O aprisionamento aéreo, com aumento das pressões pulmonares ...

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Q2277247 Fisioterapia
O aprisionamento aéreo, com aumento das pressões pulmonares e auto-PEEP, é comum tanto em pacientes com obstrução das vias aéreas quanto em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma e em presença de broncoespasmo, sendo responsável pelo aumento do trabalho respiratório nesses indivíduos. A medida ventilatória a ser adotada para minimizar a auto-PEEP e o trabalho respiratório em pacientes em assistência ventilatória mecânica consiste na utilização de:
Alternativas

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Tema Central da Questão: A questão aborda o manejo ventilatório em pacientes com aprisionamento aéreo e auto-PEEP, condições comuns em doenças obstrutivas das vias aéreas como DPOC e asma. O foco está na estratégia ventilatória para minimizar a auto-PEEP e o trabalho respiratório em ventilação mecânica.

Resumo Teórico: Em pacientes com doenças obstrutivas, há um aumento da resistência ao fluxo aéreo, levando ao aprisionamento de ar nos pulmões e ao desenvolvimento de auto-PEEP (pressão expiratória final intrínseca). Essa condição eleva o trabalho respiratório, podendo acarretar dificuldades significativas na ventilação. Ajustes nos parâmetros ventilatórios são necessários para otimizar a troca gasosa e reduzir o esforço respiratório.

Justificativa da Alternativa Correta (D): A relação tempo inspiração/tempo total (Ti/TTOT) baixa é a resposta correta porque ao diminuir o tempo inspiratório relativo, aumenta-se o tempo disponível para a expiração. Isso ajuda a prevenir o aprisionamento aéreo, permitindo que o paciente esvazie mais os pulmões antes do próximo ciclo inspiratório, reduzindo assim a auto-PEEP e o trabalho respiratório.

Análise das Alternativas Incorretas:

  • A - Fluxos inspiratórios baixos: Fluxos inspiratórios baixos podem comprometer a ventilação alveolar e não são eficazes em reduzir o aprisionamento aéreo, pois não abordam diretamente a necessidade de prolongar o tempo expiratório.
  • B - Tempo de subida (rise time) longo: Ajustar o tempo de subida diz respeito ao conforto no início da inspiração e não impacta diretamente o tempo disponível para a expiração.
  • C - Ciclagem expiratória (sensibilidade expiratória) baixa: Uma ciclagem expiratória baixa pode atrasar a mudança para a fase expiratória, potencialmente aumentando o aprisionamento aéreo.
  • E - Ajuste de PEEP de acordo com o cálculo da PEEP-Complacência: Embora o ajuste de PEEP seja importante, ele não aborda diretamente o manejo do tempo expiratório necessário para minimizar a auto-PEEP.

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Comentários

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manter baixo a relação TI/TT.

  • Relação Ti/TTOT baixa: Para minimizar a auto-PEEP e o trabalho respiratório em pacientes com obstrução das vias aéreas, como aqueles com DPOC, é necessário aumentar o tempo expiratório. Isso pode ser feito ao reduzir a relação tempo de inspiração/tempo total (Ti/TTOT), que permite mais tempo para a expiração e, assim, ajuda a prevenir o aprisionamento aéreo e a hiperinsuflação dinâmica.
  • A. Fluxos inspiratórios baixos: Fluxos inspiratórios baixos prolongam o tempo inspiratório, o que pode reduzir o tempo expiratório e, assim, aumentar a auto-PEEP.
  • B. Tempo de subida (rise time) longo: Um tempo de subida mais longo significa que o ventilador leva mais tempo para alcançar a pressão inspiratória máxima, o que também pode prolongar o tempo inspiratório e reduzir o tempo expiratório.
  • C. Ciclagem expiratória (sensibilidade expiratória) baixa: Isso também prolonga o tempo inspiratório, atrasando a transição para a expiração, o que pode aumentar o risco de hiperinsuflação dinâmica.
  • E. Ajuste de PEEP de acordo com o cálculo da PEEP-Complacência: Este é um método para ajustar a PEEP, mas não diretamente relacionado à minimização da auto-PEEP por meio da manipulação do tempo expiratório.

Alternativa correta: D. Relação tempo inspiração/tempo total (Ti/TTOT) baixa.

Justificativa: Para minimizar o aprisionamento aéreo e a auto-PEEP em pacientes com obstrução das vias aéreas, como na DPOC, asma e broncoespasmo, é importante permitir um tempo expiratório suficiente para que o ar preso nos pulmões possa ser exalado antes da próxima inspiração. Isso pode ser alcançado com uma relação tempo inspiração/tempo total (Ti/TTOT) baixa, que significa um tempo inspiratório relativamente curto e um tempo expiratório mais longo. Essa abordagem ajuda a reduzir a auto-PEEP e o trabalho respiratório nesses pacientes.

Análise das demais alternativas:

  • A) Fluxos inspiratórios baixos: Incorreto. Fluxos inspiratórios baixos podem não permitir uma ventilação adequada e não necessariamente ajudam a reduzir a auto-PEEP.
  • B) Tempo de subida (rise time) longo: Incorreto. Tempo de subida longo não está diretamente relacionado com a minimização da auto-PEEP.
  • C) Ciclagem expiratória (sensibilidade expiratória) baixa: Incorreto. Sensibilidade expiratória baixa não é a principal estratégia para minimizar a auto-PEEP.
  • E) Ajuste de PEEP de acordo com o cálculo da PEEP-Complacência: Incorreto. O ajuste da PEEP pode ser necessário, mas a estratégia principal para minimizar a auto-PEEP é permitir um tempo expiratório adequado.

Em resumo: A relação tempo inspiração/tempo total (Ti/TTOT) baixa é a estratégia ventilatória recomendada para minimizar a auto-PEEP e o trabalho respiratório em pacientes com obstrução das vias aéreas.

Pontos chave:

  • Relação Ti/TTOT baixa: Permite um tempo expiratório suficiente.
  • Auto-PEEP: Reduzida com um tempo expiratório adequado.
  • Estratégia ventilatória: Minimiza o aprisionamento aéreo e o trabalho respiratório.

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