


“a sanha dos caçadores aumentou...”

“foram vítimas do mais traiçoeiro e contumaz dos predadores do planeta, o próprio homem.”

“..contam com a conivência de guardas corruptos.”

Alternativas
Q2855361 Português

Determinadas palavras são frequentes na redação oficial. Conforme as regras do Acordo Ortográfico que entrou em vigor em 2009, assinale a opção CORRETA que contém apenas palavras grafadas conforme o Acordo.


I. abaixo-assinado, Advocacia-Geral da União, antihigiênico, capitão de mar e guerra, capitão-tenente, vice-coordenador.

II. contra-almirante, co-obrigação, coocupante, decreto-lei, diretor-adjunto, diretor-executivo, diretor-geral, sócio-gerente.

III. diretor-presidente, editor-assistente, editor-chefe, ex-diretor, general de brigada, general de exército, segundo-secretário.

IV. matéria-prima, ouvidor-geral, papel-moeda, pós-graduação, pós-operatório, pré-escolar, pré-natal, pré-vestibular; Secretaria-Geral.

V. primeira-dama, primeiro-ministro, primeiro-secretário, pró-ativo, Procurador-Geral, relator-geral, salário-família, Secretaria-Executiva, tenente-coronel.


Assinale a alternativa CORRETA:


Alternativas
Q2800823 Português

Milton e o concorrente

Milton ainda não abriu sua loja, mas o concorrente já abriu a dele; e já está anunciando, já está vendendo, já está liquidando a preços abaixo do custo. Milton ainda está na cama, ao lado da amante, desta mulher ilegítima , que nem bonita é, nem simpática; o concorrente já está de pé, alerta, atrás do balcão. A esposa – fiel companheira de tantos anos – está ao seu lado, alerta também. Mílton ainda não fez o desjejum (desjejum? Um cigarro, um copo de vinho, isto é desjejum?) – o concorrente já tomou suco de laranja, já comeu ovo, torrada, queijo, já sorveu uma grande xícara de café com leite. Já está nutrido.

Milton ainda está nu, o concorrente já se apresenta elegantemente vestido. Milton mal abriu os olhos, o concorrente já abriu os jornais da manhã, já está a par das cotações da bolsa e das tendências do mercado. Milton ainda não disse uma palavra, o concorrente já falou com clientes, com figurões da política, com o fiscal amigo, com os fornecedores. Milton ainda está no subúrbio; o concorrente, vencendo todos os problemas de trânsito, já chegou ao centro da cidade, já está solidamente instalado no seu prédio próprio. Milton ainda não sabe se o dia é chuvoso, ou de sol, o concorrente já está seguramente informado de que vão subir os preços dos artigos de couro. Milton ainda não viu os filhos (sem falar da esposa, de quem está separado); o concorrente já criou as filhas, já as formou em Direito e Química, já as casou, já tem netos.

Milton ainda não começou a viver.

O concorrente já está sentido uma dor no peito, já está caindo sobre o balcão, já está estertorando, os olhos arregalados – já está morrendo, enfim.


Moacyr Scliar

De acordo com a ortografia oficial, assinale a alternativa em que a frase está corretamente grafada.

Alternativas
Q2777544 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Todo mundo tem pelo menos um esqueleto escondido no armário


  1. Quando o suposto “defeito” fica na parte de fora da gente, aprendemos a disfarçá-lo;
  2. com cortes de cabelo, maquiagem, roupas que nos favoreçam, filtros fotográficos e o que mais
  3. estiver ao nosso alcance para que possamos exibir ao mundo uma imagem mais aceita e
  4. “curtível”. Já quando a incongruência vem de dentro, do nosso caráter ou do nosso DNA
  5. afetivo, aí a coisa fica um pouquinho mais complicada. Para nossas distorções internas não ___
  6. filtro, roupa de grife ou tratamento estético que dê jeito. O mais estranho é que, talvez, seja
  7. exatamente essa maior dificuldade encontrada o que nos torna tão especialistas em camuflar
  8. nossas partes internas mais densas, pesadas, estranhas e rejeitadas. Por exemplo, reparou
  9. como todo mundo se sente vítima da inveja, mas ninguém assume ser invejoso? Essa conta
  10. simplesmente não fecha; sobra “x”, sobra incógnitas, sobra dividendos e zeros depois da
  11. vírgula. E a explicação para essa transgressão matemática é muito simples: a nossa
  12. configuração interna não é exata, não flutua segundo a orientação dos maravilhosos (e
  13. assustadores) algoritmos, não há fórmula racional possível para equalizar nossas demandas
  14. emocionais, nossas batalhas diárias contra nosso mais terrível inimigo: a falta de
  15. autoconhecimento.
  16. Somos completos estranhos para nós mesmos. Essa personagem que acorda conosco
  17. dentro de nós apenas imagina quem seja essa outra personagem que a gente vê no espelho, e
  18. vice-versa. Somos pelo menos dois tentando fazer dar certo um casamento indissolúvel. O fato
  19. é que passamos a vida julgando os outros, querendo os outros, desejando os outros, rejeitando
  20. os outros, perseguindo os outros e descartando os outros, para tentar escapar do nosso
  21. intransferível destino: somos completamente incapazes de sentir por nós mesmos todas essas
  22. complexas paixões de aproximação e desapego. Então, para não termos de encarar de frente
  23. esse desafio enorme que é desencavarmos esse fóssil humano de nós mesmos, soterrado sob
  24. inúmeras camadas de poeira, pedra e lágrimas, seguimos fingindo que está tudo bem.
  25. Arranjamos jeitos de doer menos, nos cercamos de crenças – religiosas ou não – para nos
  26. acalmar a angústia diante da nossa indisfarçável imperfeição. Seguimos recitando pequenas
  27. ladainhas, invocando algum deus ou sábio, a fim de explicar ou abençoar nossas pretensões à
  28. uma suposta santidade ou – ainda mais ambiciosos – a fim de alcançar uma coisa chamada
  29. “paz interior”.
  30. É, companheiro, só a gente mesmo para entender o quão complexo, custoso e
  31. desafiador é carregar-nos todo santo dia para cima e para baixo. E haja academia, terapia,
  32. creme hidratante, plástica capilar, fruta orgânica e receitas sem carboidrato para caber em tão
  33. descabida expectativa. Quem sabe não esteja na hora de visitarmos aquele porão esquecido,
  34. frio e escurinho. Abrir aquele armário secreto, trancado a sete chaves e dar uma boa olhada
  35. naquele esqueletinho que padece ali, abandonado e sem afeto. Imagine cada um de nós
  36. andando por aí com seu podre revelado… Talvez, de início se instalasse o caos. Sim, _______
  37. desacostumamos demais da verdade. Porque, no começo, insistiríamos em afirmar que o
  38. esqueleto do outro é muito mais temível do que o nosso. Entretanto, passado um tempo…
  39. acabaríamos compreendendo que não há uma variedade assim tão grande de defeitos. Nossos
  40. horrores internos são, na verdade, muito mais parecidos do que a nossa vitrine inventada e
  41. mantida com tanto custo. Reveladas nossas entranhas esquisitas, acabaríamos tirando um peso
  42. enorme do peito e das costas e descobriríamos que nossas faltas, assim como nossos excessos,
  43. são apenas casquinhas de feridas que ainda não aprendemos a curar.

Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em https://www.contioutra.com/todo-mundo-tem-pelo-menos-um-esqueleto-escondido-no-armario/. Acesso em 9 set. 2018.

O termo “autoconhecimento” (l. 15) não é hifenizado. Qual das palavras a seguir está grafada INCORRETAMENTE por necessitar de hífen, levando-se em conta a vigência do Novo Acordo Ortográfico?

Alternativas
Respostas
1: B
2: B
3: E
4: A
5: B